Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais c/c Pedido de Tutela de Urgência por Negativação Indevida e Descumprimento de Sentença Judicial

Publicado em: 24/06/2024 AdministrativoCivelProcesso Civil
Propositura de ação judicial pelo autor vítima de fraude, que teve seu nome negativado indevidamente, além de sofrer danos relacionados à inclusão de multas e pontos em sua CNH, mesmo após decisão judicial transitada em julgado que determinava a exclusão de tais registros. A ação fundamenta-se na responsabilidade objetiva do banco réu, com base no Código de Defesa do Consumidor (art. 14), e pleiteia indenização por danos morais, exclusão imediata dos registros nos órgãos de proteção ao crédito e cancelamento das infrações de trânsito.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, motorista profissional, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliado à Rua [Endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico [email do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de [BANCO FINANCIADOR], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede à [Endereço completo], pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

O autor foi vítima de fraude, tendo seu nome utilizado indevidamente por terceiro para a aquisição de um veículo financiado junto ao réu. Em decorrência dessa fraude, o veículo foi registrado em nome do autor junto ao Detran/SP, e seu nome foi inscrito nos cadastros de inadimplentes (SPC/SERASA) devido ao não pagamento do financiamento.

Além disso, o autor sofreu a inclusão de diversos pontos negativos em sua CNH em razão de infrações de trânsito cometidas pelo terceiro que utilizava o veículo. Diante dessa situação, o autor ajuizou Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, que foi julgada procedente, determinando a retirada de seu nome dos cadastros restritivos, o cancelamento das multas e pontuações em sua CNH, bem como a exclusão do registro de propriedade do veículo em seu nome.

Apesar do trânsito em julgado da sentença em 07/07/2022, o autor foi surpreendido, em junho deste ano, com uma nova multa expedida pelo Detran/SP, referente a infração de trânsito ocorrida em 26/11/2023, atribuída ao veículo objeto da fraude. Essa multa gerou novamente a inscrição de seu nome no SPC e a inclusão de pontos em sua CNH, causando-lhe graves prejuízos, especialmente por ser motorista profissional.

DO DIREITO

A presente demanda encontra fundamento na responsabilidade objetiva do réu, conforme disposto no CDC, art. 14, que estabelece que o fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pelos danos causados ao consumidor em decorrência de falhas na prestação de serviços. No caso em tela, o banco réu não adotou as medidas necessárias para evitar a perpetuação dos danos causados pela fraude, mesmo após decisão judicial transitada em julgado.

A inscrição indevida do nome do autor nos cadastros de inadimplentes configura dano moral in re ipsa, prescindindo de comprovação adicional, conforme entendimento consolidado pelo STJ (Súmula 479). Ademais, a manutenção de pontos indevidos na CNH do autor, que é motorista profissional, agrava ainda mais os danos sofridos, comprometendo sua reputação e sua capacidade de exercer a profissão.

O descumprimento da sentença transitada em julgado viola o CPC/2015, art. 536, que impõe ao réu a obrigação de cumprir as determinações judi"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos morais cumulada com pedido de tutela de urgência proposta por A. J. dos S. em face do Banco Financiador. O autor relata que foi vítima de fraude, na qual seu nome foi utilizado indevidamente por terceiro para aquisição de veículo, resultando em negativação indevida e inclusão de pontos em sua CNH.

A sentença transitada em julgado reconheceu a inexistência de relação jurídica entre as partes, determinando a exclusão dos registros negativos e a retirada de pontos na CNH do autor. Apesar disso, novas infrações e penalidades surgiram após o trânsito em julgado, causando graves prejuízos ao autor.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e da Responsabilidade do Réu

Conforme narrado, o réu deixou de adotar as providências necessárias para evitar a perpetuação dos danos ao autor, mesmo após decisão judicial transitada em julgado. A omissão caracteriza clara violação do CPC/2015, art. 536, que impõe o cumprimento integral das decisões judiciais.

A responsabilidade do réu é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, uma vez que se trata de fortuito interno decorrente do risco inerente à sua atividade. A negligência do banco em monitorar e corrigir os efeitos da fraude reforça o dever de indenizar.

2. Do Dano Moral

A jurisprudência do STJ e dos Tribunais Estaduais é pacífica ao reconhecer o dano moral in re ipsa em casos de negativação indevida, sendo desnecessária a comprovação adicional de prejuízo. Ademais, o impacto à reputação e à profissão do autor, motorista profissional, agrava o abalo moral sofrido, justificando a indenização postulada.

3. Dos Precedentes Jurisprudenciais

A jurisprudência corrobora a posição de que a negativação indevida e a omissão do réu em evitar danos subsequentes configuram ato ilícito passível de reparação. Destaco os seguintes acórdãos:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A negativação indevida do nome do consumidor enseja danos morais in re ipsa, cabendo indenização pelo abalo de crédito sem necessidade de comprovação adicional."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A responsabilidade do banco é objetiva, nos moldes do CDC, art. 14. A negativação indevida do nome da autora nos órgãos de proteção ao crédito configura dano moral."

III. Dispositivo

Ante o exposto, voto pela total procedência do pedido formulado pelo autor, nos seguintes termos:

  1. Concedo a tutela de urgência para determinar:
    • A exclusão do nome do autor dos cadastros restritivos (SPC/SERASA);
    • A exclusão do nome do autor do registro de propriedade do veículo no Detran/SP;
    • O cancelamento dos pontos indevidamente lançados na CNH do autor, com expedição de ofício ao Detran/SP.
  2. Condeno o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00, corrigidos monetariamente desde a data do evento danoso.
  3. Fixo multa diária no valor de R$ 500,00 para o caso de descumprimento da decisão.
  4. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º.

É como voto.

______________________________
Magistrado Relator
Localidade, Data

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