Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Obrigação de Fazer Cumulada com Pedido de Indenização por Danos Materiais, Morais e Tutela de Urgência contra RGE Sul Distribuidora de Energia S/A

Publicado em: 06/09/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
O documento trata de uma réplica à contestação apresentada pela Requerida RGE Sul Distribuidora de Energia S/A em uma ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos materiais, morais e tutela de urgência. O Autor refuta as alegações da Ré, reafirma o direito à ligação de energia elétrica em sua propriedade rural situada em Bom Jesus/RS e requer a reparação pelos danos sofridos em decorrência da falha na prestação de serviços. O texto baseia-se em fundamentos legais, como o Código de Defesa do Consumidor (art. 22 da Lei 8.078/1990) e o Código Civil (art. 186), além de citar jurisprudências que corroboram a tese do Autor.

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

Processo nº: [inserir número do processo]

Autor: S. R. V.

Réu: RGE Sul Distribuidora de Energia S/A

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Bom Jesus/RS

S. R. V., já devidamente qualificado nos autos da presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA, que move em face de RGE Sul Distribuidora de Energia S/A, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores, apresentar a presente RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, nos termos do art. 350 do CPC/2015, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente réplica visa refutar os argumentos apresentados pela Requerida em sua contestação, demonstrando a improcedência das alegações defensivas e reafirmando o direito do Autor à ligação de energia elétrica em sua propriedade rural, bem como à reparação pelos danos materiais e morais sofridos.

DOS FATOS

O Autor, proprietário de um imóvel rural situado à BR 285, nº 500, distrito de Rondinha, cidade de Bom Jesus/RS, com 2,5 hectares, realizou o pedido de ligação de energia elétrica junto à Requerida em 08/09/2023, sob protocolo nº 000793487966, e posteriormente sob os protocolos nº 000845970004 e nº 000846246471.

Apesar de ter apresentado toda a documentação exigida e de ter se adequado ao padrão técnico solicitado, a Requerida não realizou a ligação, alegando que o ramal de acesso ultrapassava 30 metros e fixando previsão de conclusão apenas para 19/10/2024. Ressalta-se que no local já havia energia elétrica anteriormente, sendo que o serviço foi tratado como nova ligação após o cancelamento pelo proprietário anterior.

O descaso da Requerida é evidente, pois, mesmo após a apresentação de todos os documentos e adequações necessárias, o Autor continua sem energia elétrica, o que compromete sua dignidade e impede o exercício de suas atividades agrícolas e pecuárias de caráter familiar.

DO DIREITO

A Requerida, ao não realizar a ligação de energia elétrica, violou o disposto no art. 22 da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), que impõe às concessionárias de serviços públicos o dever de prestar serviços de forma adequada, eficiente e contínua. A energia elétrica é um serviço essencial, indispensável à dignidade humana e ao exercício de atividades econômicas.

Ademais, a Resolução 1000/2021 da ANEEL, citada pela Requerida, não exime a concessionária de sua obrigação de atender ao pedido do Autor, especialmente considerando que a documentação foi devidamente apresentada e que o local já possuía energia elétrica anteriormente.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de análise e julgamento de recurso interposto nos autos da Ação de Obrigação de Fazer Cumulada com Pedido de Indenização por Danos Morais e Materiais, proposta por S. R. V. em face de RGE Sul Distribuidora de Energia S/A, objetivando a ligação de energia elétrica em imóvel rural de sua propriedade, além de reparação pelos danos alegadamente sofridos.

Dos Fatos e Fundamentos

Os autos demonstram que o Autor, proprietário de imóvel rural localizado no município de Bom Jesus/RS, requereu a ligação de energia elétrica mediante protocolos formalizados junto à Requerida. Apesar da apresentação de toda a documentação necessária e da adequação ao padrão técnico exigido, a Ré não realizou a ligação, fixando prazo desarrazoado para conclusão do serviço essencial.

Com isso, verifica-se que a conduta da Requerida afronta o disposto no art. 22 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), que exige a prestação contínua e eficiente de serviços públicos essenciais, como o fornecimento de energia elétrica. Ressalte-se que a ausência do serviço compromete a dignidade do Autor e inviabiliza suas atividades econômicas de caráter agrícola e pecuário, essenciais à sua subsistência.

Adicionalmente, a Resolução nº 1000/2021 da ANEEL, citada pela Requerida, não exclui sua responsabilidade de atender à solicitação do Autor, especialmente considerando que o imóvel já possuía energia elétrica anteriormente. O descumprimento contratual e a falha na prestação do serviço configuram ilícito civil, nos termos do art. 186 do Código Civil.

Jurisprudência

Corroborando os fundamentos acima expostos, destaco os seguintes precedentes:

1. TJRJ - Apelação Acórdão/TJRJ

"Relação de consumo. À falta de recurso da Ré, ficaram incontroversos a falha na prestação do serviço, consistente na cobrança excessiva nas contas de consumo de energia elétrica do Autor. [...] Cobrança indevida que deve conduzir à devolução, em dobro, dos valores pagos, nos termos do art. 42, parágrafo único da Lei 8.078/1990."

2. TJRJ - Apelação Acórdão/TJRJ

"A responsabilidade da distribuidora é de viabilizar o fornecimento de energia até o ponto de entrega. Aplicação dos arts. 15 e 16 da Res. 414/2010 da Aneel. Os elementos constantes dos autos autorizam a conclusão pela inexistência de falha no serviço prestado."

3. TJRJ - Apelação Acórdão/TJRJ

"Serviço público essencial que deve ser prestado de forma adequada, contínua e eficiente (Lei 8.078/90, art. 22). Inteligência do Verbete 192 da Súmula desta Corte de Justiça ('A indevida interrupção na prestação de serviços essenciais de água, energia elétrica, telefone e gás configura dano moral.')."

Conclusão e Decisão

Analisados os autos, as provas documentais e os fundamentos jurídicos apresentados pelas partes, restou demonstrado que a conduta da Requerida violou direitos fundamentais do Autor, com base nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88) e da eficiência na prestação de serviços públicos (art. 37, caput, da CF/88).

Com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, voto no sentido de dar procedência parcial ao pedido, nos seguintes termos:

  1. Determinar que a Requerida realize, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a ligação de energia elétrica no imóvel rural do Autor, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada ao teto de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
  2. Condenar a Requerida ao pagamento de indenização por danos morais ao Autor, fixada em R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando a gravidade da falha e a repercussão do fato em sua vida cotidiana;
  3. Condenar a Requerida ao pagamento de indenização por danos materiais, caso comprovados mediante liquidação de sentença;
  4. Condenar a Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente a ação, nos termos acima delineados. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Bom Jesus/RS, [data].

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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