Modelo de Réplica à Contestação em Ação Cível sobre Coisa Julgada e Litigância de Má-Fé

Publicado em: 22/11/2024 CivelProcesso Civil
Este documento é uma réplica à contestação apresentada pelo Requerido, que alegou a ocorrência de coisa julgada e imputou litigância de má-fé ao Requerente. O texto rebate a alegação de coisa julgada, destacando a ausência de tríplice identidade entre as ações, e argumenta que a presente demanda se baseia em fatos novos que não foram apreciados na ação anterior. Além disso, defende-se a boa-fé do Requerente e a legitimidade da ação, buscando afastar a condenação por litigância de má-fé e o prosseguimento do feito para apreciação dos direitos alegados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU – SE

Processo nº 0041193-82.2024.8.25.0001
Requerente: SINDINAPI – Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos
Endereço eletrônico: [e-mail do requerente]

SINDINAPI – SINDICATO NACIONAL DOS APOSENTADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS, já devidamente qualificado nos autos da ação em epígrafe, vem respeitosamente, por seu advogado ao final subscrito, à presença de Vossa Excelência, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO apresentada pelo Requerido, nos termos a seguir expostos:

I - DA ALEGADA COISA JULGADA

O Requerido alegou, em sua contestação, que a presente ação encontra-se abarcada pelo instituto da coisa julgada, uma vez que houve ação anterior entre as mesmas partes, com idêntica causa de pedir e pedido, que tramitou perante a 5ª Vara Cível de Aracaju sob o nº 202310500182, número único 0006471-56.2023.8.25.0001, cujo mérito já foi resolvido com trânsito em julgado, resultando em arquivamento definitivo.

Contudo, cumpre esclarecer que a ação mencionada pelo Requerido possui elementos distintos em relação ao presente feito, o que impede o reconhecimento da coisa julgada. Apesar de haver coincidência entre algumas partes e fatos, a presente demanda versa sobre matéria diversa e fundamenta-se em documentos que não foram apreciados na ação anterior. Portanto, não se pode falar em identidade de causa de pedir e pedido, como exige o CPC/2015, art. 337, § 2º, para caracterizar a coisa julgada.

Além disso, o Requerido mencionou a existência de cumprimento de sentença já julgado e arquivado, sustentando que o presente processo estaria violando o princípio da segurança jurídica e da eficiência do Judiciário, uma vez que o mérito já teria sido apreciado e decidido. No entanto, os fatos que embasam a presente ação diferem substancialmente daqueles que motivaram o cumprimento de sentença anterior, uma vez que envolvem novas circunstâncias fáticas ocorridas após o trânsito em julgado da ação mencionada, razão pela qual não há impedimento ao prosseguimento do presente feito.

É importante salientar que, ao se tratar de coisa julgada, a análise deve ser aprofundada, considerando-se todos os aspectos que envolvem a demanda, incluindo eventuais modificações nos elementos essenciais da causa. A ausência de tríplice identidade entre as ações inviabiliza o reconhecimento da coisa julgada, sendo imprescindível a continuidade deste feito para garantir a apreciação de novos direitos que surgiram após a decisão anterior. Assim, não se pode permitir que uma decisão anterior, que não abarcou a totalidade dos fatos ora apresentados, impeça o legítimo direito da Requerente de ver suas novas pretensões apreciadas e julgadas de forma justa e adequada.

II - DA AUSÊNCIA DE COISA JULGADA E DA NECESSIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO

Para que se configure a coisa julgada, é imprescindível a tríplice identidade entre partes, causa de pedir e pedido, conforme estabelece o CPC/2015, art. 337, § 2º. No presente caso, embora existam partes semelhantes, a causa de pedir é distinta, tendo em vista que se fundamenta em novos documentos e elementos que não foram objeto de apreciação na demanda anterior. Ademais, a presente ação visa discutir o direito ao recebimento de descontos referentes ao período posterior ao trânsito em julgado do processo anterior, configurando-se, assim, uma situação nova e não abrangida pela decisão anterior.

