Modelo de Resposta à Acusação de Lesão Corporal no Contexto da Lei Maria da Penha
Publicado em: 25/11/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___
Processo nº: ___________
Acusado: J. R. dos S.
Endereço Eletrônico (Defesa): [email protected]
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
I - DOS FATOS
O acusado, J. R. dos S., foi denunciado pela suposta prática do crime tipificado no CP, art. 129, § 9º, em concurso com o CF/88, art. 5º, I, da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), em razão de agressões alegadamente praticadas contra sua companheira, Sra. M. A. da S. Segundo narra a denúncia, os fatos teriam ocorrido em ___, na residência do casal, localizada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, nesta cidade.
A denúncia alega que, em virtude de desentendimento entre o casal, o acusado teria agido de forma a causar lesões corporais leves à vítima. No entanto, cumpre esclarecer que os fatos não ocorreram conforme descritos na denúncia, motivo pelo qual se faz necessária a defesa do acusado, esclarecendo os reais acontecimentos e buscando garantir os seus direitos constitucionais. Além disso, é importante ressaltar que a denúncia não considera a dinâmica completa dos fatos e desconsidera elementos que poderiam provar a inexistência de qualquer agressão física. O acusado, desde o início, está disposto a colaborar com a Justiça para o completo esclarecimento da situação, apresentando sua versão dos fatos e fornecendo informações que podem ser fundamentais para a apuração justa dos acontecimentos.
O relacionamento do acusado com a vítima é marcado por anos de convivência harmoniosa. J. R. dos S. e Sra. M. A. da S. vivem juntos há mais de uma década, e nunca houve qualquer histórico de violência física ou psicológica no relacionamento. No dia dos fatos, houve um desentendimento verbal, como ocorre em muitos relacionamentos, mas de forma alguma houve qualquer ato de agressão física. A discussão foi causada por uma divergência trivial, e, apesar dos ânimos terem se exaltado, não houve nenhum comportamento que configurasse uma violação da integridade física da vítima. É essencial que Vossa Excelência considere o contexto da situação e o histórico da relação entre as partes para uma avaliação justa e ponderada dos fatos.
II - DO DIREITO
Preliminarmente, requer-se a Vossa Excelência o reconhecimento da inépcia da denúncia, nos termos do CPP, art. 395, I, tendo em vista a ausência de justa causa para a ação penal e a falta de elementos mínimos que comprovem a materialidade do delito e a autoria. A denúncia é omissa quanto a detalhes cruciais que poderiam comprovar, de maneira inequívoca, a ocorrência das agressões e a participação do acusado nos fatos descritos. A falta de descrição detalhada dos fatos, bem como a ausência de provas contundentes que comprovem o alegado, torna a acusação genérica e insuficiente para embasar uma ação penal. Dessa forma, a defesa entende que a denúncia deve ser rejeitada, pois não atende aos requisitos mínimos exigidos pela legislação processual penal.
Além disso, cumpre destacar que o CF/88, art. 5º, LVII consagra o princípio da presunção de inocência, segundo o qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. No presente caso, não existem provas suficientes que corroborem a versão apresentada pela vítima, havendo apenas alegações unilaterais e sem testemunhas que possam confirmar a ocorrência dos fatos tal como narrados na denúncia. A presunção de inocência é um direito fundamental que deve ser rigorosamente observado, e a simples alegação da vítima, sem qualquer comprovação, não pode servir de base para a condenação do acusado.
No mérito, o acusado nega categoricamente a prática das agressões imputadas a ele. Ressalta que o episódio relatado pela vítima é fruto de um desentendiment"'>...