Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais c/c Pedido de Tutela de Urgência por Negativação Indevida e Descumprimento de Sentença Judicial
Publicado em: 24/06/2024 AdministrativoCivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
[Localidade], [Data]
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, motorista profissional, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliado à Rua [Endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico [email do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de [BANCO FINANCIADOR], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede à [Endereço completo], pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
O autor foi vítima de fraude, tendo seu nome utilizado indevidamente por terceiro para a aquisição de um veículo financiado junto ao réu. Em decorrência dessa fraude, o veículo foi registrado em nome do autor junto ao Detran/SP, e seu nome foi inscrito nos cadastros de inadimplentes (SPC/SERASA) devido ao não pagamento do financiamento.
Além disso, o autor sofreu a inclusão de diversos pontos negativos em sua CNH em razão de infrações de trânsito cometidas pelo terceiro que utilizava o veículo. Diante dessa situação, o autor ajuizou Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, que foi julgada procedente, determinando a retirada de seu nome dos cadastros restritivos, o cancelamento das multas e pontuações em sua CNH, bem como a exclusão do registro de propriedade do veículo em seu nome.
Apesar do trânsito em julgado da sentença em 07/07/2022, o autor foi surpreendido, em junho deste ano, com uma nova multa expedida pelo Detran/SP, referente a infração de trânsito ocorrida em 26/11/2023, atribuída ao veículo objeto da fraude. Essa multa gerou novamente a inscrição de seu nome no SPC e a inclusão de pontos em sua CNH, causando-lhe graves prejuízos, especialmente por ser motorista profissional.
DO DIREITO
A presente demanda encontra fundamento na responsabilidade objetiva do réu, conforme disposto no CDC, art. 14, que estabelece que o fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pelos danos causados ao consumidor em decorrência de falhas na prestação de serviços. No caso em tela, o banco réu não adotou as medidas necessárias para evitar a perpetuação dos danos causados pela fraude, mesmo após decisão judicial transitada em julgado.
A inscrição indevida do nome do autor nos cadastros de inadimplentes configura dano moral in re ipsa, prescindindo de comprovação adicional, conforme entendimento consolidado pelo STJ (Súmula 479). Ademais, a manutenção de pontos indevidos na CNH do autor, que é motorista profissional, agrava ainda mais os danos sofridos, comprometendo sua reputação e sua capacidade de exercer a profissão.
O descumprimento da sentença transitada em julgado viola o CPC/2015, art. 536, que impõe ao réu a obrigação de cumprir as determinações judi"'>...