Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela de Urgência para Reembolso Integral de Terapias Multidisciplinares de Menor com TEA Contra Plano de Saúde
Publicado em: 08/01/2025 CivelConsumidor Familia Menor MenorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Distribuição com pedido de tutela de urgência
PREÂMBULO
A. J. dos S., menor impúbere, representado por sua genitora M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do RG nº ______ e CPF nº ______, residente e domiciliada na Rua ______, nº ___, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de PLANO DE SAÚDE XYZ LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ______, com sede na Rua ______, nº ___, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor, A. J. dos S., é uma criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme laudo médico anexo. O tratamento necessário para o desenvolvimento do menor inclui terapias multidisciplinares, como fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional, que são essenciais para sua qualidade de vida e desenvolvimento.
Apesar de o autor ser beneficiário do plano de saúde contratado, a operadora do plano tem se recusado a reembolsar integralmente os custos das terapias realizadas fora da rede credenciada, sob o argumento de que a genitora, M. F. de S. L., não é titular do plano e, portanto, não poderia solicitar o reembolso. Além disso, a ré tem cobrado valores de coparticipação de forma abusiva, mesmo quando o atendimento ocorre fora da rede credenciada por ausência de profissionais habilitados.
Tal conduta é abusiva e viola os direitos do autor, que necessita de tratamento contínuo e integral para garantir sua dignidade e desenvolvimento pleno, conforme preceitua a CF/88, art. 1º, III, e os princípios da proteção integral da criança e do adolescente, previstos no ECA, art. 3º.
DO DIREITO
A negativa de reembolso integral e a cobrança de coparticipação pela ré violam o direito do autor à saúde, garantido pela CF/88, art. 196, e o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no CF/88, art. 1º, III. O autor, como menor diagnosticado com TEA, possui necessidades especiais que demandam tratamento contínuo e multidisciplinar, conforme prescrição médica.
A legislação consumerista também ampara o autor. A recusa de cobertura e reembolso integral configura prática abusiva, nos termos do CDC, art. 51, IV, que considera nulas as cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada. Ademais, a Lei 9.656/1998, art. 12, II, assegura a cobertura de tratamentos médicos e terapias prescritas, sendo vedada qualquer limitação que comprometa a eficácia do tratamento.
A doutrina reforça que a função social do contrato deve prevalecer em situações como esta, em que a saúde e o bem-estar do benefici�"'>...