Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Indenização por Danos Morais Contra Plano de Saúde por Negativa de Tratamento Domiciliar (Home Care)

Publicado em: 25/01/2024 Consumidor
Petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais, proposta por beneficiário de plano de saúde que teve o fornecimento de internação domiciliar (home care) negado, mesmo com prescrição médica indicando sua necessidade. A ação fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor, na Constituição Federal e em precedentes jurisprudenciais que reconhecem a abusividade da negativa de cobertura de tratamentos essenciais à saúde. Requer-se tutela de urgência para fornecimento imediato do tratamento, bem como a condenação do réu ao pagamento de danos morais, custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCAL]

Nome completo: [Nome do autor, abreviado conforme instruções], brasileiro(a), estado civil, profissão, inscrito(a) no CPF sob o nº [número], portador(a) do RG nº [número], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], e-mail [e-mail do autor], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de [Nome do plano de saúde, abreviado conforme instruções], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

Esta ação visa garantir o direito do autor ao tratamento domiciliar (home care), devidamente prescrito por profissional médico, bem como a reparação pelos danos morais sofridos em razão da negativa abusiva do plano de saúde réu, em flagrante violação aos princípios da dignidade da pessoa humana e da boa-fé objetiva.

DOS FATOS

O autor é beneficiário do plano de saúde administrado pela ré, conforme contrato nº [número], vigente desde [data]. Em [data], foi diagnosticado com [doença/condição médica], conforme laudos médicos anexos, necessitando de tratamento contínuo e especializado.

Em razão de sua condição clínica, o médico responsável pelo acompanhamento do autor, Dr. [nome do médico], CRM [número], prescreveu expressamente a internação domiciliar (home care), conforme relatório médico anexo, como medida indispensável para a manutenção de sua saúde e qualidade de vida.

Contudo, ao ser acionada para fornecer o tratamento prescrito, a ré negou a cobertura sob a alegação de que o contrato não prevê a modalidade de internação domiciliar, demonstrando total desrespeito às necessidades do autor e violando os direitos assegurados pela legislação e pela jurisprudência.

DO DIREITO

A negativa do plano de saúde em fornecer o tratamento domiciliar prescrito é manifestamente abusiva e contraria o disposto no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), especialmente nos arts. 6º, incisos I e VI, e 51, inciso IV, que vedam cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada ou que sejam incompatíveis com a boa-fé e a equidade.

Além disso, o art. 196 da CF/88 estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado, sendo extensível às entidades privadas que atuam no setor, como os planos de saúde. A recusa do tratamento prescrito pelo médico afronta diretamente este preceito constitucional.

O STJ, em reiteradas decisões, tem reconhecido a abusividade de cláusulas contratuais que excluem a cobertura de tratamentos essenciais à saúde do consumid"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos morais, ajuizada por [Nome do Autor] em face de [Nome do Plano de Saúde], em razão da negativa de cobertura para tratamento domiciliar (home care), devidamente prescrito por profissional médico.

O autor alega que a recusa é abusiva e viola os princípios da dignidade da pessoa humana e da boa-fé objetiva, além de contrariar a legislação e os precedentes jurisprudenciais. Requer a concessão do tratamento domiciliar e a reparação por danos morais.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, o magistrado deve fundamentar todas as suas decisões. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos apresentados pelas partes.

Dos Fatos

É incontroverso nos autos que o autor é beneficiário do plano de saúde administrado pela ré, bem como que há prescrição médica expressa para o tratamento domiciliar (home care). A negativa de cobertura baseou-se em cláusula contratual que, supostamente, exclui a modalidade de internação domiciliar.

Do Direito

A relação jurídica estabelecida entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os arts. 6º, incisos I e VI, e 51, inciso IV, do CDC, vedam práticas que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada ou contrárias à boa-fé e à equidade.

A cláusula que exclui a cobertura de tratamento essencial e devidamente prescrito é, portanto, nula de pleno direito, por ser abusiva e contrariar o princípio da dignidade da pessoa humana, assegurado pelo art. 1º, inciso III, da Constituição Federal.

Ademais, o art. 196 da Constituição Federal estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado, sendo igualmente aplicável às entidades privadas que atuam no setor, como os planos de saúde.

Jurisprudência reiterada do STJ e de Tribunais de Justiça estaduais reconhece a abusividade da negativa de cobertura para tratamentos essenciais, como o home care, quando há prescrição médica que ateste a sua necessidade. Destacam-se os seguintes precedentes:

  • TJSP (9ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A abusividade da cláusula contratual que veda a internação domiciliar é evidente quando há indicação expressa do médico que acompanha o paciente sobre a necessidade da assistência nesta modalidade."
  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "Decisão que deferiu a tutela de urgência para determinar à requerida que disponibilize e custeie, em 48 horas, o tratamento de 'home care' à autora, nos termos do relatório médico."

Por fim, a conduta da ré viola o princípio da boa-fé objetiva, que impõe aos contratantes o dever de cooperação e respeito à legítima expectativa da outra parte.

Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, conheço do pedido formulado pelo autor e voto pela sua procedência.

Dispositivo

JULGO PROCEDENTE a presente ação para:

  1. Determinar que a ré disponibilize, no prazo de 48 horas, o tratamento domiciliar (home care) prescrito, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00;
  2. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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