Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico com Pedido de Tutela de Urgência pelo Proprietário de Bens Vendidos Sem Autorização em Catende – PE

Publicado em: 28/09/2024 CivelProcesso Civil Sucessão
Propositura de Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico cumulada com pedido de tutela de urgência, movida por José Caitano da Silva contra Fulano de Tal, em razão da venda indevida de um veículo e um imóvel, sem consentimento ou procuração do proprietário legal. A ação fundamenta-se no direito de propriedade garantido pela Constituição Federal de 1988 e nos artigos 166, IV, 171, II, e 182 do Código Civil Brasileiro, requerendo a declaração de nulidade dos negócios jurídicos, restituição dos bens e condenação ao pagamento de danos materiais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CATENDE – PE

Distribuição por dependência

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

José Caitano da Silva, brasileiro, viúvo, aposentado, portador do RG nº ________ e CPF nº ________, residente e domiciliado na cidade de Campo Grande – MS, na Rua ________, nº ___, Bairro ________, CEP ________, endereço eletrônico ________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com escritório profissional situado na Rua ________, nº ___, Bairro ________, CEP ________, endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

PREÂMBULO

Em face de Fulano de Tal, brasileiro, solteiro, profissão ________, portador do RG nº ________ e CPF nº ________, residente e domiciliado na cidade de Catende – PE, na Rua ________, nº ___, Bairro ________, CEP ________, endereço eletrônico ________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor, senhor José Caitano da Silva, é proprietário de um veículo automotor, modelo Gol, ano 2020, avaliado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), e de um imóvel residencial situado na cidade de Catende – PE, composto por uma casa de dois andares e uma piscina, avaliado em R$ 70.000,00 (setenta mil reais).

Em razão de problemas de saúde, o Autor foi levado para a cidade de Campo Grande – MS, onde passou a residir temporariamente. Durante sua ausência, seu filho, Fulano de Tal, sem qualquer autorização ou procuração, vendeu os bens de propriedade do Autor.

O veículo foi alienado pelo valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), recebendo o Réu o montante integral. Quanto ao imóvel, este foi vendido por R$ 70.000,00 (setenta mil reais), sendo R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pagos à vista e o restante parcelado em 50 (cinquenta) prestações de R$ 1.000,00 (mil reais).

O Autor tomou conhecimento dos fatos ao retornar à cidade de Catende e, ao buscar esclarecimentos, foi ameaçado pelo atual possuidor do imóvel, o que o levou a registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia local.

DO DIREITO

A conduta do Réu configura flagrante violação ao direito de propriedade do Autor, garantido pela Constituição Federal de 1988, art. 5º, XXII, que assegura o direito à propriedade como cláusula pétrea.

Nos termos do Código Civil Brasileiro de 2002, art. 166, IV, o negócio jurídico é nulo quando realizado por quem não tenha poderes para tanto. No caso em tela, o Réu não possuía autorização, procuração ou qualquer instrumento legal que o habilitasse a alienar os bens do Autor.

Ademais, o Código Civil Brasileiro de 2002, art. 171, II, prevê a anulabilidade do negócio jurídico por vício resultante de dolo ou fraude, o que se aplica à presente situação, uma vez que o Réu agiu de má-fé ao vender os bens do Autor sem sua ciência ou consentimento.

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VOTO

Excelentíssimo Senhor Juiz,

Trata-se de Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico c/c Pedido de Tutela de Urgência, proposta por José Caitano da Silva em face de Fulano de Tal, na qual o Autor requer a declaração de nulidade dos negócios jurídicos realizados pelo Réu, bem como a restituição dos bens alienados e a reparação dos danos materiais.

ANÁLISE DOS FATOS

Conforme narrado nos autos, o Réu, sem autorização ou procuração, alienou bens de propriedade do Autor — um veículo automotor e um imóvel residencial — enquanto este se encontrava ausente, por motivo de saúde. O Autor tomou ciência dos fatos ao retornar à sua cidade e, ao buscar esclarecimentos, foi ameaçado pelo atual possuidor do imóvel.

Os fatos narrados configuram, em tese, violação ao direito de propriedade do Autor, que está garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXII.

FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

A Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, XXII, assegura como direito fundamental a proteção à propriedade privada. Além disso, o Código Civil de 2002, em seu artigo 166, IV, dispõe que o negócio jurídico é nulo quando realizado por quem não tenha poderes para tanto. No presente caso, o Réu agiu sem autorização ou procuração válida.

Ademais, o artigo 171, II, do Código Civil prevê a anulabilidade do negócio jurídico por vício de dolo ou fraude. A conduta do Réu, ao alienar os bens do Autor sem sua ciência ou consentimento, caracteriza evidente má-fé.

Por fim, o artigo 182 do mesmo diploma legal estabelece que a nulidade do negócio jurídico implica a restituição das partes ao status quo ante, ou seja, ao estado anterior à realização do negócio jurídico.

JURISPRUDÊNCIA

A jurisprudência dos Tribunais Superiores é pacífica no sentido de reconhecer a nulidade de negócios jurídicos realizados sem autorização. Destaco o seguinte precedente:

DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ESCRITURAS PÚBLICAS DE COMPRA E VENDA:
"A nulidade do negócio jurídico implica sua inexistência e o retorno das partes ao status quo ante, sendo imprescindível que se comprove a ausência de poderes do alienante para a prática do ato." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Angela Moreno Pacheco de Rezende Lopes, j. 31/01/2025)

CONCLUSÃO

Diante dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, entendo que o pedido formulado pelo Autor merece prosperar. Restou demonstrada a nulidade dos negócios jurídicos realizados pelo Réu, em razão da ausência de poderes para alienar os bens do Autor, bem como a flagrante violação ao direito de propriedade.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para:

  1. Declarar a nulidade dos negócios jurídicos realizados pelo Réu;
  2. Determinar a restituição dos bens ao Autor, retornando as partes ao status quo ante;
  3. Condenar o Réu ao pagamento de danos materiais, no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), devidamente corrigidos;
  4. Condenar o Réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Catende – PE, ___ de __________ de 2023.

____________________________
Juiz de Direito


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