Modelo de Réplica à Contestação com Pedido de Declaração de Inexistência de Débito e Indenização por Danos Morais em Relação de Consumo
Publicado em: 23/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
RÉPLICA
Nome da autora: P. S. da S.
Nome da ré: UNQ
PREÂMBULO
P. S. da S., já qualificada nos autos, por meio de seu advogado, vem à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 350, apresentar RÉPLICA à contestação apresentada pela ré, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora reiteradamente afirma que jamais celebrou qualquer contrato com a ré UNQ. Após a interrupção das atividades da Universidade UP no Brasil, foi informada sobre a transferência de alunos para a ré UNQ. Contudo, a autora recusou expressamente essa transferência e não assinou qualquer termo ou contrato com a ré.
A autora foi surpreendida com cobranças indevidas, mesmo após ter sido informada por funcionário da ré, via WhatsApp, que sua matrícula estava cancelada e que não seriam emitidos boletos de cobrança. Tal informação foi confirmada pela seguinte mensagem: "Conforme conversamos, a aluna Patricia encontra-se cancelada pela Universidade UNQ. Dessa forma, também não estamos mais emitindo boletos de cobranças."
A ré, em sua contestação, alega que a autora teria firmado contrato de prestação de serviços educacionais, acessado o sistema da instituição e realizado o pagamento da primeira mensalidade. Contudo, tais alegações não condizem com a realidade, sendo necessário refutá-las com base nos fatos e no direito aplicável.
DO DIREITO
A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a proteção do consumidor como parte vulnerável na relação de consumo (CF/88, art. 5º, XXXII; CDC, art. 4º, I). Nesse sentido, a inversão do ônus da prova, prevista no CDC, art. 6º, VIII, é aplicável, considerando a hipossuficiência da autora e a verossimilhança de suas alegações.
A autora jamais firmou contrato com a ré, conforme alegado. O ônus de comprovar a existência de relação jurídica válida e regular recai sobre a ré, nos termos do CPC/2015, art. 373, II. A ausência de assinatura válida em contrato ou termo de adesão torna inexigíveis as cobranças realizadas pela ré.
Ademais, a conduta da ré ao realizar cobranças indevidas configura prática abusiva, vedada pelo CDC, art. 42. A autora, além de não ter celebrado contrato, foi informada pela própria ré sob"'>...