Modelo de Ação de Anulação de Negócio Jurídico c/c Reintegração de Posse e Reparação de Danos

Publicado em: 28/09/2024 CivelProcesso Civil Sucessão
Este modelo de ação visa anular a venda indevida de um veículo e um imóvel pertencentes ao autor, realizada sem sua autorização. O pedido inclui a reintegração de posse e reparação de danos materiais e morais. A ação baseia-se no vício de consentimento e nos direitos de propriedade.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE (cidade)

Processo nº: (indicar o número)

Autor: J. C. da S.
Réu: (nome do filho e nome do comprador do imóvel e veículo)

J. C. DA S., brasileiro, viúvo, aposentado, portador do RG nº ..., inscrito no CPF/MF sob nº ..., residente e domiciliado na Rua ..., vem, por seu advogado infra-assinado, com fundamento no CPC/2015, art. 166, II, CCB/2015, art. 171, II e CCB/2002, art. 927 e no CPC/2015, art. 319 e CPC/2015, art. 300, propor a presente:

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C REINTEGRAÇÃO DE POSSE E REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de [nome do filho e comprador do imóvel e veículo], ambos qualificados, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

I - DOS FATOS

O autor, J. C. da S., idoso, aposentado, residente na cidade de Campo Grande, encontrava-se doente e ausente de sua residência em Catende-PE. Durante sua ausência, seu filho, (nome do filho), vendeu indevidamente os bens do autor, sendo eles:

  1. Um veículo Volkswagen Gol, ano 2020, no valor de R$ 20.000,00, cujo valor integral foi recebido pelo réu.
  2. Um imóvel (casa de dois andares com piscina) localizado na cidade de Catende-PE, no valor de R$ 70.000,00, sendo que R$ 20.000,00 foram pagos à vista e o restante em 50 parcelas de R$ 1.000,00, das quais algumas já foram quitadas.

O autor nunca autorizou ou outorgou poderes ao seu filho para alienar os referidos bens, o que configura vício de consentimento, tornando o negócio jurídico nulo de pleno direito, conforme o CCB/2002, art. 166, II. Além disso, o autor foi ameaçado pelo atual posseiro do imóvel, conforme Boletim de Ocorrência registrado na delegacia local.

II - DO DIREITO

A presente ação visa à anulação do negócio jurídico que foi realizado sem o consentimento do autor, em virtude de vício de representação, conforme estabelece o CCB/2002, art. 166, II, uma vez que seu filho agiu sem autorização, alienando indevidamente os bens móveis e imóveis do autor. A lei prevê que os negócios jurídicos celebrados sem a devida autorização do proprietário são nulos de pleno direito.

Além disso, conforme o CCB/2002, art. 171, II, o autor tem direito à anulação do negócio jurídico por ter sido realizado com base em vício de consentimento. No caso em tela, a venda foi feita sem sua autorização, o que afasta a validade dos negócios jurídicos"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

A presente ação visa à anulação de negócio jurídico, reintegração de posse e reparação de danos em razão da venda indevida de bens móveis e imóveis pertencentes ao autor, J. C. da S., realizada por seu filho sem autorização. A ação fundamenta-se no vício de consentimento, conforme previsto no CCB/2002, art. 166, II, que torna o negócio jurídico nulo de pleno direito. Além disso, o autor foi ameaçado pelo atual posseiro do imóvel, tendo registrado Boletim de Ocorrência.

A petição inicial está fundamentada no direito à propriedade, na necessidade de restabelecer a posse dos bens indevidamente alienados e no dever de indenização pelos prejuízos materiais e morais causados ao autor.

Conceitos e Definições:

  • Anulação de Negócio Jurídico: Ato jurídico que invalida contratos ou negócios celebrados sem o devido consentimento ou em condições ilegais, conforme CCB/2002, art. 166.
  • Reintegração de Posse: Procedimento judicial para restabelecer o direito de posse de um bem indevidamente esbulhado, conforme CPC/2015, art. 560.
  • Danos Morais e Materiais: Reparação pecuniária devida pelos prejuízos causados à vítima, conforme CCB/2002, art. 927.

