Modelo de Recurso Especial Criminal ao STJ com Pedido de Instauração de Incidente de Insanidade Mental e Desclassificação de Tráfico para Porte de Drogas

Publicado em: 11/04/2025 Droga Direito Penal Processo Penal
Modelo de Recurso Especial Criminal interposto com fundamento na CF/88, art. 105, III, \"a\" e \"c\", contra acórdão que manteve condenação por tráfico de drogas (Lei 11.343/2006, art. 33). O recurso contesta a negativa de instauração do incidente de insanidade mental (CPP, art. 149), mesmo diante de evidências de dependência química, e requer, alternativamente, absolvição por insuficiência de provas ou desclassificação da conduta para a Lei 11.343/2006, art. 28. O documento destaca a divergência jurisprudencial e a violação ao devido processo legal.

RECURSO ESPECIAL CRIMINAL

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

2. PREÂMBULO

L. S. G. de F., já qualificado nos autos da Apelação Criminal nº 1502945-97.2023.8.26.0544, que tramitou perante a Colenda __ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, com fulcro na CF/88, art. 105, III, “a” e “c”, interpor o presente

RECURSO ESPECIAL CRIMINAL

contra o v. acórdão que negou provimento à apelação, mantendo a condenação do recorrente pelo crime de tráfico de drogas (Lei 11.343/2006, art. 33, caput), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

3. TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO

O presente recurso é tempestivo, tendo sido interposto dentro do prazo legal previsto no CPP, art. 994, VIII c/c CPC/2015, art. 1.003, § 5º, aplicado subsidiariamente ao processo penal.

O cabimento do Recurso Especial decorre da CF/88, art. 105, III, “a” e “c”, uma vez que o acórdão recorrido:

  • Contraria expressamente dispositivos da Lei 11.343/2006 e do CPP, ao indeferir o pedido de instauração de incidente de insanidade mental, mesmo diante de indícios relevantes de dependência toxicológica;
  • Diverge da jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça quanto à necessidade de instauração do incidente de insanidade mental diante de elementos mínimos de dúvida sobre a imputabilidade do réu.

4. DOS FATOS

O recorrente foi condenado pelo juízo da Comarca de Francisco Morato/SP à pena de 7 anos, 9 meses e 22 dias de reclusão, em regime inicial fechado, além de 15 dias-multa, pela suposta prática do crime previsto na Lei 11.343/2006, art. 33, caput.

Em sede de apelação, a defesa sustentou, em preliminar, a necessidade de instauração de incidente de insanidade mental, diante de elementos nos autos que indicavam a dependência toxicológica do réu, inclusive com documentos médicos e relatos de internação.

No mérito, pleiteou-se a absolvição por insuficiência de provas ou, subsidiariamente, a desclassificação da conduta para o tipo penal da Lei 11.343/2006, art. 28, por se tratar de porte para consumo pessoal.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por decisão unânime, negou provimento à apelação, mantendo a sentença condenatória e rejeitando a preliminar, sob o fundamento de que não haveria indícios suficientes de insanidade mental, baseando-se exclusivamente na observação da magistrada durante o interrogatório do réu.

5. DO DIREITO

O acórdão recorrido merece reforma, por violar frontalmente dispositivos legais e constitucionais, além de divergir da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

5.1. VIOLAÇÃO AO CPP, ART. 149

O CPP, art. 149 dispõe que, quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requeri"'>...

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Informações complementares

Claro! Abaixo segue a simulação de um voto de magistrado, redigida com base no documento jurídico fornecido. O conteúdo está estruturado em formato HTML, com títulos, parágrafos e uma fundamentação conforme a CF/88, art. 93, IX:

Simulação de Voto

I – RELATÓRIO

Trata-se de Recurso Especial Criminal interposto por L. S. G. de F., com fundamento na CF/88, art. 105, III, \"a\" e \"c\", contra acórdão proferido pela __ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou provimento à apelação, mantendo a condenação do recorrente pela prática do crime previsto na Lei 11.343/2006, art. 33, caput.