Vale ressaltar que o reconhecimento da coisa julgada pressupõe a análise criteriosa dos elementos da ação e dos fundamentos apresentados. A manutenção do presente processo não implica em violação ao princípio da segurança jurídica, uma vez que não há sobreposição de decisões, mas sim a análise de fatos supervenientes que não foram contemplados na ação anterior. Portanto, o prosseguimento desta demanda é medida que se impõe para garantir o direito da Requerente de ver apreciadas as novas circunstâncias que justificam o pedido ora formulado.

Ademais, a segurança jurídica não se confunde com a estagnaçã"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito:

I - Contexto Fático e Questão da Coisa Julgada

A presente réplica visa rebater as alegações feitas pelo Requerido na contestação apresentada. O Requerido sustentou que a presente ação estaria abarcada pela coisa julgada, uma vez que houve processo anterior entre as mesmas partes, com suposta identidade de causa de pedir e pedido, já arquivado definitivamente após trânsito em julgado. No entanto, o Requerente alega que o processo anterior e o atual são distintos, pois se fundamentam em novos elementos, documentos e fatos supervenientes que não foram objeto de análise na demanda anterior.

No processo atual, o Requerente busca discutir novos direitos, decorrentes de fatos ocorridos após o trânsito em julgado do processo anterior. Assim, a ausência de tríplice identidade — partes, causa de pedir e pedido — impede o reconhecimento da coisa julgada, conforme o CPC/2015, art. 337, § 2º. Desta forma, é fundamental que esta ação seja apreciada pelo Poder Judiciário, considerando os fatos supervenientes e os documentos inéditos apresentados pelo Requerente.

II - Fundamentação Jurídica e Inexistência de Coisa Julgada

Para que haja reconhecimento da coisa julgada, é necessário que as ações sejam idênticas quanto às partes, causa de pedir e pedido. Essa tríplice identidade não se verifica no presente caso, pois o fundamento da ação atual são direitos oriundos de novos fatos, diferentes daqueles discutidos no processo anterior. A decisão proferida na demanda anterior não se refere aos novos elementos apresentados na ação atual, sendo fundamental o prosseguimento deste feito para que tais elementos sejam adequadamente analisados e julgados.

O CPC/2015, art. 337, § 2º, estabelece que a coisa julgada só pode ser reconhecida quando houver total identidade de elementos entre as ações. No presente caso, a diferença na causa de pedir, resultante de fatos ocorridos após a decisão transitada em julgado da demanda anterior, impede o reconhecimento da coisa julgada. Ademais, o princípio da segurança jurídica não deve ser confundido com a imobilidade do direito. As relações jurídicas e os fatos mudam ao longo do tempo, e esses novos elementos podem gerar novos direitos e deveres, que precisam ser apreciados pelo Judiciário para garantir a justiça e a correta aplicação do direito.

III - Defesa Quanto à Imputação de Litigância de Má-Fé

O Requerido, além de alegar a coisa julgada, requereu a condenação do Requerente por litigância de má-fé, sustentando que esta ação seria uma tentativa de rediscutir matéria já decidida. No entanto, a Requerente agiu de boa-fé ao ingressar com esta nova ação, pautando-se em documentos e fatos inéditos que não foram objeto de análise na demanda anterior.

A boa-fé processual deve ser presumida, e o ônus de demonstrar a má-fé cabe ao Requerido, que, no presente caso, não conseguiu comprovar qualquer comportamento desleal ou abusivo por parte do Requerente. O ingresso com a presente ação teve como único intuito a garantia dos direitos da categoria representada pelo Requerente, baseando-se em novos elementos que surgiram após a decisão anterior. Desta forma, não há fundamento para a condenação por litigância de má-fé, sendo tal imputação descabida e infundada.

IV - Conceitos e Definições Importantes

  1. Coisa Julgada: É a qualidade conferida à decisão judicial que impede que o mesmo caso seja reexaminado por qualquer tribunal, desde que preenchidos os requisitos de identidade entre partes, causa de pedir e pedido. Serve para garantir a segurança jurídica e a estabilidade das relações jurídicas.

