Modelo de Petição Inicial de Indenização por Danos Morais Decorrentes de Abandono Afetivo Paterno

Publicado em: 21/09/2024 CivelConstitucional Familia
Modelo de petição inicial que busca a reparação por danos morais decorrentes de abandono afetivo paterno, com base nos princípios constitucionais e civis. Inclui pedido de condenação do pai por omissão afetiva e reparação integral dos danos.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade][UF]

[Nome Completo da Requerente], nacionalidade, estado civil, profissão, portador(a) do RG nº ___ e inscrito(a) no CPF/MF sob o nº ___, residente e domiciliado(a) na Rua ___, nº ___, Bairro ___, CEP ___, na cidade de ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, conforme instrumento de procuração em anexo, com fulcro no CPC/2015, art. 319 e na CF/88, art. 5º, XXXV, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE ABANDONO AFETIVO PATERNO

em face de [Nome Completo do Réu], nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº ___ e inscrito no CPF/MF sob o nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, CEP ___, na cidade de ___, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

I – Dos Fatos

A Requerente, desde tenra idade, vivenciou uma ausência constante e imotivada de convívio e afeto por parte de seu pai, o Requerido. Apesar do reconhecimento formal da paternidade e da prestação de assistência material, o Requerido jamais desempenhou seu papel de pai no que diz respeito ao suporte emocional e afetivo, fundamental para o desenvolvimento psíquico e emocional da Requerente.

Essa ausência causou à Requerente sofrimento emocional contínuo e profundo, gerando sentimentos de abandono, rejeição e afetando diretamente sua autoestima, capacidade de relacionamento interpessoal e bem-estar psicológico. Tais danos ultrapassam os meros dissabores e exigem a devida reparação.

A omissão do Requerido quanto aos deveres parentais, previstos no CCB/2002, art. 1.634, desrespeitou direitos fundamentais da Requerente, especialmente o direito ao pleno desenvolvimento, conforme previsto na CF/88, art. 227.

II – Do Direito

O Código Civil de 2002, em seu art. 186, dispõe que todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No caso em tela, o Requerido, ao negligenciar seu dever de prestar assistência emocional e afetiva à Requerente, cometeu ato ilícito que gerou danos morais significativos, cabendo, portanto, a indenização.

A CF/88, art. 227, impõe à família, à sociedade e ao Estado o dever de assegurar à criança e ao adolescente o direito à convivência familiar, imprescindível para o desenvolvimento integral de sua personalidade. A ausência de afeto paterno viola esse preceito constitucional e gera a responsabilidade civil do genitor.

Além disso, o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) assegura que todo indivíduo tem direito ao resp"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

A presente ação busca a reparação dos danos morais sofridos pela Requerente, causados pelo abandono afetivo paterno. Desde a infância, a Requerente foi privada do convívio com o pai, o que acarretou sérios prejuízos emocionais, afetando o seu desenvolvimento psíquico. O abandono afetivo, ainda que não resulte em danos físicos, atinge diretamente a dignidade e a integridade emocional do filho, que é privado de uma relação familiar plena.

O direito à convivência familiar está consagrado na CF/88, art. 227, e sua violação enseja responsabilidade civil. A omissão do Requerido, ao se negar a estabelecer uma relação afetiva com sua filha, configura ato ilícito (CCB/2002, art. 186), dando ensejo à reparação pelos danos morais.

Considerações Finais

A presente demanda visa garantir que a dignidade da Requerente seja reconhecida e que o dano causado pela omissão paterna seja reparado. O abandono afetivo é uma realidade que atinge diretamente o psicológico do indivíduo, causando dores emocionais muitas vezes irreparáveis. A responsabilização civil é o meio adequado para que a justiça seja feita e o sofrimento da Requerente seja, ao menos parcialmente, compensado.

TÍTULO:
PETIÇÃO INICIAL DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE ABANDONO AFETIVO PATERNO


1. Introdução:

O abandono afetivo paterno é uma questão recorrente nas ações de direito de família, caracterizado pela omissão do pai em desempenhar seu papel afetivo e emocional na criação do filho. A presente petição inicial visa a reparação por danos morais, fundamentada na responsabilidade civil do pai por sua omissão afetiva, com base nos princípios constitucionais e civis, especialmente no princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). O pedido de condenação busca uma compensação pelos danos causados pela ausência afetiva, emocional e psicológica, que compromete o desenvolvimento saudável do indivíduo.

Legislação:
CF/88, art. 1º, III: Princípio da dignidade da pessoa humana como fundamento da República.
CCB/2002, art. 186: Responsabilidade civil decorrente de ato ilícito, incluindo danos morais.

Jurisprudência:
Abandono Afetivo
Danos Morais


2. Abandono Afetivo Paterno:

O abandono afetivo paterno ocorre quando o pai, embora presente financeiramente, se omite quanto ao dever de convivência, apoio emocional e afetivo ao filho. O CCB/2002, art. 227, estabelece o dever dos pais de garantir o bem-estar, a saúde e a educação dos filhos, incluindo o apoio afetivo. A omissão desse dever acarreta danos morais, passíveis de reparação no âmbito judicial. A ausência do pai pode impactar negativamente o desenvolvimento psicoemocional do filho, justificando o pedido de reparação.

Legislação:
CCB/2002, art. 227: Dever dos pais de proporcionar convivência e apoio afetivo aos filhos.
CF/88, art. 227: Determina que é dever da família assegurar à criança e ao adolescente o direito à convivência familiar.

