Modelo de Resposta à Acusação - Crime de Lesão Corporal em Contexto de Discussão Motivada por Ciúmes
Publicado em: 22/11/2024 Direito PenalRESPOSTA À ACUSAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [CIDADE/UF]
Processo nº [número do processo]
[Nome do Acusado], brasileiro, [estado civil], [profissão], portador do RG nº [número do RG], inscrito no CPF sob o nº [número do CPF], residente e domiciliado na [endereço completo], e-mail: [endereço eletrônico], vem respeitosamente, por meio de seu advogado, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação Penal que lhe move o Ministério Público, apresentar a presente:
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
com fundamento no CPP, art. 396-A, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I - DOS FATOS
O Acusado está sendo denunciado pela suposta prática do crime previsto no CP, art. 129, § 13, sob a alegação de que teria agredido a suposta vítima durante uma discussão. Importa esclarecer que, durante o inquérito policial, a suposta vítima declarou expressamente que não desejava representar contra o Acusado, bem como não requereu medidas protetivas de urgência, conforme disposto no CPP, art. 16.
Ademais, destaca-se que o Acusado não estava embriagado no momento dos fatos, conforme comprovado por relatório médico juntado aos autos, que também evidencia as lesões sofridas. É importante frisar que toda a situação foi motivada por um episódio de ciúmes, pois a suposta vítima não permitiu que o atual companheiro do Acusado pegasse o seu celular.
A suposta vítima, além de alegar que situações semelhantes ocorreram anteriormente, não manifestou interesse em representar em nenhuma dessas ocasiões, e os dois seguem juntos e convivendo em harmonia, conforme apurado no inquérito. A relação entre o Acusado e a suposta vítima, apesar do incidente, continua estável, sem qualquer indício de ameaça ou risco à integridade física de qualquer um dos envolvidos. Tal circunstância reforça o entendimento de que não há situação que justifique a imposição de medidas penais mais severas contra o Acusado, uma vez que o próprio casal decidiu seguir em frente de forma tranquila e sem conflitos.
II - DA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL
Conforme descrito, o Acusado não possui antecedentes criminais, nunca tendo respondido a qualquer processo criminal. A ausência de histórico de agressões, associada à ausência de vontade da suposta vítima em representar contra o Acusado, demonstra que não há justa causa para a continuidade da ação penal, uma vez que não há suporte probatório mínimo que justifique a persecução penal.
Nesse contexto, resta evidente que a denúncia se funda em um equívoco, uma vez que não há elementos suficientes para caracterizar a infração penal imputada ao Acusado, além de ser manifesta a ausência de dolo e a ausência de interesse da suposta vítima em prosseguir com a representação. O episódio em questão não teve qualquer consequência duradoura ou lesão grave que pudesse justificar a imputação de um crime, tratando-se apenas de um desentendimento sem relevância penal, motivado por fatores emocionais e contextuais, como o ciúme.
Além disso, o Acusado sempre se mostrou colaborativo com as autoridades policiais e judiciárias, comparecendo a todos os atos e fornecendo todas "'>...