Modelo de Contestação apresentada por Supermercado X Ltda. com fundamento no CPC/2015, art. 485, VI, para reconhecimento da ilegitimidade passiva em ação de cobrança
Publicado em: 11/04/2024 Processo Civil ComercialEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
SUPERMERCADO X LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na __________, representada por seu sócio administrador A. J. dos S., por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na __________, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 485, VI, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
em face da ação proposta por B. F. da S., pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
PREÂMBULO
A presente peça tem como objetivo demonstrar a ilegitimidade passiva do SUPERMERCADO X LTDA., ora contestante, para figurar no polo passivo da presente demanda, considerando que o débito objeto da ação foi contraído pelo antigo proprietário do estabelecimento, sem qualquer relação com a atual administração ou com a pessoa jurídica ora defendida.
DOS FATOS
O autor ajuizou a presente ação visando à cobrança de um débito oriundo de uma compra realizada pelo antigo proprietário do SUPERMERCADO X LTDA., o Sr. C. E. da S.. No entanto, a atual administração adquiriu o estabelecimento de forma legítima, sem qualquer tipo de fraude, conforme será demonstrado pelos atos constitutivos que acompanham esta contestação.
Importante destacar que a aquisição do supermercado ocorreu em conformidade com a legislação vigente, sendo realizada uma alteração contratual devidamente registrada na Junta Comercial, transferindo a titularidade da empresa para o atual proprietário, A. J. dos S.. Não há qualquer vínculo entre o débito discutido e a atual administração.
DO DIREITO
Nos termos do CCB/2002, art. 11, §1º, III, a pessoa jurídica possui autonomia patrimonial, sendo distinta de seus sócios ou administradores. Assim, a responsabilidade por débitos contraídos por antigos proprietários não pode ser transferida automaticamente à nova administração, salvo em casos de fraude ou sucessão empresarial irregular, o que não é o caso presente.
Ademais, o CPC/2015, art. 485, VI, prevê a extinção do processo sem resolução do mérito quando se verifica a ilegitimidade de parte, como oc"'>...