Modelo de Voto Apartado com Fundamentação Jurídica para Rejeição das Contas do Prefeito Municipal pelo Exercício Financeiro de [ANO]
Publicado em: 21/11/2023 ServidorVOTO APARTADO
PARECER CONTRÁRIO AO PARECER DO TRIBUNAL DE CONTAS
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal,
O presente voto apartado é apresentado pelo membro desta Comissão, Sr. Vereador [NOME DO VEREADOR], em razão de discordância fundamentada com o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, que opinou pela aprovação das contas do Prefeito Municipal relativas ao exercício financeiro de [ANO]. Este voto, portanto, manifesta-se pela rejeição das contas, com base nos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
No exercício financeiro de [ANO], a administração municipal, sob a gestão do Prefeito [NOME DO PREFEITO], apresentou as contas anuais ao Tribunal de Contas do Estado. O referido órgão técnico emitiu parecer favorável à aprovação das contas, considerando que os atos administrativos estariam em conformidade com os princípios da legalidade, moralidade e eficiência.
Contudo, após análise detalhada dos documentos e relatórios apresentados, verificou-se a existência de irregularidades graves, tais como:
- Despesas realizadas sem comprovação documental adequada;
- Pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais e orçamentárias;
- Indícios de má gestão dos recursos públicos, configurando afronta aos princípios constitucionais da administração pública (CF/88, art. 37, caput).
Tais fatos motivam este voto apartado, que visa resguardar o interesse público e a transparência na gestão dos recursos municipais.
DO DIREITO
A análise das contas do Prefeito deve observar os princípios constitucionais da administração pública, especialmente os previstos no art. 37, caput, da CF/88, que impõem a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência como balizas para os atos administrativos.
Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, exigindo transparência, planejamento e controle dos gastos públicos. A inobservância dessas normas configura grave infração político-administrativa.
No caso em análise, a ausência de comprovação documental das despesas realizadas e os indícios de má gestão dos recursos públicos violam os dispositivos legais mencionados"'>...