Modelo de Réplica à Contestação em Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais contra Banco Pan S/A
Publicado em: 09/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidorRÉPLICA À CONTESTAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE PARANOÁ – DF
Processo nº: [inserir número do processo]
F. L. D., já qualificado nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS que move em face de BANCO PAN S/A, também devidamente qualificado, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar a presente
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
1. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES
Autor: F. L. D., brasileiro, aposentado, inscrito no CPF sob o nº [XXX.XXX.XXX-XX], e-mail: [email do autor], residente e domiciliado na cidade de Paranoá/DF.
Réu: BANCO PAN S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [XX.XXX.XXX/0001-XX], com sede na cidade de São Paulo/SP, e-mail: [email do réu].
2. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO
O réu, BANCO PAN S/A, apresentou contestação alegando, em síntese, a regularidade da contratação do cartão de crédito consignado com Reserva de Margem Consignável (RMC), sustentando que houve anuência do autor. Impugnou o pedido de justiça gratuita por suposta ausência de comprovação de hipossuficiência e afirmou que o autor não buscou solução administrativa antes da propositura da ação, violando o princípio do “duty to mitigate the loss”. Por fim, alegou ausência de ilicitude e de danos morais, requerendo a improcedência total dos pedidos.
3. PRELIMINARES (SE HOUVER)
O réu impugna o benefício da justiça gratuita concedido ao autor. Contudo, tal impugnação não merece prosperar. O autor é aposentado, vive de proventos previdenciários e não possui condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento, conforme declaração de hipossuficiência juntada aos autos. Nos termos do CPC/2015, art. 99, § 3º, presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida por pessoa natural, salvo prova em contrário, ônus que compete ao impugnante, o qual não se desincumbiu.
Assim, requer-se o indeferimento da preliminar de impugnação à gratuidade da justiça.
4. IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS ARGUMENTOS DA CONTESTAÇÃO
O réu sustenta que a contratação do cartão de crédito consignado foi regular e que o autor teria utilizado o serviço, o que demonstraria sua anuência. Contudo, tal alegação não se sustenta diante da realidade dos autos.
O autor jamais solicitou ou autorizou a contratação de cartão de crédito com RMC. Os descontos realizados diretamente em seu benefício previdenciário ocorreram sem o seu consentimento, configurando vício de consentimento e prática abusiva, em flagrante violação ao CDC, art. 6º, III e IV.
Ademais, o réu não apresentou documentação idônea que comprove a ciência inequívoca do autor quanto à natureza do contrato. A mera existência de termo de adesão genérico, sem assinatura física ou digital validada, não é suficiente para demonstrar a regularidade da contratação, conforme entendimento consolidado do STJ.
Quanto à alegação de ausência de tentativa de resolução administrativa, é importante destacar que o consumidor não está obrigado a esgotar vias extrajudiciais antes de buscar o Judiciário, especialmente quando os descontos são contínuos e lesivos, afetando sua subs"'>...