Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais contra Prefeitura Municipal por Cobrança Indevida de Débitos Tributários

Publicado em: 02/12/2024 AdministrativoCivelProcesso CivilConsumidor
Modelo de petição inicial de Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais proposta por aposentada contra Prefeitura Municipal, fundamentada no artigo 186 e 927 do Código Civil e no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal. A ação trata de cobrança indevida de débitos tributários exclusivamente contra a autora, coproprietária de um imóvel, o que resultou em bloqueio de contas bancárias, negativação de crédito e prejuízos financeiros e psicológicos, requerendo reparação por danos materiais e morais. Inclui fundamentação jurídica, doutrina, jurisprudência e pedidos detalhados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCAL]

[Nome da Cidade], [Data]

PREÂMBULO

[Nome completo da autora], brasileira, [estado civil], aposentada, portadora do CPF nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil (CCB/2002), bem como no artigo 5º, incisos V e X da Constituição Federal (CF/88), propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face da PREFEITURA MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO], pessoa jurídica de direito público, com sede na [endereço completo], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora é coproprietária, juntamente com seus irmãos, de um imóvel localizado no município de [nome do município], deixado como herança por seus genitores. Contudo, a Prefeitura Municipal, de forma arbitrária e injustificada, promoveu a cobrança de débitos tributários relativos ao imóvel exclusivamente contra a autora, ignorando os demais coproprietários.

Em razão dessa cobrança indevida, a autora teve sua conta bancária bloqueada, incluindo saldo de poupança e sua aposentadoria, o que causou prejuízos financeiros e comprometeu sua subsistência. Ademais, a autora foi negativada, impossibilitando-a de renovar seu cartão de crédito, realizar empréstimos ou acessar qualquer tipo de crédito no mercado.

A conduta da ré, além de ilegal, gerou graves danos à autora, tanto de ordem material, pelos prejuízos financeiros diretos, quanto de ordem moral, pelo abalo psicológico e pela restrição de sua dignidade e imagem perante a sociedade.

DO DIREITO

A conduta da ré viola frontalmente os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana, previstos no artigo 5º, caput, da CF/88. A cobrança de dívida tributária de forma exclusiva contra um dos coproprietários do imóvel, ignorando os demais, configura abuso de direito, conforme disposto no artigo 187 do CCB/2002.

O artigo 186 do CCB/2002 estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". No caso em tela, a Prefeitura Municipal, ao promover a cobrança indevida, causou danos materiais e morais à autora, devendo ser responsabilizada pelos prejuízos sofridos.

O dano moral é evidente, pois a autora teve sua imagem abalada, sendo tratada como devedora inadimplente, o que extrapola o mero aborrecimento e con"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos

A autora, uma senhora aposentada e coproprietária de um imóvel no município de [nome do município], foi alvo de uma cobrança arbitrária e injustificada realizada pela Prefeitura Municipal. A cobrança, referente a débitos tributários do imóvel herdado de seus genitores, foi direcionada exclusivamente contra a autora, ignorando os demais coproprietários.

Em decorrência dessa cobrança, a conta bancária da autora, incluindo sua poupança e proventos de aposentadoria, foi bloqueada, comprometendo sua subsistência. Além disso, a autora foi negativada, o que a impediu de acessar crédito no mercado, renovar seu cartão de crédito ou realizar empréstimos. Esses fatos causaram prejuízos financeiros e abalo psicológico significativo à autora, configurando danos materiais e morais.

Fundamentos Jurídicos

A conduta da Prefeitura Municipal viola princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e a igualdade, conforme disposto no artigo 5º, caput, da Constituição Federal. Além disso, a exclusividade da cobrança contra a autora constitui abuso de direito, em afronta ao artigo 187 do Código Civil Brasileiro (CCB/2002).

O artigo 186 do CCB/2002 prevê que qualquer ação ou omissão que viole direito e cause dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, configura ato ilícito. No caso em questão, a atuação da ré gerou não apenas danos materiais, devido ao bloqueio de recursos financeiros essenciais, mas também danos morais, pelo abalo à dignidade e pela exposição da autora como inadimplente.

A doutrina, representada por autores como Maria Helena Diniz, define o dano moral como lesão a direitos da personalidade, como a honra e a dignidade. Já Carlos Roberto Gonçalves sustenta que a reparação do dano material visa restabelecer o patrimônio da vítima ao estado anterior ao ato ilícito. Ambos os conceitos aplicam-se ao caso em tela.

Jurisprudências

A jurisprudência nacional confirma a possibilidade de indenização por danos materiais e morais em contextos semelhantes. Exemplos incluem:

  • TJSP (14ª Câmara de Direito Público): Apelação Cível relacionada a cobrança tributária inadequada, reconhecendo dano moral devido à publicidade do feito e à exposição da parte como má pagadora.
  • TJSP (2ª Turma Cível): Reconhecimento de abuso de direito e consequente dano moral em situação de cobrança indevida.
  • TJSP (16ª Câmara de Direito Privado): Indenização por danos morais em razão de transtornos que ultrapassam o mero aborrecimento, configurando-se abuso de direito.

Pedidos

A autora pleiteia:

  1. Indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), ou outro valor que o juízo entender cabível;
  2. Indenização por danos materiais pelos prejuízos financeiros sofridos, a serem apurados em liquidação de sentença;
  3. Condenação da ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios;
  4. Citação da ré para apresentação de contestação, sob pena de revelia;
  5. Produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental e testemunhal;
  6. Designação de audiência de conciliação, conforme previsto no artigo 319, VII, do CPC/2015.

Conclusão

A autora busca a reparação pelos danos sofridos, tanto de natureza moral quanto material, decorrentes da conduta abusiva da Prefeitura Municipal. O valor da causa foi fixado em R$ 15.000,00 (quinze mil reais), sendo a procedência dos pedidos essencial para a restauração de sua dignidade e para a compensação pelos prejuízos financeiros gerados.


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