Considerações Finais

A ação busca a proteção dos direitos de propriedade e a reparação pelos prejuízos sofridos pelo autor, em conformidade com os princípios da legalidade, autonomia da vontade e boa-fé nos negócios jurídicos. A alienação de bens sem o consentimento do proprietário caracteriza vício que deve ser corrigido com a devida anulação dos negócios e reintegração de posse.

 

TÍTULO:
ANULAÇÃO DE VENDA INDEVIDA DE VEÍCULO E IMÓVEL, COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE E REPARAÇÃO DE DANOS


 

1. Introdução

A presente ação judicial tem por objeto a anulação da venda de um veículo e um imóvel pertencentes ao autor, realizada sem sua devida autorização. Tal situação configura um vício de consentimento, ferindo diretamente os direitos de propriedade do autor, além de gerar prejuízos de ordem material e moral.

O pedido inclui a reintegração de posse dos bens, além da reparação de danos decorrentes da venda indevida, tanto materiais quanto morais, com base nos princípios previstos na legislação vigente.

Legislação:

CF/88, art. 5º - Direito à propriedade e seus desdobramentos.

CCB/2002, art. 138, CCB/2002, art. 139, CCB/2002, art. 140, CCB/2002, art. 141, CCB/2002, art. 142, CCB/2002, art. 143, CCB/2002, art. 144 e CCB/2002, art. 145 - Trato dos vícios de consentimento e da nulidade dos atos praticados sem autorização.

Jurisprudência: Venda indevida

Anulação de negócio jurídico

 


 

2. Ação de Anulação de Negócio Jurídico

A anulação do negócio jurídico que resultou na venda do veículo e do imóvel do autor é fundamentada no vício de consentimento, pois a transação foi realizada sem a sua autorização, violando os princípios da autonomia da vontade e da boa-fé contratual. A venda deve ser considerada nula, uma vez que os bens alienados pertencem exclusivamente ao autor, que não outorgou poderes a terceiros para proceder com a venda.

Legislação:

CCB/2002, art. 104 - Requisitos de validade dos negócios jurídicos.

CCB/2002, art. 166 - Nulidade dos negócios jurídicos que não observem a autorização expressa do titular dos bens.

Jurisprudência: Anulação de venda

Negócio jurídico nulo

 


 

3. Reintegração de Posse

O direito de propriedade assegura ao proprietário o direito de reivindicar a posse de seus bens sempre que estes forem indevidamente alienados ou ocupados. No caso em questão, o autor, como legítimo proprietário, requer a reintegração de posse do veículo e do imóvel, uma vez que não houve sua anuência na transação de venda. A reintegração é um desdobramento lógico do direito de propriedade, conforme previsto no CCB/2002.

Legislação:

CCB/2002, art. 1.210 - Reintegração de posse como direito do proprietário.

CCB/2002, art. 1.228 - Proteção ao direito de propriedade.

Jurisprudência: Reintegração de posse

Posse indevida

 


 

4. Venda Indevida de Bens

A venda indevida de bens de terceiros sem autorização expressa do proprietário constitui uma violação dos direitos patrimoniais. A falta de consentimento anula o ato e, além disso, pode acarretar a responsabilização do vendedor por eventuais danos materiais e morais causados ao titular dos bens. Nesse contexto, a alienação de bens alheios, sem a devida autorização, é tratada com rigor pela legislação, sendo necessária sua imediata correção via anulação do negócio jurídico.

Legislação:

CCB/2002, art. 139 - Previsão sobre o vício de consentimento.

CCB/2002, art. 166 - Nulidade de atos sem a devida autorização do proprietário.

Jurisprudência:

Venda indevida de bens

Alienação de bens de terceiro

 


 

5. Vício de Consentimento

O vício de consentimento é um dos principais fundamentos para a anulação do negócio jurídico em análise. Nos termos da CCB/2002, o consentimento prestado sob erro, dolo, coação ou sem a devida manifestação de vontade do proprietário gera a nulidade do ato. No presente caso, a ausência de anuência do autor configura um erro substancial, tornando a venda passível de anulação imediata.

Legislação:

CCB/2002, art. 138 - Definição de vício de consentimento.

CCB/2002, art. 145 - Consequências do vício de consentimento.

