Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais contra Banco por Golpe Bancário envolvendo Idosa

Publicado em: 19/07/2024 Consumidor
Petição inicial de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais movida por uma idosa de 79 anos em face de um banco devido à ocorrência de golpe bancário. A autora, vítima de fraude, foi induzida a transferir R$ 10.000,00 via PIX para contas de terceiros após receber uma ligação fraudulenta supostamente do banco réu. A peça fundamenta a responsabilidade objetiva do réu com base no Código de Defesa do Consumidor e na Súmula 479/STJ, argumentando a falha na prestação de serviços bancários. São pleiteadas reparações financeiras e morais, além de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição com prioridade – Idosa (Estatuto do Idoso, Lei 10.741/2003, art. 71)

PREÂMBULO

A. J. da S., brasileira, viúva, aposentada, portadora do RG nº __________, inscrita no CPF sob o nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de BANCO XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

A autora, idosa de 79 anos, recebeu um telefonema de uma pessoa que se identificou como funcionária do banco réu, afirmando que havia uma tentativa de compra suspeita em seu cartão. Sob o pretexto de proteger sua conta, a suposta funcionária orientou a autora a realizar procedimentos que culminaram na transferência de R$ 10.000,00 (dez mil reais) via PIX para contas de terceiros.

A autora, confiando na veracidade da ligação e na boa-fé da suposta funcionária, seguiu as instruções fornecidas. Posteriormente, ao perceber que havia sido vítima de um golpe, entrou em contato com o banco réu, que se recusou a estornar os valores subtraídos, alegando que as transações foram realizadas com as credenciais da autora.

A situação causou à autora não apenas um prejuízo financeiro significativo, mas também grande abalo emocional, considerando sua idade avançada e sua condição de vulnerabilidade.

DO DIREITO

A relação entre a autora e o banco réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo aplicável a responsabilidade objetiva prevista no CDC, art. 14, que estabelece que o fornecedor de serviços responde pelos danos causados aos consumidores em decorrência de falhas na prestação do serviço, independentemente de culpa.

A falha na prestação do serviço do banco réu está evidenciada pela ausência de mecanismos de segurança eficazes para identificar transações atípicas, como transferências sequenciais de alto valor, que destoam do perfil financeiro da autora. Tal conduta configura fortuito interno, pelo qual o banco é responsável, conforme entendimento consolidado na Súmula 479/STJ.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu ar"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________,

Trata-se de análise da ação de indenização por danos materiais e morais proposta por A. J. da S. contra o BANCO XYZ S.A., em virtude de falha na prestação de serviço bancário que culminou na transferência indevida de valores da conta da autora, idosa e hipervulnerável, para terceiros fraudadores. Estão presentes os pressupostos de admissibilidade da ação e os fundamentos jurídicos, conforme será exposto.

Dos Fatos

Conforme narrado na inicial, a autora, idosa de 79 anos, foi vítima de um golpe em que, por meio de ligação telefônica, foi induzida a realizar transferência bancária via PIX no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Posteriormente, ao perceber a fraude, buscou o banco réu, que recusou o estorno dos valores, alegando a regularidade das transações.

A situação gerou prejuízo financeiro e danos emocionais à autora, considerando sua idade avançada e sua condição de vulnerabilidade, conforme os fatos apresentados.

Do Direito

A análise do caso envolve a aplicação da Constituição Federal de 1988 e do Código de Defesa do Consumidor (CDC), considerando a relação de consumo existente entre a autora e o banco réu. A responsabilidade objetiva do banco está prevista no art. 14 do CDC, que estabelece que o fornecedor de serviços responde pelos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação do serviço, independentemente de culpa.

Ademais, nos termos da Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias". No caso concreto, a ausência de mecanismos de segurança adequados por parte do banco réu configura falha na prestação do serviço, ensejando sua responsabilização.

A Constituição Federal, em seu art. 5º, incisos V e X, protege os direitos à honra, à imagem e à vida privada, garantindo ao lesado o direito à indenização por danos morais e materiais decorrentes de sua violação.

A falha em prevenir a fraude, aliada ao prejuízo financeiro e ao abalo emocional sofrido pela autora, justifica o pleito indenizatório. Trata-se de fortuito interno, pelo qual o banco deve responder objetivamente.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria consolida o entendimento acerca da responsabilidade objetiva das instituições financeiras em casos de fraudes bancárias. Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ, Súmula 479: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias."
  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: "A ausência de mecanismos de segurança eficazes que identifiquem transações atípicas e previnam fraudes caracteriza falha na prestação do serviço bancário."

Da Decisão

À luz dos fatos e fundamentos expostos, julgo procedente o pedido da autora para:

  1. Condenar o BANCO XYZ S.A. ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de danos materiais, correspondentes ao valor subtraído da conta da autora;
  2. Condenar o réu ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de danos morais, considerando o abalo emocional sofrido pela autora;
  3. Determinar a inversão do ônus da prova, nos termos do CDC, art. 6º, VIII;
  4. Condenar o réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, nos termos da legislação vigente.

Conclusão

Diante do exposto, conheço do pedido e julgo procedente a presente ação de indenização por danos materiais e morais, condenando o réu ao pagamento das quantias acima descritas, devidamente corrigidas e acrescidas de juros de mora, nos termos da legislação aplicável.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

__________, ___ de __________ de 20___.

_______________________________________
Magistrado(a)


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