Modelo de Recurso Inominado Contra Sentença de Improcedência em Ação de Consumo por Saques Indevidos em Conta Bancária

Publicado em: 03/02/2025 Processo CivilConsumidor
Recurso inominado interposto por consumidor contra decisão de improcedência em ação de relação de consumo, envolvendo saques indevidos em conta bancária. O documento fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 14 e CDC, art. 6º, VIII), alegando falha na prestação de serviço bancário e requerendo a reforma da sentença. O recorrente pleiteia a restituição em dobro dos valores subtraídos, indenização por danos morais e condenação do recorrido às custas processuais e honorários advocatícios.

RECURSO INOMINADO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR LOCALIDADE]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Recorrente: M. [INSERIR SOBRENOME COMPLETO DO AUTOR]

Recorrido: BANCO S.A.

PREÂMBULO

M., devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado regularmente constituído, interpor o presente RECURSO INOMINADO, com fundamento na Lei 9.099/1995, stt. 41 em face da r. sentença que julgou improcedentes os pedidos formulados na inicial.

Requer, desde já, a remessa dos autos à Turma Recursal competente, com as razões anexas, para que seja reformada a decisão de primeiro grau.

Termos em que pede deferimento.

[LOCALIDADE], [DATA].

_______________________________
Advogado(a): [NOME DO ADVOGADO]
OAB/UF: [NÚMERO DA OAB]

RAZÕES DO RECURSO INOMINADO

RECORRENTE: M.

RECORRIDO: BANCO S.A.

COLENDA TURMA RECURSAL

DOS FATOS

O recorrente ajuizou a presente ação em face do recorrido, narrando que foram realizados saques indevidos em sua conta bancária, nos dias 03 e 05 de maio de 2023, totalizando R$ 51.100,58. Apesar de ter entrado em contato com o banco para resolver a situação, não obteve a restituição dos valores subtraídos.

O recorrido, em sua contestação, alegou que os saques foram realizados de forma presencial, mediante utilização do cartão magnético e senha pessoal do recorrente, negando qualquer responsabilidade pelos débitos.

A sentença de primeiro grau julgou improcedentes os pedidos do recorrente, sob o fundamento de que não houve comprovação de fraude e que os saques foram realizados com o uso do cartão e senha pessoais. Contudo, tal decisão merece reforma, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que a relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), uma vez que o recorrente é consumidor e o recorrido presta serviços bancários. Assim, aplica-se o CDC, art. 14, que prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços pelos danos causados ao consumidor em razão de falhas na prestação do serviço.

No caso em tela, o recorrente foi vítima de saques indevidos em sua conta bancária, o que configura falha na prestação do serviço bancário. A alegação do recorrido de que os saques foram"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Recurso Inominado interposto por M., contra sentença proferida em primeiro grau que julgou improcedentes os pedidos formulados na inicial, sob o fundamento de ausência de comprovação de fraude em saques bancários realizados na conta do recorrente.

Dos Fatos

Consta nos autos que o recorrente alegou a realização de saques indevidos em sua conta corrente nos dias 03 e 05 de maio de 2023, totalizando o montante de R$ 51.100,58. O recorrido, BANCO S.A., em sua contestação, afirmou que os saques foram realizados com o uso do cartão magnético e senha pessoal do recorrente, negando responsabilidade pelos prejuízos.

A sentença de primeiro grau julgou improcedente o pedido, com base na ausência de provas que confirmassem a ocorrência de fraude. Todavia, entendo que a decisão merece reforma à luz dos fundamentos constitucionais e legais aplicáveis ao caso.

Da Fundamentação

De início, destaco que a relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/1990), tendo em vista a caracterização do recorrente como consumidor e do recorrido como fornecedor de serviços bancários. Assim, aplica-se o disposto no CDC, art. 14, que estabelece:

\"O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.\"

No caso em exame, a realização de saques indevidos na conta do recorrente demonstra evidente falha na prestação do serviço bancário, cabendo ao recorrido garantir a segurança das operações realizadas por seus clientes. Ademais, o art. 6º, VIII, do CDC assegura ao consumidor a inversão do ônus da prova, quando presentes a verossimilhança das alegações ou a hipossuficiência do consumidor.

É dever da instituição financeira comprovar a segurança de suas operações e demonstrar que os saques foram realizados pelo próprio consumidor ou por terceiro autorizado, o que não ocorreu neste caso. Assim, a responsabilidade objetiva do recorrido resta configurada.

A CF/88, art. 93, IX, determina que as decisões judiciais sejam fundamentadas. Neste contexto, a reforma da sentença é medida que se impõe, com base nos princípios constitucionais da proteção ao consumidor e da segurança jurídica.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria reforça a responsabilidade objetiva das instituições financeiras em casos de falhas na prestação de serviços, conforme os seguintes precedentes:

  • TJSP (1ª Turma Recursal Cível) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: \"Relação de consumo configurada. Ausência de falha apenas quando comprovada culpa exclusiva do consumidor.\"
  • TJSP (3ª Turma Cível - Santos) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: \"Falha na prestação de serviços que enseja reparação por danos materiais e morais.\"

Do Dispositivo

Ante o exposto, conheço do recurso e voto pelo seu provimento, para reformar a sentença de primeiro grau e julgar procedentes os pedidos do recorrente, nos seguintes termos:

  1. Condenar o recorrido à restituição em dobro dos valores indevidamente debitados, nos termos do CDC, art. 42, parágrafo único;
  2. Condenar o recorrido ao pagamento de indenização por danos morais, cujo montante deverá ser arbitrado por este juízo;
  3. Condenar o recorrido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.

Conclusão

Por fim, reafirmo o entendimento de que a responsabilidade objetiva das instituições financeiras, no âmbito das relações de consumo, é medida de proteção ao consumidor e ao equilíbrio das relações contratuais. Que seja cumprido o disposto na Constituição Federal e no Código de Defesa do Consumidor.

[Localidade], [Data].

_______________________________
Magistrado(a): [NOME DO MAGISTRADO]
Tribunal: [TRIBUNAL COMPETENTE]


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