Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Indenização por Danos Morais Fundamentada no CPC/2015

Publicado em: 18/10/2024 Civel
Réplica apresentada pela autora no âmbito de uma ação de indenização por danos morais, fundamentada no CPC/2015, art. 350, e na CF/88, art. 5º, X. O documento refuta os argumentos dos réus que negam o ato ilícito e a existência de dano moral, impugnando especificamente que áudios disseminados em grupos de WhatsApp, contendo injúrias e informações difamatórias, causaram grave abalo emocional e prejuízo à imagem profissional da autora. Requer-se a rejeição da contestação, a condenação dos réus ao pagamento de indenização e retratação pública, além da produção de provas documentais, testemunhais e periciais.

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE] – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO


1. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES

N. da S. S., brasileira, solteira, engenheira civil e digital influencer, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portadora do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], já qualificada nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS que move em face de D. B. F. e D. A. A., também já qualificados, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

com fundamento no CPC/2015, art. 350, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.


2. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO

Os réus, em sua contestação, negam a prática de qualquer ato ilícito, alegando ausência de dolo ou culpa, bem como inexistência de dano moral indenizável. Sustentam que os áudios compartilhados em grupos de WhatsApp não teriam conteúdo ofensivo ou difamatório e que não houve repercussão suficiente para configurar abalo à honra da autora. Por fim, requerem a improcedência da ação.


3. IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS ARGUMENTOS DA CONTESTAÇÃO

Inicialmente, impugna-se veementemente a alegação dos réus de que os áudios não teriam conteúdo ofensivo. Os arquivos de áudio anexados aos autos demonstram, de forma inequívoca, que os réus imputaram à autora condutas moralmente reprováveis, como a de “se vender por dinheiro para homens casados” e de ter sido beneficiada financeiramente por tais relações, inclusive para custear cirurgia estética.

Tais afirmações extrapolam qualquer limite da liberdade de expressão, configurando grave ofensa à honra subjetiva da autora, em afronta direta ao CF/88, art. 5º, X, que assegura o direito à indenização por dano moral decorrente de violação à honra e à imagem.

Ademais, a alegação de ausência de repercussão é desmentida pelas provas documentais e testemunhais anexadas, que demonstram a ampla difusão dos áudios em diversos grupos de WhatsApp, inclusive em outras cidades, o que causou prejuízos concretos à imagem profissional da autora, que teve contratos rescindidos com empresas que a contratavam como influencer digital.


4. DOS FATOS

A autora foi vítima de publicações ofensivas realizadas pelos réus em grupos de WhatsApp, nas quais foi acusada de manter relações com homens casados em troca de dinheiro e de ter sido beneficiada com cirurgia estética custeada por tais indivíduos. Tais declarações foram disseminadas em larga escala, atingindo não apenas o círculo social da autora, mas também grupos de outras cidades.

Como consequência direta, a autora sofreu abalo emocional significativo, prejuízo à sua imagem profissional e rescisão de contratos com empresas que a contratavam como influencer. Diante disso, registrou boletim de ocorrência e ajuizou a presente ação buscando a devida reparação pelos danos morais sofridos.


5. DO DIREITO

O ordenamento jurídico brasileiro protege a honra e a imagem das pessoas, conforme dispõe o CF/88, art. 5º, X, assegurando o direito à indenização por dano moral decorrente de sua violação.

Nos termos do CCB/2002, art. 186, comete ato ilícito aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem. Já o art. 927 do mesmo diploma impõe o dever de reparar o dano.

No caso em tela, restou demonstrado que os réus divulgaram, de forma deliberada, informações falsas e ofensivas à autora, com o claro intuito de difamá-la perante ter"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Voto

Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por N. da S. S. em face de D. B. F. e D. A. A., sob alegação de que os réus divulgaram áudios em grupos de WhatsApp imputando à autora condutas moralmente reprováveis, o que teria acarretado grave abalo à sua honra e imagem, bem como prejuízos profissionais.

Em sua contestação, os réus negam a prática de ato ilícito, alegando ausência de dolo ou culpa, sustentando a inexistência de dano moral indenizável e a irrelevância das declarações proferidas.

Compulsando os autos, verifico que há provas documentais e testemunhais que corroboram a versão apresentada pela autora. Os áudios constantes nos autos, de forma clara, imputam à autora comportamentos ofensivos à sua honra, como a alegação de manter relações com homens casados em troca de dinheiro, bem como de ter se beneficiado financeiramente dessas relações para custear cirurgia estética.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X, assegura o direito à indenização por danos morais decorrentes da violação à honra e à imagem. Ainda, o art. 5º, IV prevê a liberdade de expressão, mas esta encontra limite nos direitos de personalidade, não podendo ser exercida de forma a violar a dignidade da pessoa humana.

O Código Civil, por sua vez, nos termos dos arts. 186 e 927, estabelece que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, comete ato ilícito e deve repará-lo.

Resta demonstrado nos autos que os réus divulgaram, de forma deliberada, conteúdo ofensivo e inverídico sobre a autora. A alegação de que não houve repercussão suficiente para ensejar abalo à honra não encontra respaldo nos autos, uma vez que restou demonstrado que os áudios se disseminaram por diversos grupos, inclusive em outras cidades, ocasionando a rescisão de contratos com empresas que contratavam a autora como influencer digital.

Conforme jurisprudência consolidada, a imputação de conduta desonrosa por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagens configura violação à honra subjetiva e enseja reparação por danos morais.

O art. 93, IX, da Constituição Federal, determina que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Assim, em atenção ao princípio da motivação das decisões judiciais, entendo que a presente demanda merece julgamento de procedência.

DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fundamento no art. 487, I, do CPC, julgo procedente o pedido inicial para:

  • a) Condenar os réus ao pagamento de indenização por danos morais à autora, em valor a ser arbitrado em liquidação, observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade;
  • b) Determinar que os réus procedam à retratação pública nos mesmos grupos e meios em que foram compartilhadas as ofensas, nos termos do art. 5º, V, da CF/88;
  • c) Condenar os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data do Julgamento].

__________________________________
Juiz de Direito


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