Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Reparação de Danos Materiais Decorrentes de Acidente de Trânsito
Publicado em: 05/03/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
[Nome completo da parte autora], já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 319, apresentar a presente RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
Trata-se de ação de reparação de danos materiais decorrentes de abalroamento traseiro, ocorrido em [INSERIR DATA], em que o veículo da autora foi atingido pelo veículo conduzido pelo réu. Inicialmente, o réu reconheceu sua responsabilidade pelo acidente, tendo, inclusive, solicitado que a autora levasse o veículo a uma oficina para reparos, conforme comprovado por mensagens trocadas via WhatsApp.
No entanto, em sua contestação, o réu alega que o veículo por ele conduzido seria um "veículo de placa fria da Polícia Federal" e que, por essa razão, a União deveria figurar no polo passivo da demanda, eximindo-se de sua responsabilidade.
A autora, entretanto, questiona a veracidade e a legalidade dessa alegação, bem como a ausência de qualquer comprovação de que o veículo estaria, de fato, autorizado a circular como "veículo oficial" ou que estaria em diligência no momento do acidente.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o réu não apresentou qualquer prova documental que comprove a alegação de que o veículo seria de "placa fria da Polícia Federal" ou que estaria em uso oficial no momento do acidente. Nos termos do CPC/2015, art. 373, incumbe ao réu o ônus de comprovar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito da autora, o que não foi feito.
Ademais, ainda que se admitisse a alegação do réu, é necessário questionar:
- Quem autorizou o uso do veículo?
- O veículo estava em diligência oficial no momento do acidente?
- Quais foram os procedimentos administrativos que autorizaram o uso do veículo?
- O réu estava utilizando o veículo sem autorização?
A ausência de respostas a essas perguntas reforça a tese de que o réu agiu de maneira imprudente e sem respaldo legal, sendo, portanto, responsável pelos danos causados à autora.
Por fim, destaca-se que o réu, ao induzir a autora a acreditar que arcaria com os custos do reparo, conforme mensagens trocadas, agiu de má-fé ao postergar a solução do conflito e, posteriormente, tentar eximir-"'>...