Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais Decorrente de Abandono Afetivo com Fundamentação Jurídica e Pedido de Reparação

Publicado em: 24/06/2024 Familia
Modelo detalhado de uma petição inicial de Ação de Indenização por Danos Morais devido a abandono afetivo. O documento é movido por um filho contra o genitor, destacando a ausência de deveres parentais, como convivência e cuidado, mesmo após o reconhecimento judicial da paternidade. A petição fundamenta-se nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e na responsabilidade civil, apresentando jurisprudências pertinentes e pedidos específicos, como a condenação ao pagamento de indenização e custas processuais.

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ABANDONO AFETIVO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Distribuição por dependência

[NOME COMPLETO DO AUTOR], brasileiro, solteiro, [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional localizado à [endereço completo], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], brasileiro, [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo a reparação pelos danos morais sofridos pelo autor em razão do abandono afetivo perpetrado pelo réu, seu genitor, que, mesmo após o reconhecimento da paternidade em ação judicial, jamais exerceu os deveres inerentes à parentalidade responsável, causando-lhe sofrimento psicológico e prejuízos emocionais ao longo de sua vida.

DOS FATOS

O autor, atualmente com 42 anos de idade, teve sua paternidade reconhecida apenas após o trânsito em julgado de ação de investigação de paternidade, ajuizada quando contava com 20 anos de idade. Durante toda a infância e adolescência, o réu se manteve ausente, negligenciando completamente os deveres de cuidado, convivência e assistência emocional que lhe cabiam como pai.

Mesmo após o reconhecimento judicial da paternidade, o réu continuou a ignorar o autor, não estabelecendo qualquer vínculo afetivo ou convivência, em flagrante violação aos deveres de parentalidade previstos no ordenamento jurídico brasileiro.

Essa ausência paterna causou ao autor danos emocionais profundos, refletidos em sua autoestima, desenvolvimento pessoal e em sua capacidade de estabelecer relações interpessoais saudáveis.

DO DIREITO

O ordenamento jurídico brasileiro reconhece a possibilidade de reparação por danos morais decorrentes do abandono afetivo, com fundamento nos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção integral à criança e ao adolescente (CF/88, art. 227). Além disso, o CCB/2002, art. 186, estabelece que aquele que, por ação ou omissão voluntária, causar dano a outrem, comete ato ilícito e deve repará-lo.

O dever de cuidado e convivência é inerente à parentalidade responsável, sendo essencial para o desenvolvimento saudável da personalidade do filho. A ausência desse cuidado caracteriza violação a um dever jurídico, ensejando a responsabilização civil do genitor, desde que presentes os pressupostos da respons"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Egrégia Corte,

Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], com base nos danos emocionais decorrentes do abandono afetivo sofrido ao longo de sua vida, causado pela ausência do genitor, ora réu.

Após análise detida dos autos, dos fatos apresentados e dos fundamentos jurídicos invocados pelas partes, passo a expor meu voto, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que estabelece que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas sob pena de nulidade.

Análise Hermenêutica

A dignidade da pessoa humana, consagrada no art. 1º, III, da Constituição Federal, é princípio basilar do ordenamento jurídico brasileiro. Este princípio é reforçado pela proteção integral à criança e ao adolescente, prevista no art. 227 da Constituição Federal, bem como pelos dispositivos do Código Civil (arts. 186 e 927), que estabelecem a responsabilidade civil para reparação de danos causados por conduta ilícita.

Os fatos narrados pelo autor indicam a ocorrência de abandono afetivo por parte do réu, que, mesmo após o reconhecimento judicial da paternidade, jamais exerceu os deveres inerentes à parentalidade responsável. A ausência de convivência e cuidado emocional causou prejuízos psicológicos ao autor, configurando dano moral.

Os elementos apresentados nos autos demonstram clara presença dos pressupostos da responsabilidade civil: conduta ilícita (omissão do réu em cumprir os deveres de parentalidade), dano (sofrimento psicológico do autor) e nexo de causalidade entre a conduta do réu e o dano experimentado.

Jurisprudência Relevante

O Superior Tribunal de Justiça já consolidou entendimento sobre a possibilidade de reparação por abandono afetivo, como se observa no seguinte precedente:

STJ (3ª T.) - RECURSO ESPECIAL 1.887.697 - RJ - Rel.: Minª. Nancy Andrighi - J. em 21/09/2021

“É juridicamente possível a reparação de danos pleiteada pelo filho em face dos pais que tenha como fundamento o abandono afetivo, tendo em vista que não há restrição legal para que se apliquem as regras da responsabilidade civil no âmbito das relações familiares.”

Ademais, a jurisprudência reforça que o dever de parentalidade responsável compreende a obrigação de propiciar ao filho um desenvolvimento saudável, conforme destacado no julgamento do REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Moura Ribeiro.

Conclusão do Voto

À luz dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção integral, bem como do entendimento jurisprudencial consolidado, reconheço o direito do autor à reparação pelos danos morais sofridos em decorrência do abandono afetivo perpetrado pelo réu.

Dessa forma, julgo procedente o pedido inicial e condeno o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), valor que reputo adequado para reparar o sofrimento experimentado pelo autor, considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Condeno, ainda, o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da condenação, conforme art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de dar provimento ao pedido do autor, reconhecendo o direito à reparação por danos morais e condenando o réu nos termos acima fixados.

É como voto.

[Localidade], [data].

______________________________

[Nome do Magistrado]


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