Modelo de Réplica à Contestação em Ação Indenizatória por Danos Morais Decorrentes de Enchentes contra o Município de Porto Alegre
Publicado em: 30/09/2024 AdministrativoCivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE – RS
Processo nº: 5158341-40.2024.8.21.0001
Objeto: Réplica à Contestação
VITOR HUGO JOHANSSON e outros, já devidamente qualificados nos autos da ação indenizatória em epígrafe, que movem em face do MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seus procuradores, apresentar RÉPLICA à contestação apresentada pelo réu, com fundamento no art. 350 do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PREÂMBULO
Os autores reiteram todos os termos da petição inicial, reafirmando os fundamentos jurídicos e os pedidos nela contidos, e passam a impugnar os argumentos apresentados na contestação do réu, demonstrando a improcedência das alegações defensivas.
DOS FATOS
Os autores reafirmam que as enchentes ocorridas em maio de 2024, que invadiram suas residências no bairro Sarandi, causaram danos morais significativos, decorrentes da omissão do Município de Porto Alegre na prestação do serviço de drenagem urbana. A responsabilidade do réu decorre de sua inércia em adotar medidas preventivas e corretivas adequadas para evitar os danos causados pelas enchentes.
DO DIREITO
1. Da Competência do Juízo
O réu alega a incompetência do juízo com base na Resolução nº 1511 do COMAG, que criou o Núcleo de Justiça 4.0 – Enchentes/2024. Contudo, tal alegação não se sustenta, pois a Resolução não possui força normativa para alterar a competência jurisdicional estabelecida pelo CPC/2015. Ademais, não há comprovação de que o processo em questão tenha sido formalmente redistribuído para o referido núcleo.
2. Da Conexão com Outros Processos
O réu pleiteia a reunião do presente processo com outros de conteúdo semelhante. Contudo, a conexão alegada não é suficiente para justificar a reunião dos processos, pois não há risco de decisões contraditórias, uma vez que cada caso deve ser analisado de forma individual, considerando as peculiaridades de cada situação.
3. Da Ilegitimidade Ativa
O réu alega que os autores não comprovaram residir nos imóveis afetados na data da enchente. No entanto, os autores juntaram aos autos documentos suficientes para demonstrar a posse e/ou propriedade dos imóveis, bem como sua residência nos locais atingidos. A alegação do réu é genérica e não se sustenta diante das provas apresentadas.
4. Da Ilegitimidade Passiva
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