A defesa sustenta, em síntese, violação ao CPP, art. 149, por indeferimento do pedido de instauração de incidente de insanidade mental, mesmo diante da existência de elementos probatórios que indicam dependência toxicológica do réu. Alega, ainda, insuficiência de provas para a condenação por tráfico de drogas, pleiteando a absolvição ou, subsidiariamente, a desclassificação da conduta para a Lei 11.343/2006, art. 28.

II – FUNDAMENTAÇÃO

2.1. Preliminar – Instauração do Incidente de Insanidade Mental

Conforme dispõe o CPP, art. 149, \"quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento da parte, o exame médico-legal\". No presente caso, o recorrente apresentou documentação médica que aponta dependência química e histórico de internações psiquiátricas.

A negativa da instauração do incidente, baseada exclusivamente na impressão subjetiva da magistrada durante o interrogatório, viola o devido processo legal e a ampla defesa (CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV). A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica quanto à obrigatoriedade da instauração do incidente diante de dúvida razoável sobre a capacidade de compreensão e autodeterminação do réu.

Assim, entendo que houve cerceamento de defesa, sendo nulo o processo a partir do indeferimento do requerimento defensivo.

2.2. Mérito – Insuficiência de Provas e Desclassificação

Ainda que superada a preliminar, verifica-se que a condenação baseou-se unicamente em depoimentos de policiais civis e na quantidade de droga apreendida, sem demais diligências probatórias que comprovassem a destinação mercantil da substância.

A jurisprudência do STJ estabelece que, na ausência de provas inequívocas sobre o intuito de tráfico, deve-se aplicar o princípio do in dubio pro reo, desclassificando a conduta para porte para consumo próprio (Lei 11.343/2006, art. 28).

A dependência química do réu, corroborada por documentos médicos, reforça a tese defensiva de que a substância destinava-se ao uso pessoal.

2.3. Interpretação Hermenêutica e Fundamentos Constitucionais

A CF/88, art. 93, IX, exige que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Portanto, a presente decisão é tomada com base na análise hermenêutica dos fatos e do direito, respeitando os princípios da ampla defesa, contraditório, devido processo legal e dignidade da pessoa humana.

O indeferimento do incidente de insanidade mental, sem análise das provas documentais apresentadas, caracteriza afronta aos direitos fundamentais do réu, comprometendo a validade do processo penal.

III – DISPOSITIVO

Diante do exposto, conheço do Recurso Especial Criminal e dou-lhe provimento para:

  • Declarar a nulidade do processo desde o indeferimento do pedido de instauração do incidente de insanidade mental, determinando o retorno dos autos à origem para que seja realizado o exame previsto no CPP, art. 149;
  • Subsidiariamente, caso não acolhida a nulidade, reformar o acórdão recorrido para absolver o réu, nos termos do CPP, art. 386, VII, por insuficiência de provas;
  • Em última hipótese, desclassificar a conduta para a Lei 11.343/2006, art. 28, com aplicação das medidas cabíveis à espécie.

É como voto.

IV – CONCLUSÃO

Julgo procedente o Recurso Especial Criminal interposto por L. S. G. de F., com fundamento na CF/88, art. 93, IX, promovendo uma interpretação constitucional e legal que assegure os direitos fundamentais do acusado no processo penal.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

V – LOCAL, DATA E ASSINATURA

São Paulo, 25 de abril de 2025.

___________________________________________
Desembargador Relator

📝 Observações: - O voto está redigido com base na técnica hermenêutica que articula fatos e direito, conforme requerido. - Fundamentos constitucionais foram destacados, especialmente a CF/88, art. 93, IX. - Alternativas de provimento foram previstas, respeitando o pedido da defesa. - O texto está em HTML sem estilização visual adicional, pronto para ser exibido em navegadores ou incorporado em sistemas judiciais simulados. Se desejar incluir CSS ou adaptá-lo para uma aplicação web, posso ajudar também!


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