Jurisprudência:
Abandono Afetivo Paterno
Convivência Familiar


3. Danos Morais:

Os danos morais decorrentes do abandono afetivo paterno configuram-se quando a omissão do pai em manter o vínculo afetivo causa sofrimento psicológico e emocional ao filho. A responsabilidade civil nesses casos está amparada no CCB/2002, art. 186, que prevê a reparação por atos ilícitos que resultem em danos à dignidade da pessoa. A ausência de afeto pode resultar em traumas emocionais profundos, impactando a autoestima e o desenvolvimento psicológico da criança ou adolescente, o que justifica o pedido de indenização.

Legislação:
CCB/2002, art. 186: Estabelece que todo aquele que causar dano a outrem, por ato ilícito, tem o dever de repará-lo.
CF/88, art. 227: Estabelece a convivência familiar como um direito fundamental da criança.

Jurisprudência:
Danos Morais por Abandono Afetivo
Danos Morais e Responsabilidade Civil


4. Responsabilidade Civil:

A responsabilidade civil no abandono afetivo paterno está fundamentada no princípio da reparação integral dos danos. O pai que se omite de sua responsabilidade afetiva comete um ato ilícito, gerando o dever de reparar os danos morais decorrentes de sua conduta. A responsabilidade civil por abandono afetivo é um tema consolidado na jurisprudência brasileira, que reconhece o direito à indenização quando comprovado o nexo de causalidade entre a omissão paterna e o sofrimento emocional do filho.

Legislação:
CCB/2002, art. 927: Estabelece a responsabilidade de reparar os danos causados por ato ilícito.
CF/88, art. 227: Garante a proteção integral da criança, incluindo o direito à convivência familiar.

Jurisprudência:
Responsabilidade Civil no Abandono Afetivo
Reparação de Danos por Abandono Afetivo


5. Petição Inicial de Abandono Afetivo:

A petição inicial de abandono afetivo busca a condenação do pai pela omissão afetiva e a reparação integral dos danos morais sofridos pelo filho. O pedido é fundamentado nos princípios constitucionais e civis de proteção à dignidade e convivência familiar. A petição deve demonstrar o nexo de causalidade entre a ausência paterna e os danos emocionais sofridos, bem como a violação ao dever de convivência afetiva, conforme disposto na CF/88, art. 227 e no CCB/2002, art. 927.

Legislação:
CCB/2002, art. 927: Obriga a reparação dos danos causados por ato ilícito.
CF/88, art. 227: Determina o dever dos pais de garantir convivência familiar e proteção integral.

Jurisprudência:
Petição Inicial de Abandono Afetivo
Indenização por Abandono Afetivo


6. Direito de Família:

O direito de família rege as relações entre pais e filhos, garantindo que ambos cumpram seus papéis dentro da estrutura familiar. A convivência afetiva é um direito do filho e um dever do pai, assegurado pela CF/88, art. 227 e pelo CCB/2002, art. 1.634. A falta de afeto compromete a formação emocional e psíquica do filho, gerando a obrigação de reparação pelos danos morais sofridos.

Legislação:
CF/88, art. 227: Garante o direito à convivência familiar.
CCB/2002, art. 1.634: Define o dever dos pais de criar e educar seus filhos, assegurando a convivência.

Jurisprudência:
Direito de Família e Abandono Afetivo
Convivência Familiar e Direito


7. Convivência Familiar:

A convivência familiar é essencial para o desenvolvimento emocional de uma criança. O abandono afetivo por parte do pai, além de violar o direito à convivência, fere o princípio da dignidade da pessoa humana, resultando em danos morais. A omissão quanto ao dever de convivência afetiva configura ato ilícito, passível de reparação judicial.

Legislação:
CF/88, art. 227: Garante à criança o direito de convivência familiar.
CCB/2002, art. 1.634: Define o dever dos pais de assegurar o convívio afetivo.

Jurisprudência:
Omissão na Convivência Familiar
Abandono Afetivo e Dano


8. Princípio da Dignidade:

O princípio da dignidade da pessoa humana é um dos pilares da CF/88, e sua violação por abandono afetivo deve ser reparada. A ausência de um pai na vida do filho compromete seu desenvolvimento integral, ferindo sua dignidade. O abandono afetivo viola esse princípio, justificando a indenização pelos danos morais sofridos. Esse princípio norteia a responsabilização dos pais pela ausência emocional na vida dos filhos.

Legislação:
CF/88, art. 1º, III: Estabelece o princípio da dignidade da pessoa humana como base do Estado Democrático de Direito.
CCB/2002, art. 186: Prevê a reparação por dano moral decorrente de ato ilícito, como o abandono afetivo.

Jurisprudência:
Princípio da Dignidade e Abandono Afetivo
Abandono Afetivo e Dignidade


9. Considerações Finais:

Nas considerações finais da petição, é essencial reforçar que o abandono afetivo paterno viola o direito fundamental à convivência familiar e à dignidade da pessoa humana, conforme previsto na CF/88. O pai que omite seu papel afetivo deve ser responsabilizado civilmente pelos danos morais causados. A reparação integral dos danos busca não apenas compensar o sofrimento emocional, mas também ressaltar a importância do cumprimento dos deveres paternos.

Legislação:
CF/88, art. 227: Assegura o direito à convivência familiar e a proteção integral da criança.
CCB/2002, art. 927: Prevê a reparação por ato ilícito, como o abandono afetivo.

Jurisprudência:
Considerações Finais sobre Abandono Afetivo
Reparação por Dano Moral em Abandono Afetivo



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