Modelo de Queixa-Crime por Falsificação de Documento Particular e Estelionato com Pedido de Condenação Penal

Publicado em: 04/03/2024 Direito Penal
Este documento apresenta uma queixa-crime ajuizada por um comprador de imóvel contra dois advogados, acusados de falsificação de documento particular e estelionato. A ação tem como base a apresentação de uma procuração falsa em processo judicial, que resultou em prejuízo financeiro ao querelante, no valor de R$ 112.000,00. Os fundamentos jurídicos incluem os artigos 298 e 171 do Código Penal, com respaldo em jurisprudências que comprovam a justa causa para a persecução penal. O pedido inclui a citação dos acusados, produção de provas e a condenação penal dos envolvidos.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________

COM PRIORIDADE

PREÂMBULO

O COMPRADOR, Sr. C. E. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, vem, por meio de seu advogado, com endereço eletrônico __________, com fundamento no CPP, art. 41, apresentar a presente:

QUEIXA-CRIME

Em face de ADVOGADO 1, brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e ADVOGADO 2, brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

O querelante adquiriu uma propriedade localizada no Estado do Pará, mediante contrato de compra e venda devidamente registrado em cartório. Apesar de estar em dia com o pagamento, o vendedor, Sr. __________, não transferiu a posse e propriedade do imóvel ao comprador, mesmo após diversas notificações.

Em 2021, o vendedor veio a óbito, e seus herdeiros ajuizaram uma ação de consignação em pagamento cumulada com obrigação de não fazer, alegando que a esposa do falecido não participou do negócio jurídico. Durante o trâmite processual, sem citação ou conhecimento do querelante, os advogados dos herdeiros apresentaram uma procuração falsa, supostamente outorgada pelo querelante, nomeando-os como representantes legais para firmar um acordo com os herdeiros.

No referido acordo, foi depositado na conta de um dos advogados um valor de R$ 112.000,00, que não foi realizado pelo querelante. A falsidade da procuração foi comprovada por meio de ata notarial, e a sentença foi proferida com base nos termos apresentados pelos advogados fraudadores. Ressalta-se que já foi ajuizada ação visando a anulação da sentença.

DO DIREITO

Os fatos narrados configuram, em tese, os crimes de falsificação de documento particular (CP, art. 298) e estelionato (CP, art. 171), praticados pelos querelados. A falsificação de documento particular é caracterizada pela alteração ou criação de documento com o objetivo de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante."'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimo Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a), em cumprimento ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, passo à análise e julgamento da presente controvérsia, à luz dos fatos narrados e do embasamento jurídico apresentado nos autos.

Dos Fatos

O querelante adquiriu uma propriedade localizada no Estado do Pará, mediante contrato de compra e venda devidamente registrado em cartório. Apesar de estar em dia com o pagamento, o vendedor, Sr. __________, não transferiu a posse e a propriedade do imóvel ao comprador, mesmo após diversas notificações.

Após o falecimento do vendedor, os herdeiros ajuizaram ação utilizando uma procuração falsa, supostamente outorgada pelo querelante. A falsidade foi comprovada por meio de ata notarial e culminou em prejuízo ao querelante, incluindo o depósito de R$ 112.000,00 na conta de um dos advogados dos herdeiros.

Da Interpretação Hermenêutica

Os fatos relatados configuram, em tese, os crimes de falsificação de documento particular (art. 298 do Código Penal) e estelionato (art. 171 do Código Penal). A falsidade da procuração e o consequente prejuízo financeiro são devidamente comprovados nos autos, demonstrando clara violação à boa-fé, à lealdade processual e à moralidade, princípios previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal.

Além disso, o art. 41 do Código de Processo Penal exige justa causa para a persecução penal, amparada neste caso pelos indícios mínimos de autoria e materialidade delitiva, comprovados pela ata notarial e demais documentos.

Da Fundamentação

Diante dos elementos apresentados, é imperativo reconhecer que os querelados, ao utilizarem uma procuração falsa e obterem vantagem patrimonial, atentaram contra bens jurídicos protegidos pelo ordenamento, como a fé pública e o patrimônio individual.

Ademais, a jurisprudência colacionada é clara no sentido de que a deflagração de investigação criminal depende de justa causa, amplamente configurada no caso em tela. A atuação dos querelados caracteriza dolo, sendo indispensável a responsabilização penal para assegurar a efetividade do direito.

Conclusão

Em face do exposto, com base no art. 93, IX, da Constituição Federal, conheço do recurso interposto e voto pela procedência do pedido, determinando:

  1. O recebimento da queixa-crime;
  2. A citação dos querelados para responderem aos termos da ação penal;
  3. A condenação dos querelados nas penas previstas nos artigos 298 e 171 do Código Penal;
  4. A produção de todas as provas admitidas em direito, inclusive oitiva de testemunhas e juntada de documentos;
  5. A intimação do Ministério Público para acompanhar o feito.

Este é o voto que submeto a julgamento, com vistas à aplicação da justiça e à preservação da ordem jurídica.

Termos em que, pede deferimento.

Local e data.
____________________________
Magistrado(a)


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