Modelo de Réplica à Contestação sobre Acidente de Trânsito: Responsabilidade da Ré e Pedido de Indenização

Publicado em: 26/11/2024 Civel
Documento jurídico que apresenta réplica à contestação em ação envolvendo acidente de trânsito. O Autor refuta alegações da Ré, como a suposta negligência e o uso de calçados inadequados, destacando a responsabilidade exclusiva da Ré pelo ocorrido, com base em provas e dispositivos legais do Código Civil e do Código de Trânsito Brasileiro. O pedido inclui desconsideração das alegações da Ré, reconhecimento de sua responsabilidade e condenação por danos materiais e morais sofridos pelo Autor. O texto também cita jurisprudências relevantes e reforça a necessidade de produção de provas.

RÉPLICA

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº: __________

Autor: __________

Ré: __________

O Autor, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar RÉPLICA à contestação apresentada pela Ré, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS

A Ré, em sua contestação, tenta eximir-se da responsabilidade pelo acidente de trânsito, apresentando alegações que não condizem com a realidade dos fatos. Primeiramente, alega que o Autor foi negligente, pois estaria trafegando em alta velocidade. Contudo, tal afirmação não encontra respaldo nos elementos probatórios dos autos.

O Autor trafegava pela via preferencial, em velocidade compatível com as condições da via, quando teve seu veículo abalroado pela Ré. O impacto causou danos significativos ao veículo do Autor, como a danificação das rodas traseiras, eixo e suspensão, além do comprometimento do sistema de frenagem. O Autor, em uma manobra defensiva, conseguiu evitar consequências mais graves.

Ainda, a Ré alega que o Autor estaria dirigindo de chinelo, o que também não é verdadeiro, conforme demonstrado em foto anexada pela própria Ré, que comprova que o Autor conduzia o veículo descalço. Ademais, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não proíbe dirigir descalço, mas sim com calçados que não se fixem adequadamente aos pés.

Por fim, a Ré tenta imputar ao Autor a responsabilidade pelo acidente, ignorando que a colisão ocorreu devido à sua própria imprudência ao adentrar a via preferencial sem observar o tráfego, conforme relatado no Boletim de Ocorrência.

DO DIREITO

O Código Civil Brasileiro, em seu art. 927, estabelece que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No caso em tela, a conduta da Ré configura ato ilícito, pois violou o dever de cuidado objetivo ao adentrar a via preferencial sem observar o tráfego, causando a colisão.

Ademais, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu art. 29, II, determina que o condutor deve dar preferência ao veículo que trafega pela via preferencial. A Ré, ao desrespeitar essa norma, agiu de forma imprudente, sendo"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação indenizatória decorrente de acidente de trânsito, na qual o Autor alega que a Ré, de forma imprudente, adentrou a via preferencial, ocasionando colisão com seu veículo. O Autor pleiteia a reparação por danos materiais e morais. A Ré, em contestação, atribui culpa ao Autor, alegando que ele trafegava em alta velocidade e não observava as normas de trânsito.

Fundamentação

Dos Fatos

Analisando os elementos probatórios constantes nos autos, é possível verificar que o acidente ocorreu em razão de imprudência da Ré, que adentrou a via preferencial sem observar as condições de tráfego, como relatado no Boletim de Ocorrência e corroborado pelas provas documentais anexadas.

A alegação de que o Autor dirigia em alta velocidade não encontra respaldo nos autos. Ademais, o fato de o Autor estar dirigindo descalço não configura infração, conforme o disposto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e não possui qualquer nexo causal com o acidente.

Do Direito

Conforme o art. 927 do Código Civil Brasileiro, aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo. O ato ilícito da Ré está caracterizado pela violação do art. 29, II, do CTB, que determina a preferência de veículos que trafegam em via preferencial.

As alegações da Ré, no sentido de imputar culpa ao Autor, não se sustentam, tendo em vista a ausência de provas que demonstrem qualquer conduta culposa do mesmo. O fato de a CNH do Autor estar vencida, conforme alegado pela Ré, constitui infração administrativa, que não tem relação direta com a causa do acidente.

Jurisprudência Aplicável

Este entendimento é reforçado por precedentes jurisprudenciais, como se observa:

  • Apelação Cível Acórdão/TJSP - TJSP: "Aquele que colhe o outro veículo por trás tem contra si a presunção de culpa pelo evento, pois a ele compete extrema atenção com a corrente de tráfego que lhe segue à frente."
  • Apelação Cível Acórdão/TJSP - TJSP: "Presunção de culpa do réu pela colisão traseira não elidida. Inteligência do art. 29, II, do Código de Trânsito Brasileiro."

Da Hermenêutica Jurídica

Em interpretação sistemática dos fatos e fundamentos legais, bem como à luz do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige decisões fundamentadas, concluo que a conduta da Ré foi determinante para a ocorrência do acidente. Ainda que houvesse qualquer irregularidade por parte do Autor, como a CNH vencida, tal fato não constitui excludente de responsabilidade, dado que não guarda relação com a materialidade do evento danoso.

Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, para:

  1. Reconhecer a responsabilidade exclusiva da Ré pelo acidente de trânsito;
  2. Condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos materiais, no valor a ser apurado em liquidação de sentença, e danos morais, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do evento e acrescidos de juros de mora a partir da citação;
  3. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e Data.

_________________________________________

Magistrado(a)


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