  2. Tríplice Identidade: Para que se configure a coisa julgada, deve haver identidade entre as ações quanto às partes, causa de pedir e pedido. Ausente qualquer um desses elementos, não se pode falar em coisa julgada.

  3. Litigância de Má-Fé: Ocorre quando uma das partes utiliza o processo de forma abusiva, com a intenção de prejudicar a parte contrária ou de induzir o juízo a erro. No presente caso, a alegação de má-fé não se sustenta, pois a ação foi proposta com base em fatos novos.

  4. Princípio da Segurança Jurídica: Busca garantir a estabilidade e previsibilidade das relações jurídicas, evitando que decisões já transitadas em julgado sejam rediscutidas, salvo quando novos fatos justificarem uma nova apreciação.

V - Considerações Finais

A réplica apresentada objetiva demonstrar que a presente ação não está abarcada pela coisa julgada, pois não há a tríplice identidade exigida pelo CPC/2015, art. 337, § 2º. A ação atual é fundamentada em fatos novos, que surgiram após o trânsito em julgado da demanda anterior, e, portanto, devem ser analisados pelo Poder Judiciário para garantir os direitos da categoria representada pelo Requerente.

A imputação de litigância de má-fé também se mostra descabida, visto que o Requerente agiu dentro dos limites legais, buscando apenas a tutela de direitos decorrentes de novos fatos. Assim, requer-se o prosseguimento do feito e o afastamento das alegações apresentadas pelo Requerido, garantindo-se o direito da Requerente de ver seus direitos devidamente apreciados.


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Réplica à Contestação com Argumentação sobre Coisa Julgada e Litigância de Má-Fé

Modelo de Réplica à Contestação com Argumentação sobre Coisa Julgada e Litigância de Má-Fé

Publicado em: 22/11/2024 CivelProcesso Civil

Esta réplica responde à contestação apresentada pelo Requerido, que alega coisa julgada e requer condenação por litigância de má-fé. A peça refuta a existência de coisa julgada, destacando a ausência de tríplice identidade entre as ações, e defende que a nova demanda é fundamentada em fatos e documentos que não foram objeto da ação anterior. Além disso, alega que a imputação de litigância de má-fé é injustificada, uma vez que a Requerente agiu de boa-fé, buscando a tutela de seus direitos com base em novas circunstâncias e evidências. A peça finaliza com pedidos de prosseguimento da ação e designação de audiência de conciliação.

Acessar

Modelo de Resposta à Acusação de Litigância de Má-Fé em Ação Cível com Fundamentação Legal e Pedidos

Modelo de Resposta à Acusação de Litigância de Má-Fé em Ação Cível com Fundamentação Legal e Pedidos

Publicado em: 18/12/2024 CivelProcesso Civil

Apresentação de resposta formal à acusação de litigância de má-fé no âmbito de uma ação cível, contestando a existência de conduta dolosa ou temerária imputada à parte ré. O documento destaca os fundamentos jurídicos baseados no CPC/2015, art. 80, e na Constituição Federal, art. 5º, XXXV e LV, além de jurisprudências relevantes que reforçam a necessidade de provas inequívocas para aplicação da penalidade. Inclui pedidos de afastamento da penalidade, condenação da parte autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, e produção de provas.

Acessar

Modelo de Pedido de Reconhecimento de Litigância de Má-Fé com Aplicação de Sanções e Multas com Base no CPC/2015

Modelo de Pedido de Reconhecimento de Litigância de Má-Fé com Aplicação de Sanções e Multas com Base no CPC/2015

Publicado em: 21/12/2024 CivelProcesso Civil

Ação judicial na qual o Requerente solicita o reconhecimento da litigância de má-fé por parte do Requerido devido à alteração dolosa da verdade dos fatos, afrontando os princípios da boa-fé e lealdade processual previstos no CPC/2015. O pedido baseia-se nos artigos 80, II e III, e 81 do CPC/2015, requerendo a aplicação de multa, indenização pelos prejuízos causados, pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, além da produção de provas e audiência de conciliação. O documento fundamenta-se em jurisprudências e doutrina que reforçam a necessidade de repressão a condutas abusivas no processo judicial.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 6x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.