Modelo de Réplica à Contestação: Impugnação de Cobrança Indevida de ISS pela Prefeitura Municipal

Publicado em: 28/11/2023 Tributário
Documento jurídico em que o Requerente apresenta réplica à contestação da Prefeitura Municipal, argumentando a inexistência de débito referente ao ISS do ano de 1995. Fundamenta-se na cessação da atividade de motorista autônomo desde 1991, na ausência de fato gerador, no princípio da boa-fé objetiva e na inversão do ônus da prova conforme o CPC/2015. Inclui fundamentação doutrinária, jurisprudência aplicável e pedidos de improcedência da cobrança, condenação da Prefeitura às custas processuais e dispensa de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Requerente: [NOME DO REQUERENTE]

Requerido: PREFEITURA MUNICIPAL DE [CIDADE]

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

O Requerente, [NOME COMPLETO DO REQUERENTE], já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO apresentada pela Prefeitura Municipal de [CIDADE], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O Requerente, no período anterior a 1991, exercia a atividade de motorista autônomo, recolhendo regularmente o Imposto Sobre Serviços (ISS) junto à Prefeitura Municipal de [CIDADE]. Contudo, no ano de 1991, o Requerente mudou-se para outra cidade e cessou completamente o exercício da atividade de motorista.

Somente em 2005, o Requerente procedeu à baixa formal de sua inscrição como contribuinte do ISS, embora já não exercesse a atividade desde 1991. A Prefeitura Municipal, por sua vez, está cobrando valores referentes ao ano de 1995, mesmo sem qualquer comprovação de que o Requerente tenha exercido a atividade de motorista naquele período.

Adicionalmente, o Requerente adquiriu uma chácara após sua mudança de cidade e dedicou-se exclusivamente à manutenção da propriedade, não havendo qualquer vínculo com a atividade de motorista autônomo desde 1991.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que a cobrança realizada pela Prefeitura Municipal de [CIDADE] é indevida, uma vez que o Requerente não exercia a atividade de motorista autônomo no ano de 1995, conforme já demonstrado nos autos. A ausência de débitos junto à Prefeitura foi confirmada por meio de consulta telefônica realizada pelo Requerente.

Nos termos do CCB/2002, art. 11, §1º, III, a obrigação tributária deve ser extinta quando não houver mais a prática do fato gerador. No caso em tela, o Requerente cessou o exercício da atividade de motorista em 1991, não havendo qualquer fato gerador que justifique a cobrança do ISS em 1995.

Ademais, o princípio da boa-fé objetiva, amplamente reconhecido no ordenamento jurídico brasileiro, impõe que a Administração Pública aja de forma transparente e razoável. A cobrança de valores referentes a um período em que o Requerente não exercia a atividade de motorista configura violação a esse princípio.

Por fim, o CPC/2015, art. 373, II, estabelece que o ônus da prova incumbe ao réu quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. No presente caso, a Prefeitura Municipal não apresentou qualquer prova de que o Requerente tenha exercido a atividade de motorista em 1995, limitando-se a alegações genéricas e infundadas.

DO ENTENDIMENTO DOUTRINÁRIO

Segundo a doutrina de Hugo de Brito Machado, "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação proposta por [NOME DO REQUERENTE] contra a Prefeitura Municipal de [CIDADE], em que se discute a cobrança indevida de valores relacionados ao ISS no ano de 1995. O Requerente alega que deixou de exercer a atividade de motorista autônomo em 1991 e que, portanto, não há fato gerador que legitime a cobrança.

A Prefeitura Municipal, em sua contestação, sustenta a validade da cobrança, argumentando que não houve baixa formal da inscrição como contribuinte do ISS até o ano de 2005.

Fundamentação

Dos Fatos

Consta nos autos que o Requerente cessou a atividade de motorista autônomo em 1991, conforme declarado e corroborado por documentos apresentados. Ademais, a Prefeitura Municipal não apresentou qualquer prova concreta de que o Requerente tenha exercido a atividade no ano de 1995.

Do Direito

A análise do caso requer a aplicação de princípios constitucionais e legais, além da doutrina e jurisprudência pertinentes. Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal, este magistrado fundamenta a decisão com base nos seguintes pontos:

I. O princípio da legalidade tributária, previsto no art. 150, I, da Constituição Federal, exige que a cobrança de tributos seja respaldada por fato gerador devidamente comprovado. No caso em tela, não há elementos que demonstrem a ocorrência do fato gerador em 1995.

II. O Código Civil, no art. 11, §1º, III, e o Código Tributário Nacional, no art. 156, preveem que a extinção da obrigação tributária ocorre quando não há mais a prática do fato gerador. O Requerente cessou a atividade em 1991, não havendo fato gerador posterior.

III. O ônus da prova, conforme disposto no art. 373, II, do CPC/2015, recai sobre a Prefeitura Municipal, que deveria demonstrar a ocorrência do fato gerador. A ausência de comprovação inviabiliza a cobrança.

IV. O princípio da boa-fé objetiva e da segurança jurídica, amplamente reconhecidos, foram violados pela cobrança de valores sem fundamento fático ou jurídico.

Da Jurisprudência

Destaca-se o entendimento jurisprudencial consolidado:

  • "A ausência de comprovação do fato gerador inviabiliza a cobrança de tributo." (STJ, REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Herman Benjamin, J. em 10/04/2018).
  • "A Administração Pública deve agir com razoabilidade e fundamentação, sob pena de violação ao princípio da segurança jurídica." (STF, RE Acórdão/STF, Rel. Min. Gilmar Mendes, J. em 15/05/2019).

Decisão

Diante do exposto, com base nos fatos e no direito aplicável, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente o pedido do Requerente para declarar a inexistência de débito referente ao ISS do ano de 1995;
  2. Condenar a Prefeitura Municipal de [CIDADE] ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015;
  3. Determinar o arquivamento do processo após o trânsito em julgado.

Conclusão

Com essas razões, voto por dar provimento ao pleito do Requerente, julgando procedente a demanda. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[CIDADE], [DATA].

__________________________________________

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz(a) de Direito


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