Modelo de Réplica em Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais Contra Concessionária de Energia Elétrica
Publicado em: 08/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 15ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO
Processo nº 0963258-14.2024.8.19.0001
RÉPLICA
I. L. B., já qualificado nos autos da ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais que move em face de LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, apresentar a presente RÉPLICA, nos termos do art. 350 do CPC/2015, em razão da contestação apresentada pela parte Ré, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor ajuizou a presente ação visando à religação de energia elétrica em sua residência, localizada em Japeri (RJ), após a interrupção do fornecimento devido à queda de uma mangueira sobre a fiação elétrica, que resultou na remoção do transformador pela Ré. Ressalta-se que o imóvel encontra-se sem energia elétrica, situação que afeta gravemente a saúde e o bem-estar do Autor e de sua esposa, ambos idosos e com problemas de saúde, necessitando de energia elétrica para refrigerar medicamentos e realizar atividades básicas.
A Ré, em sua contestação, alegou que a religação não foi realizada devido à necessidade de extensão de rede, instalação de transformador e cumprimento de normas técnicas e ambientais. Contudo, tais alegações não se sustentam, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que o fornecimento de energia elétrica é um serviço essencial, conforme previsto na CF/88, art. 175, que impõe ao Poder Público e às concessionárias o dever de prestar serviços públicos de forma eficiente e contínua. A interrupção do fornecimento de energia elétrica, especialmente em casos que envolvem a saúde e a dignidade da pessoa humana, viola os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção à saúde (CF/88, art. 196).
O Autor apresentou certidão ambiental que comprova a inexistência de necessidade de autorização ambiental para a realização da obra, além de demonstrar que o logradouro público já possui rede elétrica instalada até a porta de sua residência. Assim, resta claro que a responsabilidade pela extensão da rede e pela religação do serviço recai exclusivamente sobre a Ré, conforme os ditames do programa "Luz para Todos".
Ademais, a relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, que estabelece a inversão do ônus da prova em favor do consumidor (CDC, art. 6º, VIII). Cabe à Ré demonstrar que cumpriu suas obrigações contratuais e legais, o que não foi feito no presente caso.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
O Autor reitera o pedido de tutela de urgê"'>...