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Direito ao creditamento no regime não-cumulativo de PIS e COFINS sobre ICMS-ST

Publicado em: 23/01/2025 Tributário
Discussão jurídica sobre a possibilidade de creditamento no regime não-cumulativo de PIS e COFINS para valores pagos pelo contribuinte substituído ao substituto tributário a título de ICMS-ST, abordando conceitos como o princípio da não-cumulatividade e os limites previstos na legislação tributária.

"Decidir sobre a possibilidade de creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo das contribuições ao PIS e COFINS, dos valores que o contribuinte, na condição de substituído tributário, paga ao contribuinte substituto a título de reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição (ICMS-ST)."

Súmulas:
Súmula 68/STJ. O ICMS integra a base de cálculo para incidência do PIS e da COFINS.
Súmula 391/STJ. O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS.

Legislação:


CF/88, art. 195, § 12. Define o princípio da não-cumulatividade para contribuições sociais.

CPC/2015, art. 1.037, II. Regulamenta a suspensão de processos sobre temas submetidos ao regime repetitivo.

RISTJ, art. 257-C. Regula a sistemática de processamento de recursos repetitivos.

Lei 10.637/2002, art. 3º, I. Determina o crédito de PIS no regime não-cumulativo.

Lei 10.833/2003, art. 3º, I. Determina o crédito da COFINS no regime não-cumulativo.


Informações complementares





TÍTULO:
DISCUSSÃO SOBRE O CREDITAMENTO DE PIS E COFINS NO REGIME NÃO-CUMULATIVO PARA VALORES DE ICMS-ST



1. Introdução

A sistemática do ICMS-ST (Substituição Tributária) estabelece a antecipação da cobrança do imposto pelo contribuinte substituto, transferindo ao contribuinte substituído a responsabilidade pelo pagamento dos valores correspondentes. Essa dinâmica tem gerado debates no âmbito do direito tributário, particularmente no que se refere à possibilidade de creditamento das contribuições ao PIS e à COFINS no regime não-cumulativo.

O presente estudo examina os fundamentos jurídicos e normativos dessa controvérsia, destacando o princípio da não-cumulatividade, as disposições legais aplicáveis e os limites impostos à utilização dos créditos tributários em operações envolvendo substituição tributária.

Legislação:

CF/88, art. 155: Regula o ICMS e as operações interestaduais.  
Lei 10.637/2002, art. 3º: Estabelece a apuração de créditos no regime não-cumulativo de PIS.  
Lei 10.833/2003, art. 3º: Disposições gerais sobre a não-cumulatividade de COFINS.  

Jurisprudência:

ICMS-ST Creditamento  

Não-Cumulatividade PIS COFINS  

Substituição Tributária PIS COFINS  


2. ICMS-ST, PIS, COFINS, crédito tributário, substituição tributária, regime não-cumulativo, direito tributário

O regime de substituição tributária do ICMS-ST visa simplificar a arrecadação do imposto, centralizando o recolhimento no substituto tributário, que antecipa o tributo devido em toda a cadeia. No entanto, essa sistemática tem reflexos no crédito tributário, especialmente quanto às contribuições ao PIS e à COFINS no regime não-cumulativo.

A legislação tributária permite o aproveitamento de créditos vinculados a custos, despesas e encargos relacionados à atividade da empresa. Contudo, a possibilidade de creditamento de valores pagos a título de ICMS-ST gera divergências, já que não há previsão expressa na legislação federal para essa operação. O princípio da não-cumulatividade sugere que os valores pagos em etapas anteriores devem ser compensados, mas os limites normativos restringem essa interpretação.

Assim, a análise jurídica sobre o tema deve considerar o conceito de custo de aquisição, os princípios constitucionais tributários e as normas infraconstitucionais, para determinar a legitimidade do creditamento pleiteado.

Legislação:

CF/88, art. 150: Limitações ao poder de tributar.  
Lei Complementar 87/1996, art. 20: Regras sobre a substituição tributária.  
Lei 5.172/1966, art. 97: Princípios gerais do Sistema Tributário Nacional.  

Jurisprudência:

Crédito Tributário ICMS-ST  

PIS COFINS Substituição Tributária  

Não-Cumulatividade Créditos  


3. Considerações finais

A análise do creditamento de PIS e COFINS em operações envolvendo ICMS-ST reflete a complexidade do sistema tributário nacional e as lacunas existentes na regulamentação. O princípio da não-cumulatividade, embora previsto constitucionalmente, enfrenta limitações impostas pela legislação ordinária, dificultando a uniformidade de interpretações.

O reconhecimento de créditos relativos ao ICMS-ST requer um equilíbrio entre a segurança jurídica e a aplicação do princípio da justiça fiscal. Cabe ao Poder Judiciário consolidar entendimentos que harmonizem essas demandas, promovendo maior clareza normativa e garantindo a previsibilidade das relações tributárias.



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