Modelo de Recurso de Apelação com Pedido de Reforma de Sentença, Concessão de Gratuidade de Justiça e Reconhecimento de Nulidade de Provas Ilícitas em Ação Cível

Publicado em: 25/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Imobiliário
Recurso de apelação interposto por advogada em causa própria, requerendo a reforma de sentença que desconsiderou provas apresentadas em ação de posse de imóvel comercial atribuído à apelante em partilha de bens. Pleito fundamentado na violação aos princípios constitucionais da ampla defesa e contraditório, além do pedido de gratuidade de justiça conforme o CPC/2015, art. 98. É solicitado também o reconhecimento da nulidade de provas obtidas de maneira ilícita, em afronta ao CCB/2002, art. 21, e a condenação das apeladas ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

RECURSO DE APELAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ____ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº __________

APELANTE: A. J. dos S. (advogada em causa própria, viúva, CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, e-mail: __________).

APELADAS: F. J. dos S. e F. A. dos S. (qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico e endereço completo).

DOS FATOS

A Apelante, advogada em causa própria, foi vítima de manipulação criminosa por parte das filhas de seu falecido ex-marido, com quem manteve união matrimonial por 18 anos. As Apeladas, de forma ardilosa, alegaram que a posse do imóvel comercial em questão lhes foi concedida pelo genitor, o que não corresponde à verdade.

O referido imóvel foi atribuído à Apelante em partilha de bens decorrente do divórcio, após 16 anos de tramitação judicial, como forma de compensação pelos aluguéis devidos pela detenção do imóvel. Contudo, a sentença proferida pela juíza de primeiro grau ignorou os direitos da Apelante, bem como o contraditório e as provas apresentadas, incluindo declarações de vizinhos, documentos do SUS e o pedido de oitiva de pelo menos cinco testemunhas.

Ademais, o patrono das Apeladas invadiu a privacidade da Apelante, obtendo fotos de sua residência, garagem e fachada, além de matrículas de imóveis com mais de 20 anos, atribuindo um valor irreal de mais de 10 milhões de reais ao patrimônio da Apelante. A juíza fixou o valor do recurso em R$ 10.900,00, ignorando a situação financeira da Apelante, que é viúva, advogada autônoma e está vendendo um imóvel para sobreviver.

DO DIREITO

A Apelante pleiteia a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, conforme previsto no CPC/2015, art. 98, uma vez que não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais sem prejuízo de sua subsistência. A exigência de apresentação de notas fiscais, recibos, declarações de imposto de renda e extratos bancários nos últimos anos configura abuso, especialmente considerando que a Apelante é advogada autônoma e seus rendimentos são provenientes de honorários e depósitos judiciais.

A decisão de indeferimento da gratuidade de justiça viola os princípios constitucionais da ampla defesa e do contr"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto por A. J. dos S., em face das Apeladas F. J. dos S. e F. A. dos S., contra a sentença de primeiro grau que indeferiu a posse do imóvel comercial objeto da lide, bem como os benefícios da gratuidade de justiça. A Apelante alega violação de direitos constitucionais, desconsideração de provas e invasão de privacidade pela parte adversa.

Voto

Inicialmente, observo que o recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço.

1. Da Gratuidade de Justiça

A Apelante pleiteia a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do CPC/2015, alegando que não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais sem prejuízo de sua subsistência. É sabido que a declaração de hipossuficiência é suficiente para a concessão do benefício, salvo prova em contrário, o que não foi demonstrado nos autos.

Além disso, a exigência de notas fiscais, declarações de Imposto de Renda e extratos bancários de anos anteriores extrapola os limites da razoabilidade, especialmente considerando a natureza autônoma da profissão da Apelante. A negativa do benefício afronta os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório (CF/88, art. 5º, LV).

Assim, entendo que a Apelante faz jus à gratuidade de justiça, razão pela qual reformo a sentença neste ponto.

2. Da Posse do Imóvel

O imóvel comercial em questão foi atribuído à Apelante na partilha de bens, conforme decisão judicial transitada em julgado após 16 anos de litígio. As provas apresentadas nos autos, incluindo depoimentos de testemunhas e documentos, corroboram a alegação da Apelante de que a posse do bem lhe pertence.

A sentença de primeiro grau, ao ignorar tais provas, violou o princípio do contraditório e da ampla defesa, bem como o disposto no art. 369 do CPC/2015, que assegura às partes o direito de provar os fatos alegados por todos os meios legais. Ademais, a invasão de privacidade pela parte adversa, através da obtenção de fotos e documentos de forma ilícita, contraria o art. 21 do CCB/2002, sendo, portanto, inadmissível como prova.

Dessa forma, reconheço o direito da Apelante à posse do imóvel, reformando a sentença para determinar a exclusão das provas obtidas de forma ilícita e confirmar a titularidade do bem em favor da Apelante.

3. Da Condenação em Custas e Honorários

Em razão da reforma da sentença, condeno as Apeladas ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Conclusão

Ante o exposto, voto por:

  1. Conhecer do recurso de apelação;
  2. Dar provimento ao recurso, reformando a sentença de primeiro grau para conceder os benefícios da gratuidade de justiça à Apelante, reconhecer a titularidade do imóvel comercial em questão, e excluir as provas obtidas de forma ilícita;
  3. Condenar as Apeladas ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Este é o voto.

Fundamentação Legal

  • Constituição Federal/1988: Art. 5º, LV; Art. 93, IX;
  • Código de Processo Civil/2015: Arts. 98, 369, 1010, §1º, 85;
  • Código Civil/2002: Art. 21.

Termos Finais

Assim voto, em respeito aos princípios constitucionais e à legislação vigente, promovendo a justiça no caso concreto.

Local e data: __________.

_______________________________
Magistrado(a)
Tribunal de Justiça do Estado __________


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