Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Provisória de Urgência e Indenização por Danos Morais contra Plano de Saúde por Negativa de Cobertura em Caso de Urgência

Publicado em: 07/01/2024 Consumidor
Ação judicial proposta por beneficiário de plano de saúde que teve cobertura de procedimento cirúrgico urgente negada de forma abusiva. O autor requer tutela provisória de urgência para assegurar a realização do procedimento, além de indenização por danos morais devido ao abalo emocional e financeiro causados pela conduta ilícita da operadora do plano de saúde. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor, Constituição Federal e jurisprudências consolidadas.

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

A. J. dos S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________, RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de PLANO DE SAÚDE XYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é beneficiário do plano de saúde fornecido pela Ré, conforme contrato nº __________, vigente desde __________. Em __________, o Autor foi diagnosticado com __________, necessitando de procedimento cirúrgico de urgência, conforme laudo médico emitido pelo Dr. __________, CRM nº __________.

Apesar da urgência e da recomendação médica, a Ré negou a cobertura do procedimento sob a alegação de __________. Tal negativa colocou em risco a saúde e a vida do Autor, que precisou buscar alternativas emergenciais para realizar o tratamento, arcando com custos elevados e sofrendo abalos emocionais significativos.

A conduta da Ré é abusiva e contrária aos princípios que regem a relação de consumo, especialmente o direito à saúde e à dignidade do consumidor, razão pela qual o Autor busca a tutela jurisdicional para assegurar seus direitos.

DO DIREITO

Inicialmente, destaca-se que a relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme entendimento consolidado pelo STJ. O plano de saúde, ao negar cobertura para procedimento essencial à saúde do Autor, violou os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato (CCB/2002, art. 421).

O direito à saúde é garantido constitucionalmente (CF/88, art. 6º e art. 196), sendo dever das operadoras de plano de saúde assegurar o acesso a tratamentos médicos necessários, especialmente em casos de urgência e emergência. A negativa de cobertura, sob alegação de __________, é abusiva, conforme dispõe o CDC, art. 51, IV.

Ademais, a Súmula 102 do Tribunal de Justiça de São Paulo estabelece que "é abusiva a negativa de cobertura de tratamento prescrito por médico, sob a alegação de doença preexistente ou de período de carência, em situações de emergência ou urgência". No caso em tela, a"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de tutela provisória de urgência e indenização por danos morais proposta por A.J. dos S. em face do Plano de Saúde XYZ. O autor alega que é beneficiário do plano de saúde da ré e que necessitou de procedimento cirúrgico de urgência, o qual foi negado pela operadora do plano de saúde. Em razão disso, buscou a tutela jurisdicional para que a ré fosse compelida a autorizar e custear o procedimento, além de pleitear indenização por danos morais.

Voto

O presente voto se fundamenta na interpretação hermenêutica dos fatos apresentados, das disposições constitucionais e dos dispositivos legais aplicáveis ao caso concreto.

1. Da análise dos fatos

É incontroverso que o autor é beneficiário do plano de saúde da ré e que necessitou de procedimento cirúrgico de urgência. A negativa da ré em custear o referido procedimento foi devidamente comprovada nos autos, bem como os danos emocionais e financeiros sofridos pelo autor em razão dessa conduta.

2. Do direito aplicável

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 6º, consagra o direito à saúde como direito social fundamental. O artigo 196 da CF/88 dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado, podendo ser estendido às operadoras de planos de saúde, considerando-se a função social do contrato e os princípios da boa-fé objetiva (Código Civil, artigo 421).

Ademais, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) é aplicável à relação entre o autor e a ré, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O artigo 51, IV, do CDC, considera nulas as cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada. A negativa de cobertura de procedimento médico essencial, como no caso analisado, é prática abusiva e viola os direitos do consumidor.

Por fim, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a negativa de cobertura por planos de saúde, especialmente em situações de urgência e emergência, configura conduta abusiva. A Súmula 102 do Tribunal de Justiça de São Paulo reforça esse entendimento. No caso concreto, a urgência do procedimento foi comprovada por laudo médico, sendo a negativa de cobertura pela ré injustificável.

3. Dos danos morais

A conduta da ré extrapola o mero aborrecimento, configurando verdadeiro dano moral. A negativa abusiva de cobertura em situação de urgência gerou angústia e sofrimento ao autor, que teve sua saúde e dignidade violadas. O quantum indenizatório de R$ 10.000,00 (dez mil reais) pleiteado pelo autor mostra-se razoável e proporcional à gravidade dos danos sofridos.

4. Do pedido de tutela provisória

Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil, a concessão de tutela provisória de urgência exige a comprovação da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, ambos os requisitos foram devidamente demonstrados, razão pela qual entendo que o pedido de tutela provisória deve ser deferido e confirmado em caráter definitivo.

Conclusão

Ante o exposto, voto no sentido de julgar procedente o pedido formulado na inicial, para:

  1. Confirmar a tutela provisória de urgência, determinando que a ré autorize e custeie o procedimento cirúrgico indicado, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), em caso de descumprimento.
  2. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir da data da sentença e acrescidos de juros de mora desde a citação.
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor atualizado da condenação, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

Termos finais

Sala das Sessões, data.

____________________________
Magistrado (a)


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