Modelo de Representação Eleitoral por Divulgação de Fake News com Pedido de Liminar e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 15/09/2024 Processo CivilConstitucional Eleitoral
Representação eleitoral proposta por M. F. de S. L. contra J. A. dos S., candidato a prefeito, com fundamento no art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990. A ação denuncia a divulgação de fake news pelo representado, que teria imputado condutas desonrosas à representante, com o objetivo de interferir na lisura do pleito eleitoral. São requeridos a remoção imediata das publicações, a condenação por abuso de poder, indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 e a aplicação das sanções previstas na legislação eleitoral. O documento consolida jurisprudências e fundamentos jurídicos que reforçam a necessidade de responsabilização do representado.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA ___ª ZONA ELEITORAL DE [CIDADE/ESTADO]

Representação Eleitoral

Representante: M. F. de S. L.

Representado: J. A. dos S.

PREÂMBULO

M. F. de S. L., brasileira, solteira, jornalista, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua [Endereço completo], por meio de sua procuradora infra-assinada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990 e demais disposições aplicáveis, propor a presente REPRESENTAÇÃO ELEITORAL em face de J. A. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O representado, J. A. dos S., candidato ao cargo de prefeito municipal nas eleições de 2024, divulgou, por meio de suas redes sociais e de terceiros, informações inverídicas (fake news) que imputam à representante, M. F. de S. L., condutas desonrosas e ilícitas, como o desvio de recursos públicos e a prática de atos incompatíveis com a moralidade administrativa.

Tais informações foram amplamente disseminadas, com o claro objetivo de prejudicar a imagem da representante perante o eleitorado, interferindo diretamente na lisura do pleito eleitoral e violando os princípios da igualdade e da moralidade que regem o processo eleitoral.

As fake news divulgadas pelo representado foram desmentidas por órgãos oficiais e pela própria imprensa, configurando abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

O art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990 prevê a possibilidade de representação para apuração de abuso de poder econômico ou político, sendo aplicável ao caso em tela, dado o uso indevido dos meios de comunicação pelo representado para disseminar informações falsas.

Além disso, a Constituição Federal de 1988 consagra, em seu art. 14, §9º, a necessidade de proteção à normalidade e à legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico e o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

O abuso de poder por meio da disseminação de fake news compromete a igualdade de condições entre os candidatos, violando o princípio da isonomia, previsto no art. 5º, caput, da CF/88, e o princípio da moralidade, insculpido no art. 37, caput, da CF/88.

Ademais, o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) estabelece, em seu art. 243, que a propaganda eleitoral não pode empregar meios publicitários que ofendam a honra ou a imagem de candidatos, sendo vedada a divulgação de fatos sabidamente inverídicos.

Portanto, resta evidente a prática de ilícito eleitoral pelo representado, que deve ser responsabilizado na forma da lei.

JURISPRUDÊNCIAS

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação do voto do magistrado, utilizando elementos de HTML com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de representação eleitoral proposta por M. F. de S. L. em face de J. A. dos S., com fundamento no art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990, em razão da divulgação de informações falsas (fake news) que imputam à representante condutas desonrosas e ilícitas, com o objetivo de prejudicar sua imagem perante o eleitorado.

Alega-se que tais informações foram disseminadas de modo a interferir na igualdade de condições entre os candidatos, violando os princípios da moralidade, igualdade e lisura do processo eleitoral, configurando abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.

Fundamentação

1. Dos Fatos e da Legislação Aplicável

Os atos imputados ao representado configuram, em tese, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, nos termos do art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990. Há elementos que indicam a disseminação de fake news com o objetivo de prejudicar a representante, comprometendo os princípios fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988.

O art. 14, §9º, da CF/88, consagra a proteção à normalidade e à legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico e o abuso de poder político ou dos meios de comunicação. Além disso, o art. 5º, caput, assegura o princípio da isonomia, enquanto o art. 37, caput, preconiza a moralidade administrativa.

Ainda, o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), em seu art. 243, veda a propaganda eleitoral que ofenda a honra ou a imagem de candidatos, proibindo a divulgação de fatos sabidamente inverídicos.

2. Da Análise Probatória

Os elementos probatórios constantes dos autos, tais como publicações em redes sociais e matérias jornalísticas, indicam que as informações disseminadas pelo representado possuem caráter nitidamente falso, conforme comprovado por órgãos oficiais e pela imprensa. A ampla divulgação de tais informações configura abuso de poder, com potencial para causar desequilíbrio no pleito eleitoral.

Ressalte-se que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de Tribunais de Justiça estaduais tem reconhecido a gravidade da disseminação de fake news em período eleitoral, fixando a responsabilidade daqueles que utilizam tais práticas para influenciar o eleitorado (STJ, REsp. Acórdão/STJ; TJSP, Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP).

Conclusão

Diante dos fatos e fundamentos apresentados, bem como das provas constantes nos autos, resta caracterizada a prática de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação por parte do representado. Tal conduta viola os princípios constitucionais da igualdade, moralidade e lisura do processo eleitoral, sendo imperiosa a aplicação das sanções legais cabíveis.

Decisão

À luz do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pela procedência do pedido formulado na representação eleitoral, para:

  1. Determinar a imediata remoção das publicações contendo fake news divulgadas pelo representado;
  2. Condenar o representado por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, com a aplicação das sanções previstas na legislação eleitoral, incluindo a inelegibilidade para as eleições subsequentes;
  3. Condenar o representado ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em razão da ofensa à honra e à imagem da representante;
  4. Condenar o representado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Determino, ainda, a intimação do Ministério Público Eleitoral para ciência e providências cabíveis.

Conclusão Final

É o voto, com base nos princípios constitucionais e legais, visando garantir a proteção à legitimidade e à normalidade do processo eleitoral, como medida de justiça.

[Assinatura do Magistrado]

Juiz Eleitoral

### Estrutura do HTML - Relatório**: Introdução com o resumo do caso. - Fundamentação**: Divisão em análise legislativa e probatória. - Decisão**: Determina os pedidos acolhidos e medidas aplicadas. - Conclusão Final**: Síntese do voto e assinaturas.

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