Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais contra Empresa de Transporte Rodoviário por Falha na Prestação de Serviço e Violação ao Código de Defesa do Consumidor

Publicado em: 03/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Ação judicial proposta por consumidora contra empresa de transporte rodoviário que se recusou a remarcar bilhete de viagem ou restituir o valor pago, após impossibilidade de embarque devido a mal súbito. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil, a ação busca indenização por danos materiais e morais, alegando falha na prestação de serviço e violação dos direitos do consumidor. Inclui pedido de gratuidade de justiça, citação da parte contrária, designação de audiência de conciliação e condenação da requerida ao pagamento dos valores pleiteados.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Distribuição com pedido de prioridade

PREÂMBULO

Requerente: [Nome completo da cliente], brasileira, casada, [profissão], portadora do CPF nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Requerida: [Nome da empresa de ônibus], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

A Requerente, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, com fundamento no Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/90), Código Civil (CCB/2002, art. 734 e seguintes), e demais disposições legais aplicáveis, em face da Requerida, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

No dia [data], a Requerente adquiriu um bilhete de passagem junto à Requerida para realizar uma viagem com fins de reunião familiar em outro estado. Contudo, no dia da viagem, a Requerente sofreu um mal súbito que a impossibilitou de comparecer ao embarque.

O esposo da Requerente, ao se dirigir pessoalmente à rodoviária, foi informado por funcionários da Requerida de que o bilhete poderia ser remarcado no prazo de até 1 (um) ano, mediante o pagamento de uma multa. Entretanto, ao procurar a Requerida posteriormente para remarcar a viagem, foi surpreendida com a negativa da empresa, sob a alegação de que o assento teria sido ocupado e que a Requerente estaria mentindo.

Além disso, ao entrar em contato com o call center da Requerida, foi aberto um ticket de reclamação que, até o momento, permanece sem solução, causando transtornos à Requerente, que perdeu a oportunidade de viajar e sofreu frustração pela impossibilidade de remarcar a viagem ou obter a restituição do valor pago.

Ressalte-se que esta não é a primeira vez que a Requerida lesou os direitos da Requerente, sendo que, em outra ocasião, houve situação semelhante de negativa de prestação do serviço ou devolução do valor pago.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez que a Requerente é consumidora final do serviço prestado pela Requerida, nos termos do CDC, art. 2º, e a Requerida é fornecedora de serviços, conforme CDC, art. 3º.

O contrato de transporte terrestre de passageiros é regulado pelo CCB/2002, art. 734, que estabelece a responsabilidade objetiva do transportador pelos danos causados aos passageiros, salvo em casos de força maior, o que não se aplica à presente situação.

Ademais, o CDC, art. 14, impõe ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva por falhas na prestação do serviço, sendo des"'>...

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Informações complementares

Resumo dos Fatos

A Requerente, identificada como consumidora nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), adquiriu um bilhete de viagem junto à Requerida, uma empresa de transporte terrestre. A viagem seria realizada no dia [data], mas a Requerente sofreu um mal súbito que a impediu de comparecer ao embarque.

Após o ocorrido, o esposo da Requerente foi informado que o bilhete poderia ser remarcado em até um ano, mediante pagamento de multa. Contudo, em posterior tentativa de remarcação, a Requerida negou a solicitação, sob o argumento de que o assento havia sido ocupado e que a Requerente estaria mentindo. Foi aberto um ticket no call center da empresa, mas até o presente momento, a situação permanece sem solução.

A Requerida já havia lesado a Requerente em outra oportunidade, demonstrando um histórico de falhas na prestação de serviços. Os fatos causaram danos materiais (pela perda do valor pago pelo bilhete) e danos morais (pela frustração e transtornos excessivos).

Fundamentos Jurídicos

A relação entre as partes é de consumo, regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nos termos dos artigos 2º e 3º do CDC, a Requerente é consumidora final e a Requerida é fornecedora de serviços. Além disso, o contrato de transporte terrestre de passageiros é disciplinado pelo Código Civil (CCB/2002, art. 734), que impõe responsabilidade objetiva à transportadora por danos causados aos passageiros, exceto em casos de força maior, o que não se aplica ao caso.

O artigo 14 do CDC impõe ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva por falhas na prestação do serviço, dispensando a comprovação de culpa. A negativa da Requerida em remarcar o bilhete ou restituir o valor pago implica falha na prestação do serviço e viola os direitos da Requerente enquanto consumidora.

A conduta da Requerida configura danos materiais, pelo prejuízo financeiro do bilhete não utilizado, e danos morais, pelos transtornos e frustrações experimentados, que ultrapassam o mero dissabor cotidiano. A jurisprudência brasileira reforça a responsabilidade objetiva das transportadoras em situações análogas, com reconhecimento de indenizações por danos morais em casos de falha na prestação de serviços.

Pedidos

A Requerente pleiteia:

  1. O deferimento da gratuidade de justiça devido à sua hipossuficiência econômica.
  2. A citação da Requerida para apresentar contestação, sob pena de revelia.
  3. O reconhecimento da falha na prestação do serviço pela Requerida.
  4. A condenação da Requerida ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ [valor do bilhete], devidamente corrigido.
  5. A condenação da Requerida ao pagamento de indenização por danos morais, no valor mínimo de R$ 5.000,00, considerando os transtornos causados.
  6. A condenação ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, caso não seja deferida a gratuidade de justiça.
  7. A designação de audiência de conciliação, nos termos do CPC/2015, art. 319, VII.

Conclusão

A narrativa revela uma clara falha na prestação de serviços pela Requerida, em violação aos direitos da consumidora. A ação busca reparação pelos danos materiais e morais causados, bem como a responsabilização da empresa em conformidade com a legislação aplicável, especialmente o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil.


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