Modelo de Ação de Cobrança por Má-Gestão de Síndico com Fundamento no Código Civil e na Convenção Condominial

Publicado em: 28/11/2024 Civel
Este documento trata de uma Ação de Cobrança movida pelo Condomínio Edilício contra o ex-síndico, devido à cobrança indevida de taxas condominiais sem aprovação em assembleia e utilização irregular de valores arrecadados. Fundamentada nos artigos 186, 927 e 1.348 do Código Civil Brasileiro, a ação busca a restituição de valores, indenização pelos danos causados, e responsabilização pela má-gestão. Inclui pedido de citação do réu, solicitação de provas periciais e documentais, e condenação em custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Processo: [NÚMERO DO PROCESSO, SE HOUVER]

CONDOMÍNIO EDILÍCIO [NOME DO CONDOMÍNIO], pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº [NÚMERO], com endereço na [ENDEREÇO COMPLETO], endereço eletrônico [E-MAIL],, neste ato representado por sua administradora, vem, por meio de seu procurador infra-assinado, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro, bem como no artigo 319, inciso III, do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO DE COBRANÇA

Em face de [NOME DO SÍNDICO], brasileiro(a), estado civil [ESTADO CIVIL], profissão [PROFISSÃO], portador(a) do CPF nº [NÚMERO], residente e domiciliado(a) na [ENDEREÇO COMPLETO], e-mail [E-MAIL],, pelos seguintes fatos e fundamentos:


I - DOS FATOS

O autor, Condomínio Edilício [NOME DO CONDOMÍNIO], atualmente representado por nova gestão condominial, constatou que, sob a administração do réu, à época síndico do condomínio, foram cobradas dos condôminos taxas condominiais indevidas, sem respaldo legal ou aprovação em assembleia, conforme exigido pela legislação vigente e pela convenção condominial.

Essas cobranças decorreram de despesas extraordinárias que deveriam ser submetidas à deliberação dos condôminos em assembleia específica, nos termos do CCB/2002, art. 1.341, §1º. Contudo, o réu, de forma unilateral, implementou a cobrança de tais taxas, causando prejuízo financeiro ao condomínio, uma vez que os valores arrecadados não foram devidamente justificados ou aplicados.

Foram identificados lançamentos no balancete do condomínio referentes a obras e serviços que não foram aprovados pelos condôminos, conforme preveem o CCB/2002, art. 1.348, VI, e a convenção do condomínio. Tais ações configuram má-gestão por parte do então síndico, que infringiu os deveres de transparência e lealdade previstos em lei, causando danos patrimoniais à coletividade.


II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

1. Responsabilidade Civil do Síndico:

Nos termos do CCB/2002, art. 186, "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Ademais, o art. 927 do mesmo diploma legal impõe o dever de indenizar aquele que, por conduta ilícita, causar prejuízo a terceiros.

No caso em tela, a conduta do réu, enquanto síndico, ao instituir cobranças sem aprovação em assembleia, configura ato ilícito."'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

I - Introdução

O presente caso trata de uma Ação de Cobrança ajuizada pelo Condomínio Edilício [NOME DO CONDOMÍNIO], pessoa jurídica de direito privado, contra o ex-síndico [NOME DO SÍNDICO]. A ação visa à devolução de valores cobrados de forma indevida dos condôminos, sem a devida autorização em assembleia, conforme exigido pela legislação civil e pela convenção condominial.

II - Dos Fatos

O réu, enquanto síndico do Condomínio Edilício [NOME DO CONDOMÍNIO], realizou a cobrança de taxas extraordinárias sem prévia aprovação por parte da assembleia condominial, conforme exigido pelo art. 1.341, §1º do Código Civil Brasileiro (CCB/2002). Tais cobranças foram destinadas a obras e serviços que não foram submetidos à deliberação coletiva.

Além disso, foram identificados lançamentos no balancete financeiro do condomínio referentes a despesas não justificadas, em descumprimento do dever legal de transparência e prestação de contas, conforme previsto no art. 1.348, VI do CCB/2002. Essas ações causaram prejuízo financeiro ao condomínio e configuraram má-gestão por parte do réu.

III - Dos Fundamentos Jurídicos

Responsabilidade Civil do Síndico: A conduta do réu caracteriza ato ilícito, nos termos do art. 186 do CCB/2002, por violar direitos e causar danos ao condomínio. O art. 927 do mesmo diploma legal estabelece a obrigação de reparar o dano causado por ato ilícito. Ademais, o art. 1.348, VIII do CCB/2002 prevê que o síndico tem o dever de prestar contas à coletividade condominial, o que não foi cumprido neste caso.

Irregularidade das Taxas: A convenção condominial exige que despesas extraordinárias sejam aprovadas em assembleia geral, com a anuência da maioria dos condôminos. A ausência dessa deliberação torna as cobranças indevidas, conforme entendimento consolidado no art. 1.341, §1º do CCB/2002.

IV - Dos Pedidos

O Condomínio Edilício [NOME DO CONDOMÍNIO] requer:

  • A citação do réu para apresentar contestação no prazo legal;
  • A condenação do réu à devolução dos valores cobrados indevidamente, acrescidos de correção monetária e juros de mora;
  • O pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015;
  • A produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a documental e pericial, se necessário;
  • A realização de audiência de conciliação ou mediação, conforme o art. 319, VII do CPC/2015.

V - Conclusão

Por meio da presente ação, busca-se a responsabilização do ex-síndico [NOME DO SÍNDICO] pelos atos de má gestão, que resultaram em prejuízo financeiro ao condomínio, com base nos dispositivos legais mencionados e na convenção condominial aplicável. A devolução dos valores cobrados indevidamente é essencial para reparar os danos causados à coletividade condominial.


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