Modelo de Pedido de Reconhecimento de Litigância de Má-Fé com Aplicação de Sanções e Multas com Base no CPC/2015

Publicado em: 21/12/2024 CivelProcesso Civil
Ação judicial na qual o Requerente solicita o reconhecimento da litigância de má-fé por parte do Requerido devido à alteração dolosa da verdade dos fatos, afrontando os princípios da boa-fé e lealdade processual previstos no CPC/2015. O pedido baseia-se nos artigos 80, II e III, e 81 do CPC/2015, requerendo a aplicação de multa, indenização pelos prejuízos causados, pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, além da produção de provas e audiência de conciliação. O documento fundamenta-se em jurisprudências e doutrina que reforçam a necessidade de repressão a condutas abusivas no processo judicial.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

PREÂMBULO

REQUERENTE: [Nome completo do Requerente, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].
REQUERIDO: [Nome completo do Requerido, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].

DOS FATOS

O presente caso diz respeito à conduta do Requerido, que, ao apresentar alegações em sua defesa, alterou a verdade dos fatos de forma dolosa, com o objetivo de induzir este Juízo a erro. Tal comportamento é evidenciado pela apresentação de documentos que, após análise técnica, revelaram-se inconsistentes com a realidade, configurando clara tentativa de manipulação do processo judicial.

A conduta do Requerido não apenas compromete a boa-fé processual, mas também afronta os princípios da lealdade e da cooperação, previstos no CPC/2015, art. 5º. A alteração dolosa da verdade dos fatos, como demonstrado, caracteriza-se como litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 80, II e III.

DO DIREITO

A conduta do Requerido enquadra-se no conceito de litigância de má-fé, conforme disposto no CPC/2015, art. 80, que prevê como hipóteses de má-fé: "II - alterar a verdade dos fatos" e "III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal". A má-fé processual é uma afronta direta ao princípio da boa-fé objetiva, que rege as relações processuais e impõe a todos os litigantes o dever de agir com lealdade e probidade.

Além disso, o CPC/2015, art. 139, III, confere ao magistrado o poder-dever de prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça, incluindo postulações meramente protelatórias ou abusivas. A conduta do Requerido, ao alterar a verdade dos fatos, configura abuso do direito de litigar, prejudicando a celeridade e a eficiência da prestação jurisdicional.

Doutrinadores renomados, como Fredie Didier Jr., destacam que a litigância de má-fé não se limita a prejuízos materiais, mas também abrange a violação da confiança do sistema judicial. Assim, a imposição de penalidades é essencial para preservar a integridade do processo e desestimular práticas abusivas.

Nesse sentido, a aplicação de sanções previstas no CPC/2015, art. 81, é medida que se impõe, "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I - RELATÓRIO

Trata-se de processo judicial onde o Requerente alega que o Requerido alterou a verdade dos fatos de forma dolosa, com o objetivo de induzir o juízo a erro, configurando litigância de má-fé. Os fatos apresentados e os fundamentos legais foram devidamente analisados, conforme os autos.

II - FUNDAMENTAÇÃO

A análise do caso em questão remete à interpretação hermenêutica dos fatos, à luz do direito material e processual. De acordo com os fatos apresentados, constata-se que a conduta do Requerido compromete os princípios da boa-fé processual e da lealdade, conforme estabelecido no CPC/2015, art. 5º.

A alteração dolosa da verdade dos fatos caracteriza-se como litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 80, II e III, ao passo que o magistrado, conforme CPC/2015, art. 139, III, possui o dever de reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.

Ressalta-se que o princípio da boa-fé objetiva, que rege as relações processuais, impõe a todos os litigantes o dever de agir com lealdade e probidade. A doutrina de Fredie Didier Jr. reforça que litigância de má-fé não é meramente material, mas uma violação à confiança depositada no sistema judicial.

A jurisprudência também confirma esse entendimento, conforme os precedentes citados nos autos:

  • TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Configura-se litigância de má-fé a conduta da parte que descumpre ordem judicial e apresenta postulações meramente protelatórias, em afronta ao CPC/2015, art. 139, III."
  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A alteração da verdade dos fatos, comprovada por laudo pericial, caracteriza litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 80, II e III."
  • STJ, EREsp 1133262 / ES: "O uso do processo para fins ilegais ou a alteração dolosa da verdade dos fatos configura litigância de má-fé, sujeitando o infrator às penalidades previstas no CPC/2015, art. 81."

Dessa forma, a aplicação de sanções previstas no CPC/2015, art. 81, torna-se necessária, tanto para reparação dos danos quanto para coibir práticas abusivas e proteger a integridade do processo judicial.

III - DISPOSITIVO

Pelo exposto, com base na análise dos fatos e dos fundamentos constitucionais e legais, voto:

  1. Por conhecer o recurso interposto, uma vez que preenche os requisitos de admissibilidade.
  2. Por julgar procedente o pedido, reconhecendo a litigância de má-fé do Requerido, com fundamento no CPC/2015, art. 80, II e III.
  3. Determino a aplicação de multa por litigância de má-fé, fixada em 5% do valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 81, §2º.
  4. Condeno o Requerido ao pagamento de indenização pelos prejuízos causados à parte adversa, nos termos do CPC/2015, art. 81, §3º.
  5. Condeno o Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Este é o voto que proponho, em respeito ao princípio constitucional da fundamentação das decisões judiciais, conforme disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

[Assinatura do Magistrado]

_______________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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