Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais por Tortura e Abuso de Autoridade Perpetrados por Agentes do Estado

Publicado em: 19/01/2024 Civel Advogado
Petição inicial de Ação de Indenização por Danos Morais, fundamentada no art. 37, §6º da CF/88 e no art. 186 do Código Civil, movida por A. J. dos S. contra o Estado de ___, em razão de tortura e abuso de autoridade praticados por policiais militares. A peça narra os fatos, apresenta embasamento jurídico e jurisprudencial, e requer indenização no valor de R$ 100.000,00 pelos danos físicos, psicológicos e morais sofridos pelo Requerente.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Nome do Requerente: A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº ___, RG nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___.

Nome do Requerido: Estado de ___, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ nº ___, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___.

Valor da Causa: R$ 100.000,00 (cem mil reais).

PREÂMBULO

A. J. dos S., devidamente qualificado, por meio de seu advogado, com fundamento no art. 319 do CPC/2015 e no art. 37, §6º da CF/88, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face do Estado de ___, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

No dia ___, o Requerente foi abordado por policiais militares do Estado de ___, que, sem qualquer justificativa plausível, submeteram-no a agressões físicas e psicológicas, configurando prática de tortura. Os atos foram gravados em vídeo por terceiros, evidenciando a brutalidade e o abuso de poder por parte dos agentes públicos.

As agressões resultaram em lesões físicas e traumas psicológicos graves, que impactaram diretamente a saúde e a dignidade do Requerente. Além disso, o episódio gerou repercussão social negativa, expondo o Requerente a humilhações públicas.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso III, dispõe que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Ademais, o art. 37, §6º da CF/88 estabelece a responsabilidade objetiva do Estado pelos danos causados por seus agentes, independentemente de dolo ou culpa.

A prática de tortura, além de violar direitos fundamentais, configura ato ilícito grave, passível de reparação moral. O Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 186) também prevê a obrigação de indenizar quando há violação de direito e dano causado a outrem.

No caso em tela, estão presentes os elementos caracterizadores da responsabilidade civil do Estado: a conduta ilícita dos agentes públicos, o dano sofrido pelo Requeren"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S. em face do Estado de ___, pessoa jurídica de direito público interno, com fulcro no art. 37, §6º da Constituição Federal de 1988, em razão de alegada prática de tortura e abuso de poder por agentes públicos, conforme narrado na inicial.

Fundamentação

Em observância ao comando do art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, passo a analisar os fatos e fundamentos apresentados.

Dos Fatos

Os autos relatam que, no dia ___, o Requerente foi abordado por policiais militares do Estado de ___, sendo submetido a agressões físicas e psicológicas, conforme comprovado por vídeos anexados à inicial. A conduta dos agentes públicos, segundo narrativa, gerou lesões físicas e traumas psicológicos graves, além de repercussão social negativa.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, III, consagra que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Além disso, o art. 37, §6º, estabelece a responsabilidade objetiva do Estado pelos danos causados por seus agentes, independentemente de dolo ou culpa.

No caso em análise, verifica-se a presença dos elementos necessários à configuração da responsabilidade civil objetiva do Estado: a conduta ilícita dos agentes públicos (tortura e abuso de poder), o dano experimentado pelo Requerente (lesões físicas, traumas psicológicos e humilhação pública) e o nexo de causalidade entre os atos dos agentes e o prejuízo sofrido.

Ademais, o Código Civil Brasileiro, em seu art. 186, estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Assim, o Requerente faz jus à reparação pelos danos morais sofridos.

Jurisprudência Aplicada

TJSP (3ª Câmara de Direito Público) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Santos: "Responsabilidade objetiva da Administração Pública que independe da análise da responsabilidade subjetiva e individual de seus agentes (art. 37, §6º da CF/88). Comprovação documental em relação à prisão arbitrária, sendo notório o estado de coisas durante o regime militar e a submissão dos detidos à tortura."

Do Embasamento Doutrinário

Conforme leciona Maria Helena Diniz, a responsabilidade civil objetiva do Estado decorre da teoria do risco administrativo, que impõe ao Poder Público o dever de reparar os danos causados por seus agentes, independentemente de culpa, desde que comprovado o nexo causal.

Carlos Roberto Gonçalves complementa ao afirmar que o dano moral possui função compensatória e pedagógica, buscando reparar o sofrimento da vítima e desestimular condutas ilícitas.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento nos artigos 5º, III, e 37, §6º da Constituição Federal, e no art. 186 do Código Civil, julgo procedente o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Condenar o Estado de ___ ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais), a título de indenização por danos morais, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais a partir do evento danoso;
  2. Condenar o Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º do CPC/2015;
  3. Determinar a inclusão dos vídeos apresentados nos autos como prova material do ocorrido.

Por fim, deixo de apreciar outros pedidos formulados pela parte autora, por serem prejudicados pela presente decisão.

Conclusão

É como voto.

Local e Data.

____________________________
Assinatura do Magistrado
Nome do Magistrado


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