Modelo de Recurso Inominado: Pedido de Reforma de Sentença por Falta de Fundamentação e Provas Autênticas em Caso de Danos Morais

Publicado em: 05/05/2024 Civel
Razões de recurso inominado interposto no âmbito do Juizado Especial Cível, buscando a reforma de sentença que condenou o recorrente por danos morais com base em prints de conversas via WhatsApp. A peça argumenta a ausência de autenticidade das provas digitais apresentadas, violação aos princípios do contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV) e ausência de fundamentação adequada da sentença, nos termos do CPC/2015, art. 489. Requer ainda a improcedência do pedido de condenação ou, subsidiariamente, a realização de perícia técnica.

RAZÕES DE RECURSO INOMINADO

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [indicar comarca],

Processo nº: [indicar número do processo]

Recorrente: [indicar nome da parte recorrente, abreviado conforme instruções]

Recorrido: [indicar nome da parte recorrida, abreviado conforme instruções]

[Indicar qualificação completa da parte recorrente, conforme CPC/2015, art. 319, II], por intermédio de seu advogado, com endereço profissional em [indicar endereço completo e eletrônico], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor o presente RECURSO INOMINADO, com fundamento no art. 41 da Lei 9.099/1995, requerendo sua remessa à Turma Recursal competente para apreciação.

Nesses termos, pede deferimento.

[Local e data]

Advogado: [nome do advogado, OAB/UF]

DOS FATOS

O presente recurso decorre de sentença que condenou o recorrente ao pagamento de danos morais com base em supostas provas apresentadas pela parte recorrida, consistentes em prints de conversas de WhatsApp que alegadamente demonstrariam uma relação extraconjugal. A decisão de primeira instância entendeu que tais elementos seriam suficientes para configurar o dano moral, fixando o valor de R$ [indicar valor] a título de reparação.

Contudo, a sentença merece reforma, pois os prints apresentados não possuem autenticidade comprovada, sendo insuficientes para fundamentar a condenação. Além disso, a decisão desconsiderou princípios fundamentais do processo civil, como o contraditório e a ampla defesa, bem como a necessidade de provas robustas para a configuração de danos morais.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que, nos termos do CPC/2015, art. 489, toda decisão judicial deve ser devidamente fundamentada, sob pena de nulidade. No caso em tela, a sentença recorrida não analisou de forma adequada a autenticidade das provas apresentadas, limitando-se a aceitar os prints de conversas como suficientes para embasar a condenação.

Além disso, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, LV, assegura o direito ao contraditório e à ampla defesa, o que inclui a possibilidade de impugnar a validade das provas apresentadas pela parte adversa. No caso em questão, os prints de conversas de WhatsApp não foram submetidos a qualquer perícia técnica que pud"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de um voto do magistrado, elaborada em formato HTML: Simulação de Voto

Simulação de Voto

VOTO

Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte recorrente contra sentença que a condenou ao pagamento de indenização por danos morais, sob o fundamento de que prints de conversas no aplicativo WhatsApp comprovariam a prática de ato ilícito.

Em análise dos autos, verifico que a sentença recorrida merece reforma, pelos fundamentos a seguir apresentados.

DA FUNDAMENTAÇÃO

Inicialmente, é imperioso ressaltar que, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser devidamente fundamentada, sob pena de nulidade. A análise da sentença de primeiro grau revela que esta se limitou a considerar os prints apresentados pela parte recorrida como provas suficientes para a condenação, sem qualquer cuidado quanto à autenticidade ou confiabilidade desses documentos.

Ademais, a Constituição Federal, em seu art. 5º, LV, assegura o contraditório e a ampla defesa, princípios que foram claramente violados no presente caso, uma vez que não foi oportunizada à parte recorrente a possibilidade de impugnar adequadamente a veracidade dos elementos probatórios.

O Código Civil, em seu art. 186, exige a comprovação do ato ilícito, do dano e do nexo causal para a configuração da responsabilidade civil. No caso em análise, a ausência de prova robusta e confiável acerca do ato ilícito impede o reconhecimento da responsabilidade civil e, consequentemente, a condenação ao pagamento de danos morais.

Cabe também destacar que os prints de conversas no WhatsApp, embora possam ser considerados elementos de prova, requerem cautela em sua análise devido à facilidade de manipulação. A jurisprudência é pacífica ao exigir a realização de perícia técnica para validar a autenticidade de tais documentos, o que não ocorreu no presente caso.

Por fim, deve-se considerar que a fixação do valor de R$ [indicar valor], a título de reparação por danos morais, foi realizada de forma desproporcional, sem observância aos parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade que devem nortear a atividade jurisdicional.

DO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL

A jurisprudência tem reforçado a necessidade de fundamentação adequada das decisões judiciais e a cautela na utilização de provas digitais. Exemplos disso incluem:

  • TJSP (6ª Turma Recursal Cível) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP - "A ausência de fundamentação configura nulidade da sentença. É indevida a análise do mérito sem apreciação em primeiro grau."
  • TJSP (24ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - "A ausência de impugnação específica aos fundamentos da sentença recorrida impede o conhecimento do recurso. O princípio da dialeticidade exige que o recurso ataque diretamente os fundamentos da decisão recorrida."

CONCLUSÃO

Diante do exposto, conheço do recurso, por preencher os requisitos de admissibilidade, e no mérito, DOU-LHE PROVIMENTO, para reformar a sentença recorrida e julgar improcedente o pedido de condenação por danos morais, em razão da ausência de provas suficientes e confiáveis para fundamentar a condenação.

Registro, ainda, que, caso venha a ser interposto recurso contra esta decisão, sejam observados os requisitos de admissibilidade e tempestividade previstos em lei.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela parte recorrente, reformando a sentença de primeiro grau para julgar improcedente o pedido de indenização por danos morais.

É como voto.

[Nome do Magistrado]
Juiz(a) Relator(a)


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