Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada para Fornecimento de Home Care pelo Estado e Município
Publicado em: 17/10/2024 AdministrativoConstitucionalAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de __________ – Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, motorista, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº XX.XXX.XXX-X, atualmente hospitalizado e representado por sua irmã M. J. dos S., brasileira, solteira, auxiliar de enfermagem, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Município de __________, Estado do Rio de Janeiro, endereço eletrônico: [email protected], vem, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Município de __________, endereço eletrônico: [email protected], propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face de ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Município do Rio de Janeiro, endereço eletrônico: [email protected], e MUNICÍPIO DE __________, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Município de __________, endereço eletrônico: [email protected], pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor.
3. DOS FATOS
O Autor, A. J. dos S., sofreu grave acidente automobilístico em ___/___/____, resultando em traumatismo craniano, coma prolongado e amputação traumática de membro inferior. Desde então, encontra-se internado em unidade hospitalar, em estado de saúde extremamente delicado, sendo dependente de cuidados contínuos e especializados.
Em razão da estabilização clínica, os médicos responsáveis indicaram a possibilidade de alta hospitalar, desde que o paciente seja assistido por equipe multidisciplinar em regime de home care, com atendimento domiciliar por técnico de enfermagem 24 horas, fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamento médico periódico.
A família do Autor, contudo, não possui condições financeiras de arcar com os custos do tratamento domiciliar, que ultrapassam R$ 15.000,00 mensais, conforme orçamento anexo. Diante disso, foi solicitado o fornecimento do serviço pelo Sistema Único de Saúde – SUS, o que foi indeferido administrativamente sob o argumento de ausência de previsão orçamentária.
Ocorre que o direito à saúde é garantido constitucionalmente, sendo dever do Estado assegurar o tratamento adequado e necessário à preservação da vida e da dignidade da pessoa humana. A negativa do fornecimento do serviço de home care configura omissão estatal inconstitucional e ilegal, exigindo a atuação do Poder Judiciário para garantir a efetividade do direito fundamental à saúde.
4. DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 6º, estabelece que a saúde é direito social fundamental. Já o art. 196 da CF/88 dispõe que:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
A Lei nº 8.080/1990, que regulamenta o SUS, em seu art. 19-I, prevê expressamente a possibilidade de atendimento domiciliar:
“Os serviços de atenção domiciliar compreendem ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas no domicílio do paciente, indicadas para pessoas em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária ou definitiva.”
O CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela de urgência quando presen"'>...