Modelo de Recurso Inominado do INSS para Reforma de Sentença que Concedeu Benefício Previdenciário

Publicado em: 05/02/2025 Processo Civil
Interposição de recurso inominado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com fundamento no art. 41 da Lei 9.099/1995, contra sentença que concedeu benefício previdenciário à parte autora. O INSS sustenta que a decisão merece reforma devido à insuficiência de provas da incapacidade laborativa e à aplicação inadequada de dispositivos da Lei 8.213/1991. O recurso também aborda a necessidade de observância da prescrição quinquenal e dos critérios de correção monetária e juros conforme decisão do STF no Tema 810.

RECURSO INOMINADO

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária de [localidade],

Processo nº: [indicar número do processo]

Recorrente: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Recorrido: [Nome da parte autora, conforme abreviação: ex. M. F. de S. L.]

O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia federal, nos autos da ação em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu procurador, interpor o presente RECURSO INOMINADO, com fundamento no art. 41 da Lei 9.099/1995 e demais disposições aplicáveis, em face da sentença proferida nos autos, requerendo sua reforma pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

A presente demanda foi ajuizada pela parte autora, ora recorrida, com o objetivo de obter a concessão do benefício previdenciário de [especificar o benefício, ex.: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, etc.], alegando que preenche os requisitos legais para tanto.

Após a instrução processual, o Juízo a quo julgou procedente o pedido, determinando a concessão do benefício e condenando o INSS ao pagamento de valores retroativos, acrescidos de juros e correção monetária, além de honorários advocatícios.

No entanto, a sentença merece ser reformada, pois não observou adequadamente os elementos probatórios constantes nos autos, além de ter incorrido em equívocos na aplicação da legislação previdenciária pertinente.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o benefício pleiteado pela parte autora está disciplinado na Lei 8.213/1991, que estabelece os requisitos para sua concessão. Nos termos do art. 42 da referida lei, para a concessão de aposentadoria por invalidez, por exemplo, é necessário que o segurado esteja incapacitado para o trabalho de forma total e permanente, o que não restou comprovado nos autos.

Ademais, o laudo pericial produzido nos autos não foi conclusivo quanto à incapacidade laborativa da parte autora, sendo insuficiente para embasar a concessão do benefício. O art. 373, I, do CPC/2015, estabelece que cabe ao autor o ônus da prova quanto aos fatos constitutivos de seu direito, o que não foi cumprido no presente caso.

A sentença recorrida também desconsiderou o disposto no art. 86, §2º, da Lei 8.213/1991, que prevê que o auxílio-acidente somente é devido quando há redução da capacidade laborativa, o que não foi demonstrado de forma inequívoca "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

RELATÓRIO

Trata-se de Recurso Inominado interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal, contra sentença proferida pelo Juízo a quo que julgou procedente o pedido da parte autora, determinando a concessão do benefício previdenciário de [especificar, ex.: auxílio-doença] e condenando o INSS ao pagamento de valores retroativos, acrescidos de juros e correção monetária, além de honorários advocatícios.

O INSS, em sua insurgência, alega que a sentença merece reforma, pois não observou adequadamente os elementos probatórios constantes nos autos e incorreu em equívocos na aplicação da legislação previdenciária pertinente.

É o relatório. Passo ao voto.

FUNDAMENTAÇÃO

DOS FATOS

Segundo os autos, a parte autora busca a concessão do benefício previdenciário sob a alegação de que preenche os requisitos legais para tanto. O Juízo de origem julgou procedente a demanda, entendendo que os elementos apresentados nos autos comprovaram a incapacidade laborativa da parte autora.

Contudo, o laudo pericial apresentado não demonstrou de forma inequívoca a existência de incapacidade total e permanente para o trabalho, requisito essencial para a concessão de aposentadoria por invalidez (art. 42 da Lei 8.213/1991). A ausência de comprovação clara quanto à redução ou impossibilidade de desempenho laboral impede o deferimento do benefício.

DO DIREITO

A legislação previdenciária exige, para a concessão de benefícios como aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente, a comprovação objetiva da incapacidade laborativa (Lei 8.213/1991, arts. 42 e 86). O ônus dessa prova recai sobre a parte autora, conforme disposto no art. 373, inciso I, do CPC/2015.

A análise do laudo pericial revelou que a parte autora não preencheu os requisitos legais para a concessão do benefício pleiteado, uma vez que a incapacidade total e permanente para o trabalho não foi demonstrada. Ademais, a condenação ao pagamento de valores retroativos deve observar a prescrição quinquenal, nos termos do art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/1991, e deve seguir os critérios de correção monetária e juros estabelecidos no julgamento do Tema 810 pelo STF.

Ressalto, ainda, que a sentença de origem não observou adequadamente o princípio da motivação das decisões judiciais, previsto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, o que compromete sua validade. A ausência de fundamentação clara viola o devido processo legal.

JURISPRUDÊNCIA

A jurisprudência reforça os argumentos apresentados, como no seguinte precedente:

RECURSO INOMINADO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. NULIDADE. A fundamentação deve conter, ainda que minimamente, a situação fática vivenciada pela autora (CF, art. 93, IX). Sentença anulada. (TJSP, 3ª Turma Cível e Criminal, Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Fabricio Augusto Dias, J. em 31/07/2023)

DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, e nas disposições da Lei 8.213/1991 e do CPC/2015, voto pelo CONHECIMENTO e PROVIMENTO do recurso interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para reformar a sentença recorrida e julgar IMPROCEDENTE o pedido formulado pela parte autora.

Determino, ainda, a aplicação da prescrição quinquenal aos valores retroativos eventualmente devidos, observando-se os critérios de correção monetária estabelecidos pelo STF no julgamento do Tema 810.

É como voto.

[Localidade], [data].

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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