Modelo de Réplica à Contestação em Ação Civil contra Prefeitura Municipal: Ilegitimidade Passiva, Regularização do Polo Passivo e Princípio da Instrumentalidade das Formas
Publicado em: 12/01/2025 AdministrativoCivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CABROBÓ/PE
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
RÉPLICA
Autor: [NOME DO AUTOR]
Réu: PREFEITURA MUNICIPAL DE CABROBÓ
O Autor, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar RÉPLICA à contestação apresentada pela parte Ré, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
Inicialmente, cumpre esclarecer que a presente demanda foi ajuizada em face da PREFEITURA MUNICIPAL DE CABROBÓ, entidade que, conforme alegado pela parte Ré, não possui personalidade jurídica própria, sendo apenas um órgão integrante da administração pública municipal.
Em sua contestação, a parte Ré suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, argumentando que órgãos públicos, como a Prefeitura Municipal, não possuem capacidade para demandar ou serem demandados em juízo, uma vez que não possuem personalidade jurídica própria.
Além disso, a parte Ré requereu a extinção do feito com julgamento de mérito pela improcedência, sob o fundamento de que o Autor não justificou o direito à concessão de prazo adicional, bem como pela ausência de condições da ação, como legitimidade e interesse processual.
DO DIREITO
Conforme dispõe o CPC/2015, art. 319, a petição inicial deve indicar corretamente as partes, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito. No entanto, é importante destacar que a presente demanda foi ajuizada em face da PREFEITURA MUNICIPAL DE CABROBÓ, que, embora seja um órgão público, representa a administração direta do Município, que é a pessoa jurídica de direito público interno.
De acordo com o CF/88, art. 37, a administração pública direta e indireta deve observar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Nesse sentido, o Município, enquanto pessoa jurídica, é o ente que possui legitimidade para figurar no polo passivo da demanda, sendo a Prefeitura Municipal apenas uma denominação administrativa.
Ademais, o CPC/2015, art. 435, permite a juntada de documentos em réplica para contrapor as alegações apresentadas na contestação, desde que respeitado o contraditório e a ampla defesa. Assim, o Autor apresenta os documentos necessários para reforçar sua argumentação e demonstrar a legitimidade do Município para figurar no polo passivo da presente demanda.