Modelo de Ação Popular para Anulação de Julgamento de Contas Municipais por Violação aos Princípios Constitucionais e Legais

Publicado em: 18/12/2023 AdministrativoConstitucional
Ação Popular proposta por cidadão contra o Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara de Vereadores, buscando a anulação do julgamento das contas dos exercícios de 2020 e 2021. A ação aponta irregularidades durante o processo, como a presença indevida do Prefeito na sessão de julgamento, ausência de contraditório e ampla defesa, e violação aos princípios da legalidade, moralidade e publicidade. Fundamenta-se no Decreto-Lei 201/1967, art. 4º, e nos princípios constitucionais do art. 37 da CF/88, com pedidos de reparação ao erário e à moralidade administrativa.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Nome do Município], [Data]

PREÂMBULO

[Nome do Requerente], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no Decreto-Lei 201/1967, art. 4º, bem como nos princípios constitucionais da legalidade, moralidade e transparência administrativa (CF/88, art. 37), propor a presente:

AÇÃO POPULAR

Em face de [Nome do Prefeito], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], e de [Nome do Presidente da Câmara], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de irregularidades ocorridas durante o julgamento das contas do Prefeito Municipal referentes aos exercícios de 2020 e 2021 pela Câmara de Vereadores. No caso das contas de 2020, o Tribunal de Contas do Município (TCM) emitiu parecer pela rejeição, enquanto que, para as contas de 2021, o parecer foi pela aprovação com ressalvas, apontando diversas irregularidades.

Contudo, na sessão de julgamento, verificou-se a presença do Prefeito Municipal, sem que houvesse qualquer convocação ou convite formal, o que comprometeu a imparcialidade do julgamento. Ademais, as comissões da Câmara apresentaram pareceres divergentes: rejeitando o parecer do TCM para as contas de 2020 e acompanhando o parecer para as contas de 2021. Ambas as contas foram aprovadas por maioria de 2/3 dos votos.

Ressalta-se que, na mesma sessão, as contas foram sumariamente julgadas e aprovadas, sem a devida observância dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, tudo isso com o consentimento do Presidente da Câmara Municipal.

DO DIREITO

A conduta dos Requeridos viola frontalmente os princípios constitucionais da administração pública, previstos no CF/88, art. 37, especialmente os princípios da legalidade, moralidade e publicidade. A presença do Prefeito na sessão, sem convocação ou convite fo"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Senhores, submeto à apreciação o caso em tela, que envolve a análise de irregularidades no julgamento das contas do Prefeito Municipal referentes aos exercícios de 2020 e 2021 pela Câmara de Vereadores. Após análise dos fatos e fundamentos constitucionais e legais, passo a proferir meu voto fundamentado.

DOS FATOS

Consoante os autos, restou demonstrado que as contas do Prefeito Municipal foram submetidas ao crivo da Câmara de Vereadores, sendo que, para o exercício de 2020, o Tribunal de Contas do Município emitiu parecer pela rejeição, e, para o exercício de 2021, parecer pela aprovação com ressalvas. No entanto, verificou-se a presença do Prefeito durante a sessão de julgamento, sem qualquer convocação formal, situação que comprometeu a imparcialidade do processo. Ademais, as contas foram aprovadas sem a devida observância ao contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

DA FUNDAMENTAÇÃO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, estabelece os princípios que devem nortear a Administração Pública, notadamente os princípios da legalidade, moralidade e publicidade. Além disso, o art. 5º, LIV e LV, assegura o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa como garantias fundamentais.

No caso concreto, a presença do Prefeito Municipal na sessão de julgamento, sem convocação formal, além da inexistência de contraditório e ampla defesa, afronta os princípios constitucionais supracitados, comprometendo a legalidade e a imparcialidade do ato administrativo. Conforme o Decreto-Lei 201/1967, art. 4º, é responsabilidade do Prefeito agir com dignidade e decoro no exercício de suas funções, o que foi claramente violado.

A conduta do Presidente da Câmara também merece reprovação, pois, ao permitir a presença indevida do Prefeito e a ausência de um procedimento transparente, incorreu em desrespeito às normas constitucionais e infraconstitucionais aplicáveis. A jurisprudência pátria, como destacado nos autos, reforça a necessidade de observância estrita dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

DA DECISÃO

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pelo provimento do pedido, nos seguintes termos:

  1. Declarar a nulidade do julgamento das contas do Prefeito Municipal referentes aos exercícios de 2020 e 2021, por violação aos princípios constitucionais e legais;
  2. Determinar a realização de novo julgamento, com observância dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal;
  3. Condenar os Requeridos à reparação dos danos causados ao erário e à moralidade administrativa;
  4. Determinar a apuração de responsabilidade administrativa e, se for o caso, penal, em face dos atos praticados pelos Requeridos.

CONCLUSÃO

Por todo o exposto, conheço do pedido e dou provimento para declarar a nulidade do julgamento das contas do Prefeito Municipal nos exercícios de 2020 e 2021, determinando a observância irrestrita aos princípios constitucionais e legais.

É como voto.

[Localidade], [Data].

_________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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