Modelo de Representação Eleitoral por Divulgação de Fake News Durante o Período Eleitoral em Desrespeito à Lei nº 9.504/1997 e à Constituição Federal

Publicado em: 01/10/2024 Eleitoral
Documento de representação eleitoral apresentado ao Juízo da Zona Eleitoral competente, fundamentado no art. 57-D da Lei nº 9.504/1997, que trata da vedação à divulgação de propaganda eleitoral com informações sabidamente inverídicas. O Representante alega que o Representado divulgou fake news por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, com o intuito de prejudicar sua candidatura e influenciar o resultado do pleito eleitoral. O documento apresenta pedido de liminar para remoção das publicações falsas, aplicação de sanções legais, condenação por danos morais e outras providências cabíveis.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA ___ª ZONA ELEITORAL DE [LOCALIDADE]

[Localidade], ___ de __________ de ______.

REPRESENTAÇÃO ELEITORAL

Representante: [Nome completo do Representante], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

Representado: [Nome completo do Representado], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

PREÂMBULO

O Representante, por meio de seu advogado regularmente constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 57-D da Lei nº 9.504/1997 e demais dispositivos aplicáveis, propor a presente REPRESENTAÇÃO ELEITORAL em face do Representado, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

No curso do período eleitoral, o Representado divulgou, por meio de suas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, informações sabidamente inverídicas (fake news) com o intuito de prejudicar a candidatura do Representante e influenciar de forma indevida o resultado do pleito eleitoral.

As informações falsas disseminadas pelo Representado alegavam que o Representante estaria envolvido em atos de corrupção e desvio de recursos públicos, fatos que não possuem qualquer respaldo na realidade e que foram amplamente desmentidos por órgãos competentes.

A conduta do Representado violou os princípios da lisura e da igualdade no processo eleitoral, causando prejuízos irreparáveis à imagem do Representante e comprometendo a legitimidade do pleito.

DO DIREITO

A divulgação de informações falsas durante o período eleitoral configura grave violação à legislação eleitoral, especialmente ao disposto no art. 57-D da Lei nº 9.504/1997, que veda a veiculação de propaganda eleitoral que contenha fatos inverídicos.

O art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990 também prevê a possibilidade de apuração de abuso de poder econômico ou político, bem como a prática de condutas que comprometam a normalidade e a legitimidade das eleições.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 14, §9º, estabelece que a lei deve assegurar a igualdade de oportunidades entre os candidatos, o que foi claramente violado pela conduta do Representado.

Por fim, a disseminação de fake news atenta contra os princípios da moralidade e da probidade administrativa, essenciais para a manutenção de um processo eleitoral justo e democrático.

JURISPRUDÊNCIAS

Para corroborar os fundamentos jurídicos apresentados, destacam-se as seguintes jurisprudências:

1. Direito Constitucional. Direito Civil. Liberdades constitucionais de opinião e de imprensa. Responsabilidade civil:

“Como parâmetros para a imputação de responsabilidade civil decorrente de ofensa à honra, doutri"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I - Relatório

Trata-se de representação eleitoral proposta por [Nome do Representante] em face de [Nome do Representado], na qual se alega a prática de disseminação de informações falsas (fake news) com o propósito de prejudicar a candidatura do Representante e influenciar de modo indevido o resultado do pleito eleitoral.

O Representante fundamenta sua pretensão nos artigos 57-D da Lei nº 9.504/1997, no artigo 22 da Lei Complementar nº 64/1990, bem como no artigo 14, §9º, da Constituição Federal, que asseguram a lisura e igualdade de condições durante o processo eleitoral.

Instado a se manifestar, o Representado apresentou defesa alegando que as publicações em questão configuram exercício da liberdade de expressão e que não houve dolo ou má-fé na conduta apontada.

É o breve relatório.

II - Fundamentação

1. Dos Fatos e das Provas

Consta nos autos que o Representado utilizou redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas para disseminar informações sabidamente inverídicas, atribuindo ao Representante condutas ilícitas, como corrupção e desvio de recursos públicos, as quais foram amplamente desmentidas por órgãos competentes.

As provas documentais juntadas aos autos, incluindo capturas de tela das publicações e análises periciais, corroboram a prática de divulgação de informações falsas por parte do Representado.

2. Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 14, §9º, prevê que a lei deverá assegurar a igualdade de oportunidades entre os candidatos, vedando práticas que comprometam a legitimidade e normalidade do processo eleitoral. Tais princípios foram violados pela conduta do Representado.

O artigo 57-D da Lei nº 9.504/1997 é claro ao vedar a veiculação de propaganda eleitoral que contenha fatos inverídicos. A conduta do Representado encontra-se em total desacordo com essa norma.

Além disso, o artigo 22 da Lei Complementar nº 64/1990 permite a apuração de abuso de poder político ou econômico, bem como ações que comprometam a normalidade das eleições, como é o caso em análise.

3. Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria tem reiteradamente reconhecido a gravidade da disseminação de informações falsas no contexto eleitoral, conforme os precedentes apresentados pelo Representante. Em especial, destaca-se a decisão do TJSP (Apelação Cível Acórdão/TJSP), que reconheceu o dano moral decorrente de publicações falsas durante o período eleitoral.

4. Da Liberdade de Expressão

Embora a Constituição assegure a liberdade de expressão como direito fundamental, tal garantia não é absoluta, especialmente quando confrontada com outros direitos, como a honra e a dignidade da pessoa humana. A disseminação de fake news, quando comprovada, deve ser reprimida para garantir a higidez do processo eleitoral.

III - Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal, JULGO PROCEDENTE a representação eleitoral proposta por [Nome do Representante] em face de [Nome do Representado], pelos motivos a seguir:

  1. Determino a imediata remoção das publicações contendo informações falsas, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
  2. Condeno o Representado ao pagamento de multa no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), nos termos do artigo 57-D da Lei nº 9.504/1997;
  3. Declaro a inelegibilidade do Representado pelo prazo de 8 (oito) anos, nos termos do artigo 22 da Lei Complementar nº 64/1990;
  4. Condeno o Representado ao pagamento de indenização por danos morais ao Representante, em valor a ser liquidado em fase de cumprimento de sentença;
  5. Condeno o Representado ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Localidade], ___ de __________ de ______.

[Nome do Magistrado]
Juiz Eleitoral


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