Modelo de Recurso Ordinário Administrativo para Concessão de Pensão por Morte com Reconhecimento de União Estável

Publicado em: 02/04/2025 Administrativo Direito Previdenciário
Recurso administrativo interposto por M. F. de S. L. contra decisão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que indeferiu o pedido de pensão por morte, sob a alegação de ausência de comprovação de união estável. O documento apresenta os fundamentos jurídicos, provas documentais e jurisprudência que embasam o reconhecimento da união estável e a concessão do benefício previdenciário, com destaque para a violação aos princípios da legalidade e dignidade da pessoa humana. Requer-se o provimento do recurso, o reconhecimento da união estável e a concessão do benefício, incluindo parcelas retroativas.

RECURSO ORDINÁRIO ADMINISTRATIVO

Ilustríssimo Senhor Gerente Executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Recorrente: M. F. de S. L.

Recorrido: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Processo Administrativo nº: 123456789

PREÂMBULO

Por meio da presente, M. F. de S. L., brasileira, convivente, portadora do CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliada na Rua X, nº 123, Bairro Y, Cidade Z, Estado W, vem, com o devido respeito, interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO ADMINISTRATIVO contra a decisão que indeferiu o pedido de concessão de pensão por morte, com fundamento na Lei 8.213/1991, art. 115 e demais legislações aplicáveis.

DOS FATOS

A Recorrente conviveu em união estável com o falecido segurado, Sr. J. A. dos S., desde o ano de 2010, conforme amplamente demonstrado por meio de documentos anexados ao processo administrativo, tais como:

  • Declarações de Imposto de Renda do falecido, nas quais a Recorrente consta como dependente;
  • Comprovantes de residência em comum;
  • Fotos e registros de eventos familiares;
  • Declarações de testemunhas que confirmam a convivência pública, contínua e duradoura;
  • Certidão de nascimento de filho em comum.

Apesar de toda a documentação apresentada, o INSS indeferiu o pedido de pensão por morte sob a alegação de ausência de comprovação de união estável, fundamentando-se na inexistência de escritura pública de união estável.

Tal decisão é injusta e contrária à legislação e à jurisprudência, razão pela qual se interpõe o presente recurso.

DO DIREITO

Nos termos da Lei 8.213/1991, art. 16, I, o companheiro ou companheira é considerado dependente do segurado, sendo presumida a dependência econômica. A comprovação da união estável pode ser feita por qualquer meio de prova idôneo, conforme disposto no Decreto 3.048/1999, art. 22, § 3º.

Ademais, a exigência de escritura pública de união estável como único meio de prova é ilegal, pois restringe indevidamente o direito da Recorrente, violando o princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) e o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é pacífica ao reconhecer que a união estável pode ser comprovada por diversos meios de pr"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de recurso administrativo interposto por M. F. de S. L. contra decisão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que indeferiu o pedido de pensão por morte sob a alegação de ausência de comprovação de união estável. A decisão administrativa baseou-se na suposta necessidade de apresentação de escritura pública de união estável, o que foi contestado pela Recorrente com base em legislação e jurisprudência aplicáveis.

Da Fundamentação

Dos Fatos

A Recorrente demonstrou, por meio de documentos anexados ao processo administrativo, a existência de união estável com o segurado falecido, Sr. J. A. dos S., desde 2010. A documentação apresentada inclui:

  • Declarações de Imposto de Renda do falecido, nas quais a Recorrente consta como dependente;
  • Comprovantes de residência em comum;
  • Fotos e registros de eventos familiares;
  • Declarações de testemunhas que confirmam a convivência pública, contínua e duradoura;
  • Certidão de nascimento de filho em comum.

Apesar disso, o INSS indeferiu o pedido, alegando ausência de escritura pública de união estável, o que contraria a legislação e a jurisprudência aplicáveis.

Do Direito

Nos termos da Lei 8.213/1991, art. 16, I, o companheiro ou companheira é considerado dependente do segurado, presumindo-se a dependência econômica. Ainda, o Decreto 3.048/1999, art. 22, § 3º, permite que a união estável seja comprovada por qualquer meio de prova idôneo.

A exigência de escritura pública como único meio de prova para comprovação de união estável é ilegal, pois viola o princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) e o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

Ademais, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é clara ao reconhecer que a união estável pode ser comprovada por diversos meios de prova, como documentos e testemunhos, não se limitando à escritura pública. Nesse sentido:

\"A comprovação da união estável para fins previdenciários não exige a apresentação de escritura pública, podendo ser demonstrada por outros meios de prova, como documentos e testemunhos.\" (REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 12/06/2018)

Portanto, a decisão administrativa deve ser reformada para reconhecer a união estável e conceder o benefício de pensão por morte.

Da Hermenêutica Constitucional

O indeferimento do pedido com base na ausência de escritura pública de união estável viola os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da razoabilidade e proporcionalidade implícitos no ordenamento jurídico brasileiro. Ademais, a interpretação sistemática da legislação previdenciária indica que a comprovação de união estável pode ser feita por qualquer meio de prova idôneo, como reiterado pela jurisprudência citada.

Do Dispositivo

Com base nos fatos e fundamentos apresentados, e em observância a CF/88, art. 93, IX, que exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, VOTO no sentido de dar provimento ao recurso administrativo interposto pela Recorrente.

Assim, determino:

  1. O reconhecimento da união estável entre a Recorrente e o segurado falecido;
  2. A concessão do benefício de pensão por morte, com o pagamento das parcelas retroativas desde a data do óbito;
  3. A realização de audiência para oitiva de testemunhas, caso necessário, a fim de corroborar as provas apresentadas pela Recorrente;
  4. A intimação do INSS para cumprimento imediato da decisão.

Conclusão

Por todo o exposto, voto pelo conhecimento e provimento do recurso administrativo, reformando a decisão do INSS e concedendo o benefício de pensão por morte à Recorrente. Determino ainda o cumprimento imediato desta decisão para assegurar o direito social da parte recorrente, em observância ao princípio da dignidade da pessoa humana e à proteção constitucional dos dependentes do segurado.

Cidade Z, Data.

Magistrado Simulador


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