Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais contra Supermercado por Falha na Prestação de Serviço e Constrangimento Público

Publicado em: 17/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial de ação de indenização por danos morais movida por consumidor contra supermercado, em razão de falha na prestação de serviço. O cliente teve o pagamento com cartão de crédito recusado injustificadamente, causando constrangimento público. O documento aborda fundamentos jurídicos baseados no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil, solicita citação do réu e indenização no valor de R$ 10.000,00, além de outras providências processuais, como audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Distribuição por dependência, se aplicável

PREÂMBULO

Autor: Sr. A. J. dos S., brasileiro, casado, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], e-mail: [email protected].
Réu: Supermercado [Nome do Supermercado], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua [Endereço completo], e-mail: [email protected].

Valor da Causa: R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DOS FATOS

O Autor, cliente habitual do Supermercado Réu, dirigiu-se ao estabelecimento comercial no dia [data], acompanhado de sua família, para realizar compras de rotina. No momento do pagamento, utilizou seu cartão de crédito da bandeira [nome da bandeira], amplamente aceito no mercado e, inclusive, listado como aceito em placa informativa no próprio estabelecimento.

Contudo, ao tentar efetuar o pagamento, foi surpreendido com a recusa do cartão pela operadora do sistema do Réu, sob a justificativa de que a bandeira não era aceita. Tal situação gerou constrangimento público, uma vez que o Autor estava acompanhado de sua família e de outros consumidores que presenciaram o ocorrido. Ressalta-se que o Autor já havia utilizado o mesmo cartão em compras anteriores no mesmo estabelecimento, sem qualquer problema.

A falha na prestação do serviço por parte do Réu causou ao Autor não apenas transtornos materiais, mas também danos morais, diante da humilhação sofrida em público e da quebra de confiança no serviço prestado pelo Réu.

DO DIREITO

A relação entre o Autor e o Réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços pelos danos causados aos consumidores (art. 14). A falha na prestação do serviço, consubstanciada na recusa injustificada do cartão de crédito, caracteriza violação dos direitos do consumidor, especialmente o direito à dignidade e ao respeito (art. 6º, inciso IV, da mesma lei).

O dano moral, por sua vez, encontra amparo no CCB/2002, art. 186, que dispõe sobre a obrigação de reparar os danos causados por ato ilícito. No caso em tela, o constrangimento público sofrido pelo Autor, em razão da falha no serviço do Réu, configura dano extrapatrimonial, passível de reparação"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação indenizatória por danos morais ajuizada pelo Autor, Sr. A. J. dos S., em face do Réu, Supermercado [Nome do Supermercado], pessoa jurídica de direito privado. O Autor alega que, ao realizar compras no estabelecimento do Réu, teve seu cartão de crédito recusado injustificadamente, o que teria gerado constrangimento público e sofrimento moral. Pleiteia, assim, indenização no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal, a fundamentação das decisões judiciais é requisito imprescindível para a validade dos atos jurisdicionais. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos legais.

Dos Fatos e Provas

É incontroverso que o Autor, cliente habitual do Réu, dirigiu-se ao supermercado para realizar compras e, no momento do pagamento, teve seu cartão recusado, gerando constrangimento público. O Réu, por sua vez, não apresentou justificativa suficiente para a falha na aceitação do cartão, limitando-se a alegar questões operacionais.

A prova documental apresentada pelo Autor, consistente em recibos de compras anteriores realizadas com o mesmo cartão no estabelecimento do Réu, corrobora a narrativa inicial. Ademais, a ausência de contestação específica por parte do Réu implica na aplicação da revelia, conforme disposto no CPC/2015, art. 344.

Do Direito Aplicável

A relação jurídica estabelecida entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/1990), que prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados em razão de falhas na prestação de serviços (art. 14). A recusa injustificada do cartão de crédito, que configurou falha no serviço, violou o direito do consumidor à dignidade e ao respeito (art. 6º, inciso IV, CDC).

No que tange ao dano moral, o Código Civil, em seu art. 186, estabelece que aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem, comete ato ilícito e está obrigado a repará-lo. O constrangimento público sofrido pelo Autor, em razão de falha imputável ao Réu, caracteriza dano extrapatrimonial passível de indenização.

A indenização por danos morais deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, como forma de compensar o sofrimento da vítima e desestimular condutas semelhantes por parte do fornecedor do serviço. Nesse sentido, a jurisprudência pátria tem reiteradamente fixado valores indenizatórios em casos análogos, conforme precedentes apresentados.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria é clara quanto à responsabilização dos fornecedores de serviços em situações como a presente. Destaco:

  • Apelação Cível Acórdão/TJSP - TJSP: "Configuração de falha na prestação de serviços pela ausência de notificação prévia e cancelamento unilateral do cartão de crédito - Dano moral fixado em R$ 5.000,00."
  • Apelação Cível Acórdão/TJSP - TJSP: "Indenização por danos morais para reprimir práticas abusivas, fixada em R$ 8.000,00."

Conclusão

Diante do exposto, concluo que restou caracterizada a responsabilidade do Réu pela falha na prestação do serviço e pelo constrangimento público sofrido pelo Autor. Assim, considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, entendo como adequado o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) a título de indenização por danos morais.

Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado pelo Autor para condenar o Réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), corrigidos monetariamente a partir da data da sentença e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês, a contar do evento danoso. Condeno, ainda, o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito

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