Jurisprudência: Cancelamento de negócio jurídico

Vício de consentimento

 


 

6. Danos Materiais e Morais

A venda indevida de bens do autor gerou não apenas prejuízos de ordem patrimonial, mas também danos à sua moral e honra. A privação indevida de seus bens e o transtorno causado justificam a reparação tanto dos danos materiais quanto dos danos morais, uma vez que houve clara violação dos seus direitos personalíssimos. Além de recuperar a posse, o autor busca indenização pelos prejuízos materiais sofridos e compensação pelos danos morais resultantes da venda sem autorização.

Legislação:

 CCB/2002, art. 927 - Dever de reparar danos causados.

CCB/2002, art. 186 - Definição de ato ilícito.

Jurisprudência:

Danos materiais

Danos morais

 


 

7. Filho Vende Bens do Pai

No caso de venda indevida realizada por um filho em nome do pai, sem a devida autorização, o ato é nulo de pleno direito. A autorização expressa do proprietário é condição essencial para a validade da transação. Quando tal autorização não existe, o negócio jurídico deve ser anulado, e os bens indevidamente alienados devem ser devolvidos ao seu legítimo proprietário. Além disso, o vendedor pode ser responsabilizado por eventuais danos causados ao proprietário.

Legislação:

 CCB/2002, art. 164 - Necessidade de autorização para alienação de bens de terceiros.

CCB/2002, art. 169 - Nulidade dos atos praticados sem consentimento.

Jurisprudência:

Alienação de bens por filho

Autorização de venda de bens

 


 

8. Considerações Finais

A anulação da venda indevida de veículo e imóvel é essencial para a proteção dos direitos patrimoniais do autor, que foi lesado pela ausência de sua autorização no negócio jurídico. A reintegração de posse é a medida adequada para restabelecer sua titularidade sobre os bens, enquanto a reparação por danos materiais e morais visa compensar os prejuízos sofridos. A legislação brasileira oferece sólidas bases para a reivindicação desses direitos, assegurando a nulidade do negócio e a restituição integral dos bens ao legítimo proprietário.

 


 

 


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Contrarrazões de Apelação em Ação de Reintegração de Posse

Modelo de Contrarrazões de Apelação em Ação de Reintegração de Posse

Publicado em: 07/10/2024 CivelProcesso Civil Sucessão

Modelo de contrarrazões de apelação em ação de reintegração de posse, com fundamento nos princípios da função social da propriedade, boa-fé e proteção possessória. Visa manter a sentença que determinou a reintegração de posse em favor do apelado, garantindo a segurança jurídica e a estabilidade das relações possessórias.

Acessar

Modelo de Contrarrazões ao Agravo de Instrumento em Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Suspensão e Cancelamento da Liminar Concedida

Modelo de Contrarrazões ao Agravo de Instrumento em Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Suspensão e Cancelamento da Liminar Concedida

Publicado em: 07/01/2024 CivelProcesso Civil Sucessão

Este modelo de petição fornece um exemplo detalhado de contrarrazões ao Agravo de Instrumento em uma ação de reintegração de posse. O documento foca em desmantelar os argumentos da parte agravante, enfatizando a ausência de "fumus boni iuris" e "periculum in mora". Com uma narrativa jurídica sólida, o modelo articula a posse legítima e produtiva do imóvel pela parte agravada, ressaltando a conformidade com a legislação de reforma agrária. Este modelo é uma ferramenta valiosa para advogados que buscam uma estrutura eficaz para contestar decisões de reintegração de posse, garantindo a observância do devido processo legal e da justiça.

Acessar

Modelo de Petição Inicial de Reintegração de Posse por Esbulho Possessório

Modelo de Petição Inicial de Reintegração de Posse por Esbulho Possessório

Publicado em: 20/10/2024 CivelProcesso Civil Sucessão

Modelo de petição inicial para reintegração de posse, com fundamento no esbulho possessório. Inclui pedido liminar, fundamentação legal e constitucional, e argumentação sobre a posse legítima e os direitos do possuidor.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 19,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 29,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 26,63 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 79,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 21,65 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 129,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 15,70 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 219,90

Parcele em até 6x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.