Modelo de Representação Criminal contra Policial Civil por Tortura, Abuso de Autoridade e Usurpação de Função Pública

Publicado em: 06/12/2024 Constitucional Advogado Direito Penal Processo Penal
Documento legal apresenta representação criminal protocolada por Maria dos Santos Silva perante o Ministério Público, na Comarca de Patos - PB, em face de policial civil acusado de praticar atos de tortura física e psicológica contra detento, usurpação de função pública e abuso de autoridade, incluindo confisco ilegal de celular e violação de sigilo de dados. O documento detalha os fatos, os fundamentos jurídicos, as violações constitucionais e legais, e solicita instauração de procedimento investigatório, restituição de bens e ação penal contra o acusado.

REPRESENTAÇÃO CRIMINAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Promotor de Justiça da Comarca de Patos - PB,

Maria dos Santos Silva, brasileira, ambulante, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XX, bairro Belo Horizonte, Patos - PB, vem, por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua XXX, nº XX, bairro XXX, Patos - PB, respeitosamente apresentar a presente REPRESENTAÇÃO CRIMINAL em face do policial civil Fulano de Tal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

No dia 22 de novembro de 2024, por volta das 14h, na Delegacia de Polícia Civil localizada na Rua Moacir Leitão, nº X, bairro Belo Horizonte, Patos - PB, a representante presenciou seu filho, Warrobson, detento sob custódia do policial civil Fulano de Tal, ser vítima de agressões físicas e psicológicas. O policial utilizou spray de pimenta, algemas e disparos de arma de fogo em direção ao custodiado.

Além disso, o representado usurpou a função de delegado de polícia, realizando interrogatório mediante tortura física e psicológica, levando o detento a locais ermos para aplicar técnicas de tortura que não deixassem marcas visíveis. Posteriormente, interferiu no exame de corpo de delito para evitar a produção de provas.

Ao tentar registrar os abusos por meio de filmagem, a representante teve seu celular confiscado de forma agressiva pelo policial, que acessou ilegalmente os dados armazenados no aparelho, violando o sigilo das comunicações. O aparelho permanece em posse do policial, prejudicando as atividades comerciais da representante.

DO DIREITO

Os atos praticados pelo representado configuram diversas violações legais e constitucionais. Primeiramente, o confisco do celular e o acesso aos dados violam o direito ao sigilo das comunicações, garantido pela CF/88, art. 5º, XII, e pela Lei nº 9.296/1996, art. 10. Ademais, a conduta do policial caracteriza abuso de autoridade, conforme a Lei nº 13.869/2019, art. 22.

A tortura física e psicológica praticada contra o detento infringe o CP, art. 1º, §1º, da Lei nº 9.455/1997, que tipifica o crime de tortura. A usurpação de função pública, por sua vez, é vedada pelo CP, art. 328. Além disso, a interferência no exame de corpo de delito viola o CPP, art. 6º, inciso VII, que garante a preservação das provas.

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Informações complementares

Resumo Fático

Em 22 de novembro de 2024, na Delegacia de Polícia Civil de Patos - PB, Maria dos Santos Silva, mãe do detento Warrobson, presenciou graves condutas ilícitas perpetradas pelo policial civil Fulano de Tal. O custodiado foi submetido a tortura física e psicológica, incluindo o uso de spray de pimenta, algemas e disparos de arma de fogo. O representado também realizou interrogatórios sob coação, levando Warrobson a locais ermos para práticas que evitassem marcas visíveis, e interferiu no exame de corpo de delito para impedir a produção de provas.

Quando Maria tentou registrar os abusos utilizando seu celular, o policial confiscou o aparelho ilegalmente, acessando os dados privados e violando o sigilo das comunicações. A posse indevida do celular prejudicou as atividades comerciais de Maria, que depende do dispositivo para seu trabalho como ambulante.

Fundamentação Jurídica

Os atos do policial configuram diversas violações legais e constitucionais. O confisco do celular e o acesso aos dados infringem o direito ao sigilo das comunicações (CF/88, art. 5º, XII; Lei nº 9.296/1996, art. 10). A conduta configura abuso de autoridade (Lei nº 13.869/2019, art. 22) e viola normas sobre tortura, descritas na Lei nº 9.455/1997, art. 1º, §1º.

A prática de usurpação de função pública contraria o Código Penal (art. 328), enquanto a interferência no exame de corpo de delito desrespeita o Código de Processo Penal (art. 6º, inciso VII), que assegura a preservação de provas. Além disso, a violação à privacidade e à integridade física do detento e da representante ofendem direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal.

Elementos Probatórios e Jurisprudência

A narrativa apresentada é corroborada por evidências concretas, como a presença de testemunhas e a possibilidade de obtenção de imagens de câmeras de segurança da delegacia. A jurisprudência do TJSP no caso Acórdão/TJSP reforça a necessidade de indícios mínimos para procedimentos criminais, os quais estão claramente presentes no caso em tela.

Pedidos

A representante solicita, entre outros, a imediata restituição de seu celular, a instauração de investigação pelo Ministério Público sobre os crimes de abuso de autoridade, tortura e usurpação de função pública, e a promoção de ação penal contra o policial. Requer também indenização por danos morais, oitiva de testemunhas, obtenção de imagens das câmeras de segurança e designação de audiência de instrução e julgamento.


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