Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela de Urgência para Garantia de Tratamento Multidisciplinar a Menor com TEA
Publicado em: 07/03/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Distribuição com pedido de tutela de urgência
PREÂMBULO
A. J. dos S., menor representado por sua genitora M. F. de S. L., brasileira, solteira, do lar, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua Y, nº Z, Bairro W, Cidade V, Estado U, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], propor a presente:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de CONVÊNIO MÉDICO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor, menor de idade, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), CID F84.0, necessitando de tratamento multidisciplinar contínuo, conforme prescrição médica anexa. Tal tratamento inclui terapias essenciais, como fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional, indispensáveis para o desenvolvimento do menor.
Ocorre que, embora o autor seja beneficiário do plano de saúde da ré, esta se recusa a autorizar o tratamento em clínica próxima à residência do menor, que possui profissionais habilitados e estrutura adequada para atender às suas necessidades específicas. A operadora do plano de saúde indicou clínicas distantes e/ou que não possuem disponibilidade de vagas ou serviços adequados, o que inviabiliza o acesso ao tratamento.
A negativa do plano de saúde coloca em risco a integridade física e mental do autor, além de comprometer sua evolução clínica, configurando grave violação aos direitos do menor e aos princípios da dignidade da pessoa humana e da proteção integral à criança e ao adolescente.
DO DIREITO
A presente demanda encontra amparo no ordenamento jurídico brasileiro, especialmente na CF/88, art. 196, que garante o direito à saúde como dever do Estado e das entidades privadas. Ademais, o CCB/2002, art. 186, impõe a reparação de danos causados por ato ilícito, como a negativa injustificada de cobertura contratual.
O CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes os requisitos da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, ambos evidenciados no caso em tela. A negativa de cobertura pelo plano de saúde viola o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e desrespeita o CDC, art. 47, que determina a interpretação mais favorável ao consumidor nos contratos de adesão.
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