Modelo de Recurso Especial ao STJ: Revisão de Condenação por Estupro de Vulnerável com Base em Violação de Princípios Constitucionais e Insuficiência de Provas

Publicado em: 16/08/2024 Direito Penal
Este documento apresenta um Recurso Especial interposto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal, buscando a reforma de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [INSERIR ESTADO]. O recurso objetiva a absolvição do Recorrente, condenado pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), alegando insuficiência de provas e violação ao princípio da presunção de inocência. Também se pleiteia, subsidiariamente, o redimensionamento da pena aplicada, em razão de valoração inadequada de circunstâncias judiciais. O documento ainda fundamenta-se em jurisprudências do STJ e discute a necessidade de interpretação com perspectiva de gênero, respeitando a análise racional da prova.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSO Nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

RECORRENTE: [NOME COMPLETO DO RECORRENTE]

RECORRIDO: Ministério Público

RECURSO ESPECIAL

O Recorrente, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, com fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal, vem, respeitosamente, interpor o presente RECURSO ESPECIAL contra o acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de [INSERIR ESTADO], pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

PREÂMBULO

O presente recurso tem como objetivo a reforma do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [INSERIR ESTADO], que manteve a condenação do Recorrente pelo crime de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A), em razão de violação à legislação federal e à jurisprudência consolidada desta Corte Superior.

DOS FATOS

O Recorrente foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, com base em alegações de que teria praticado atos libidinosos contra sua sobrinha, à época com 13 anos de idade. A condenação foi fundamentada, principalmente, no depoimento da vítima e em laudos psicológicos que indicaram compatibilidade entre o comportamento da menor e o de vítimas de violência sexual.

Entretanto, a defesa apresentou elementos que demonstram a ausência de provas suficientes para a condenação, além de questionar a valoração de circunstâncias judiciais que resultaram em uma pena desproporcional.

DO DIREITO

O acórdão recorrido violou dispositivos legais e princípios constitucionais, conforme se demonstrará a seguir:

1. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

O princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88, exige que a condenação penal seja fundamentada em provas robustas e inequívocas. No caso em tela, a condenação baseou-se exclusivamente no depoimento da vítima, sem que houvesse elementos externos suficientes para corroborar a narrativa.

2. VALORAÇÃO INADEQUADA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS

A fundamentação adotada para a valoração negativa das consequências do crime foi genérica e não indicou circunstâncias que excedam aquelas ínsitas ao tipo penal, em afronta à jurisprudência consolidada do STJ (REsp 2.157.347/SP).

3. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO COM PERSPECTIVA DE GÊNERO

Conforme o entendimento do STJ (REsp 2.005.618/RJ), a análise de casos de violência sexual deve ser reali"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Relatório

Trata-se de recurso especial interposto pelo Recorrente [NOME COMPLETO DO RECORRENTE] em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [INSERIR ESTADO], que manteve a condenação pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal. A defesa sustenta, em síntese, violação de dispositivos legais e constitucionais, notadamente o princípio da presunção de inocência e a inadequada valoração das circunstâncias judiciais.

Fundamentação

1. Da Competência

Nos termos do art. 105, inciso III, da Constituição Federal de 1988, compete a esta Corte Superior o julgamento de recursos especiais, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal, der-lhes interpretação divergente ou negar-lhes vigência. Assim, constata-se o preenchimento dos requisitos para o conhecimento do presente recurso.

2. Da Presunção de Inocência

O princípio da presunção de inocência está consagrado no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, e exige que qualquer condenação penal seja fundamentada em provas robustas e inequívocas. A condenação do Recorrente baseou-se exclusivamente no depoimento da vítima, corroborado por laudos psicológicos, sem outros elementos externos que comprovem a prática delitiva.

Embora a palavra da vítima tenha relevância probatória em casos de crimes desta natureza, é imprescindível que seja analisada em conjunto com outros elementos de prova. A ausência de elementos externos que confirmem a narrativa da vítima compromete a segurança jurídica necessária para a manutenção de uma condenação penal.

3. Da Valoração das Circunstâncias Judiciais

A valoração das circunstâncias judiciais, nos termos do art. 59 do Código Penal, deve ser devidamente fundamentada e não se limitar a meras generalizações. No caso em tela, a decisão de primeiro grau e o acórdão recorrido não apresentaram fundamentos concretos para a valoração negativa das consequências do crime, descumprindo o entendimento consolidado pelo STJ no REsp Acórdão/TJSP.

4. Da Análise com Perspectiva de Gênero

A análise de casos que envolvem violência sexual deve ser realizada com perspectiva de gênero, conforme entendimento jurisprudencial do STJ (REsp Acórdão/STJ). No entanto, essa perspectiva não pode afastar a necessidade de que a condenação seja baseada em provas suficientes e concretas. O respeito à dignidade da vítima não exime o julgador de observar o devido processo legal e os princípios constitucionais aplicáveis.

Conclusão

Diante do exposto, entendo que o recurso especial merece parcial provimento. A condenação do Recorrente, baseada exclusivamente no depoimento da vítima, sem elementos externos suficientes para corroborar sua narrativa, viola o princípio da presunção de inocência. Por outro lado, reconheço que a palavra da vítima, em conjunto com laudos psicológicos, possui significativa força probatória, mas não é suficiente para, isoladamente, sustentar uma condenação penal.

Dispositivo

Por todo o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, conheço do recurso especial e dou-lhe parcial provimento para anular o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que nova decisão seja proferida, observando-se os princípios constitucionais da presunção de inocência e a adequada fundamentação da valoração das circunstâncias judiciais.

É como voto.

[LOCAL], [DATA]

______________________________

[NOME DO MAGISTRADO]


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