Modelo de Resposta à Acusação em Caso de Lesão Corporal Dolosa no Contexto de Violência Doméstica com Base na Lei Maria da Penha

Publicado em: 06/03/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Apresentação de resposta à acusação em favor de M. M. A. S., denunciado por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica, conforme o art. 129, §9º do Código Penal e a Lei Maria da Penha. O documento argumenta pela ausência de provas concretas que sustentem a denúncia, detalha os depoimentos das testemunhas que enfraquecem a acusação, e fundamenta o pedido de absolvição com base no art. 386, VII do CPP, invocando a presunção de inocência garantida pela Constituição Federal. Inclui pedidos subsidiários de audiência de instrução e julgamento e a juntada desta peça aos autos.

Resposta à Acusação

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NERÓPOLIS/GO

Processo nº: [inserir número do processo]

Réu: M. M. A. S.

Vítima: C. M. de B. S.

Advogado: [Nome do advogado], inscrito na OAB/UF sob o nº [número], com endereço profissional na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 396-A do CPC/2015, apresentar a presente RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente resposta à acusação é apresentada em favor do réu, M. M. A. S., denunciado pela prática do crime de lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica, tipificado no CP, art. 129, §9º, combinado com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06). O réu, contudo, refuta as acusações, considerando a ausência de provas concretas e a fragilidade dos elementos apresentados nos autos.

DOS FATOS

Conforme consta nos autos, a suposta agressão teria ocorrido em 29 de agosto de 2023, quando a vítima, C. M. de B. S., alegou ter sido agredida fisicamente pelo réu, seu esposo, com dois socos no rosto, após uma discussão conjugal. Contudo, a vítima posteriormente reatou o relacionamento com o réu, mantendo a convivência conjugal de forma plena e harmônica.

Após o suposto ocorrido, a vítima solicitou a suspensão das medidas protetivas, conforme registrado em sua manifestação na Vara de Família. Além disso, o processo permaneceu paralisado por mais de dois anos, em razão da impossibilidade de conclusão das investigações pela delegacia local.

Em 22 de janeiro de 2025, foram colhidos os depoimentos da vítima e das testemunhas. A testemunha J. D. de A. A. afirmou que a vítima pernoitou em sua residência na noite do suposto ocorrido e não apresentou qualquer sinal de agressão. Por sua vez, Vera Lúcia M. de Brito Silva, irmã da vítima, relatou que apenas orientou Claudionora, por telefone, a procurar uma delegacia, sem presenciar os fatos. A vítima, em seu depoimento, reiterou os mesmos elementos apresentados anteriormente, sem trazer novos elementos que comprovassem a acusação.

DO DIREITO

A denúncia apresentada carece de elementos probatórios robustos que demonstrem, de forma inequívoca, a materialidade e autoria do crime imputado ao réu. Conforme o CPP, art. 386, VII, a absolvição é cabível quando não houver provas suficientes para a condenação.

No caso em tela, os depoimentos das testemunh"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação penal em que M. M. A. S. foi denunciado pela prática de lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica, com fundamento no art. 129, §9º do Código Penal, combinado com a Lei Maria da Penha ( Lei 11.340/06). Os elementos probatórios incluem depoimentos da vítima e de testemunhas, bem como manifestação formal da vítima solicitando a suspensão de medidas protetivas.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, todo julgamento deve ser fundamentado, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos legais aplicáveis ao caso.

Dos Fatos

Consta nos autos que a suposta agressão teria ocorrido em 29 de agosto de 2023, durante discussão conjugal. A vítima, Claudionora Mendes de Brito Santiago, alegou ter recebido dois socos no rosto. Contudo, foram colhidos depoimentos que indicam ausência de sinais de agressão na data dos fatos, conforme testemunhas Joana Darque e Vera Lúcia. Além disso, a vítima reatou o relacionamento com o réu, destacando a convivência conjugal harmônica.

Ademais, o processo permaneceu paralisado por mais de dois anos, não havendo elementos concretos que reforcem a acusação. A denúncia, portanto, está embasada em elementos frágeis e não corroborados por provas materiais.

Do Direito

O princípio da presunção de inocência, amparado pelo art. 5º, LVII da CF/88, determina que o réu só pode ser considerado culpado mediante provas inequívocas de autoria e materialidade do crime. No caso em análise, os elementos probatórios não são suficientes para afastar a presunção de inocência.

O art. 386, VII do Código de Processo Penal estabelece que a absolvição é cabível quando não houver provas suficientes para a condenação. A fragilidade dos depoimentos apresentados e a ausência de exame de corpo de delito tornam impossível imputar a prática delituosa ao réu de forma inequívoca.

Jurisprudência Aplicável

Conforme entendimento consolidado, a palavra da vítima, quando firme e corroborada por outros elementos probatórios, pode embasar uma condenação. Contudo, no presente caso, tal suporte probatório inexiste. Cito como precedente:

\"Lesão corporal no contexto de violência doméstica - Pretendida a absolvição por ausência de prova - Acolhimento - Prova frágil - Absolvição de rigor - Recurso provido.\"
(TJSP - 2ª Câmara de Direito Criminal - Apelação Criminal Acórdão/TJSP)

Por outro lado, a jurisprudência também reconhece que a ausência de elementos concretos que corroborem a narrativa da acusação impede a condenação, em respeito ao princípio da presunção de inocência.

Voto

Considerando os elementos apresentados, voto pela improcedência da denúncia e absolvição do réu, Manoel Messias Assis Santiago, com fundamento no art. 386, VII do Código de Processo Penal, diante da ausência de provas suficientes para a condenação.

Determino ainda a extinção das medidas cautelares anteriormente impostas e o arquivamento do presente processo.

Dispositivo

Ante o exposto, e com fundamento no art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, julgo improcedente a denúncia oferecida pelo Ministério Público e absolvo o réu Manoel Messias Assis Santiago, com fulcro no art. 386, VII do Código de Processo Penal.

É como voto.

Local e data: [cidade], [data]

______________________________

Magistrado(a)


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