Modelo de Representação Criminal por Fraude e Estelionato em Alienação de Imóvel Contra Direitos Patrimoniais das Requerentes

Publicado em: 21/09/2024 CivelProcesso Civil Direito Penal Processo Penal
Documento de representação criminal apresentado ao Ministério Público, fundamentado no artigo 5º, §3º do CPP. Contempla denúncia contra atos fraudulentos envolvendo alienação irregular de imóvel, em prejuízo das requerentes. O caso envolve descumprimento de meação matrimonial, ausência de averbação de divórcio, suposta má-fé na alienação e prática de crimes como estelionato e falsidade ideológica, conforme artigos 171, 299 e 359 do Código Penal. Inclui pedido de investigação criminal, responsabilização dos representados e medidas cautelares para ressarcimento de danos.

REPRESENTAÇÃO CRIMINAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE [INSERIR ESTADO]

Requerentes: [Nomes completos das autoras, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].

Representados: [Nome completo do genitor, da irmã do genitor e do suposto comprador do imóvel, com qualificação completa].

PREÂMBULO

Os requerentes, devidamente qualificados, vêm, com o devido respeito, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 5º, §3º, apresentar REPRESENTAÇÃO CRIMINAL contra os representados, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Os fatos narrados remontam ao período subsequente ao divórcio consensual das requerentes e do genitor, ocorrido sob o regime de comunhão universal de bens. Na ocasião, foi estabelecido de forma irrevogável e irretratável que as requerentes teriam direito à meação do imóvel objeto da presente representação.

O genitor, entretanto, deixou de cumprir suas obrigações legais, incluindo o pagamento de pensões alimentícias desde o ano de 1998. Posteriormente, a irmã do genitor, munida de procuração pública, alienou o imóvel de forma irregular e fraudulenta, sem respeitar a meação das requerentes, tampouco averbando o primeiro casamento, o divórcio ou qualquer outra informação relevante na matrícula do imóvel.

Tal alienação foi realizada antes do falecimento do genitor, em evidente má-fé, com o objetivo de fraudar os direitos das requerentes. A situação foi agravada pela omissão do suposto comprador, que não apresentou justificativas plausíveis e evitou ser citado em ação pauliana ajuizada pelas requerentes.

Após diversas tentativas infrutíferas de citação, o processo foi arquivado sem resolução de mérito. Contudo, as requerentes localizaram o endereço do representado e peticionaram pela citação, mas até o momento não obtiveram qualquer decisão favorável. Diante disso, é imprescindível a intervenção do Ministério Público para apuração dos crimes de fraude, estelionato e outros correlatos.

DO DIREITO

A conduta dos representados caracteriza, em tese, a prática de crimes previstos no CP, art. 171 (estelionato), CP, art. 299 (falsidade ideológica) e CP, art. 359 (fraude à execução). A alienação do imóvel, realizada de forma fraudulenta e em prejuízo das requerentes, configura evidente violação à ordem pública e aos direitos patrimoniais das vítimas.

Ademais, a ausência de averbação do divórcio e da meação na matrícula do imóvel viola o princípio da publicidade registral, previsto na Lei 6.015/1973, art. 1º. Tal omissão foi deliberada e teve como objetivo ocultar a verdadeira situação jurídica do bem, em prejuízo das requerentes.

O Ministério Público, como defensor da ordem jurídica e dos interesses sociais, possui legitimidade para atuar no caso em tela, conforme disposto no CF/88, art. 127 e no CPP, art. 24. A intervenção ministerial é essencial para garantir a apuração dos fatos e a responsabilização criminal dos representados.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de representação criminal apresentada pelas requerentes, devidamente qualificadas nos autos, contra os representados, sob a alegação de prática de crimes de fraude e estelionato envolvendo a alienação irregular de imóvel. Os fatos narrados incluem a ausência de cumprimento das obrigações do genitor das requerentes, alienação fraudulenta do imóvel por meio de procuração pública e omissão de informações relevantes na matrícula do imóvel, resultando em prejuízo às requerentes.

Os crimes apontados estão previstos no Código Penal (art. 171, 299 e 359), além da violação ao princípio da publicidade registral, conforme disposto na Lei nº 6.015/1973. Requer-se a instauração de investigação criminal e a responsabilização penal dos representados.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e do Direito

Os fatos narrados pelas requerentes demonstram, em tese, a prática de atos que configuram os crimes de estelionato (art. 171 do CP), falsidade ideológica (art. 299 do CP) e fraude à execução (art. 359 do CP). A alienação do imóvel sem a devida observância da meação das requerentes, bem como a ausência de averbação do divórcio e de outras informações relevantes na matrícula do imóvel, configuram indícios de má-fé e prejuízo às requerentes.

Além disso, a ausência de publicidade registral viola o disposto na Lei nº 6.015/1973, que garante a segurança jurídica nas relações patrimoniais. O objetivo das normas de publicidade é evitar fraudes e proteger terceiros de boa-fé, o que não foi observado no caso em análise.

2. Dos Fundamentos Constitucionais

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 127, confere ao Ministério Público a função de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais. A atuação ministerial é imprescindível para assegurar a apuração dos fatos e a aplicação das sanções cabíveis aos representados.

Ainda, conforme o art. 93, IX da CF/88, toda decisão judicial deve ser fundamentada, o que aqui se observa ao realizar a interpretação hermenêutica entre os fatos narrados e as normas jurídicas aplicáveis.

3. Da Jurisprudência

Conforme precedentes jurisprudenciais apresentados, verifica-se a prevalência do princípio da ausência de justa causa para arquivamento de processos em que não há indícios mínimos de materialidade delitiva. No presente caso, contudo, os fatos narrados apresentam robustos indícios que justificam a instauração de investigação criminal.

Exemplo disso é o julgamento no TJSP (Representação Criminal Acórdão/TJSP), em que o arquivamento somente foi homologado devido à ausência de provas que justificassem o prosseguimento da investigação. Tal situação não se aplica ao caso em tela, dada a complexidade e os indícios de má-fé demonstrados.

III. Voto

Diante do exposto, conheço da presente representação criminal, por entender que estão presentes os requisitos de admissibilidade e indícios suficientes de autoria e materialidade. A alienação irregular do imóvel, acompanhada da omissão de informações relevantes na matrícula, caracteriza, em tese, os crimes de estelionato, falsidade ideológica e fraude à execução, conforme previsto nos arts. 171, 299 e 359 do Código Penal.

Assim, voto pela procedência do pedido, determinando:

  1. A instauração de investigação criminal para apuração dos fatos narrados;
  2. A responsabilização criminal dos representados, caso confirmadas as irregularidades apontadas;
  3. Adoção de medidas cautelares para preservação dos direitos patrimoniais das requerentes;
  4. O acompanhamento do Ministério Público em todas as etapas do processo.

É como voto.

IV. Conclusão

Por todo o exposto, acolho a representação criminal nos termos propostos, determinando o prosseguimento das medidas necessárias à apuração dos fatos e à aplicação da justiça.

[Local], [Data]

Assinatura:

[Nome do Magistrado]


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