Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Danos Morais: Rebate de Alegações de Ilegitimidade Passiva, Gratuidade de Justiça e Caracterização de Dano Moral

Publicado em: 17/01/2024 Civel
Modelo de réplica à contestação apresentada em ação de danos morais. O documento refuta alegações dos réus quanto à ilegitimidade passiva de uma das partes, contesta a tentativa de desqualificar a gratuidade de justiça concedida à autora e reforça os fundamentos jurídicos para a condenação por dano moral decorrente de atos obscenos praticados em local público na presença de criança. Inclui análise de provas, jurisprudências relevantes e pedidos processuais claros.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________

Processo nº ____________

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

Nome da autora: M. F. de S. L.

Nome dos réus: C. E. da S. e A. J. dos S.

Por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de procuração já acostado aos autos, vem a autora, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar sua RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

PREÂMBULO

A presente réplica visa rebater os argumentos apresentados pelos réus em sua contestação, os quais tentam desmerecer a condição de hipossuficiência da autora, bem como alegam ilegitimidade passiva de uma das rés. Além disso, busca-se reforçar os fundamentos da ação de danos morais, demonstrando a gravidade dos atos praticados pelos réus.

DOS FATOS

A autora ajuizou a presente ação de danos morais em razão de atos obscenos praticados pelos réus, C. E. da S. e A. J. dos S., em local público e na presença de uma criança, filha da autora. O ato foi registrado por câmeras de segurança, comprovando a conduta reprovável do casal.

Os réus, em contestação, admitem a prática do ato, mas tentam minimizar sua gravidade ao alegar que a exposição durou apenas oito segundos. Além disso, a ré A. J. dos S. alega ilegitimidade passiva, enquanto ambos os réus questionam a concessão do benefício da gratuidade da justiça à autora, utilizando-se de prova emprestada de outro processo sem o devido contraditório.

Os réus também alegam hipossuficiência financeira, apresentando documentos que não condizem com sua real condição econômica, como o pró-labore de baixo valor retirado pelo réu C. E. da S., sócio de uma empresa de materiais de construção, e a existência de conta conjunta entre os réus.

DO DIREITO

1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A concessão do benefício da gratuidade da justiça à autora foi devidamente fundamentada, nos termos do CPC/2015, art. 98, §1º, que assegura tal direito àqueles que não possuem condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento ou de sua família. A tentativa dos réus de desmerecer essa condição, utilizando-se de prova emprestada sem contraditório, é inaceitável e deve ser desconsiderada.

Ademais, os documentos apresentados pelos réus para alegar sua própria hipossuficiência financeira não refletem a realidade. O réu C. E. da S. é sócio de uma empresa de materiais de construção, conforme consulta à Receita Federal, e a ré A. J. dos S. é advogada, possuindo cont"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de análise de recurso interposto no processo nº ____________, em que figura como autora M. F. de S. L. e como réus C. E. da S. e A. J. dos S., em ação de reparação por danos morais. A controvérsia envolve atos obscenos praticados pelos réus em local público, na presença de uma menor, filha da autora, e a alegação de ilegitimidade passiva de uma das rés, bem como questionamento quanto à concessão do benefício de gratuidade da justiça à autora.

II. Fundamentação

Nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, é dever do magistrado fundamentar todas as decisões judiciais, garantindo a transparência e a motivação que legitimam o exercício da jurisdição.

1. Da Gratuidade da Justiça

O benefício da gratuidade da justiça foi concedido à autora com base no artigo 98, §1º, do Código de Processo Civil de 2015, que assegura tal direito àqueles que não possuem condições de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu sustento ou de sua família. A prova emprestada apresentada pelos réus para desmerecer essa condição não foi submetida ao contraditório, motivo pelo qual deve ser desconsiderada, em atenção ao princípio da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

2. Da Legitimidade Passiva

A ré A. J. dos S. participou ativamente dos atos obscenos que fundamentam o pleito indenizatório. Nos termos do artigo 17 do CPC/2015, é legítima a parte que tem relação direta com os fatos narrados na exordial. Assim, reconheço a legitimidade passiva da ré para figurar no polo passivo da presente ação.

3. Dos Danos Morais

O ato obsceno praticado pelos réus em local público e na presença de uma criança caracteriza gravíssima ofensa aos valores morais e à dignidade da autora e sua família. A alegação de que o ato durou apenas oito segundos não afasta a gravidade da conduta, visto que o dano moral decorre da natureza do ato, e não de sua duração.

Conforme entendimento consolidado, o dano moral deve ser reconhecido em casos de ofensa à dignidade e valores éticos das partes, em observância ao artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal.

III. Dispositivo

Diante do exposto, voto no sentido de:

  1. Conhecer o recurso interposto, uma vez que estão presentes os requisitos de admissibilidade;
  2. Rejeitar a alegação de ilegitimidade passiva da ré A. J. dos S., reconhecendo sua participação ativa nos fatos narrados;
  3. Manter o benefício da gratuidade da justiça concedido à autora, desconsiderando as provas emprestadas por ausência de contraditório;
  4. Julgar procedente o pedido da autora, condenando os réus ao pagamento de indenização por danos morais em valor a ser arbitrado pelo juízo de origem;
  5. Condenar os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do CPC/2015.

IV. Conclusão

Assim, julgo procedente a ação, reconhecendo o direito da autora à reparação por danos morais, e condenando os réus na forma acima descrita.

É como voto.

Local e Data

Magistrado(a)


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