Modelo de Ação de Obrigação de Fazer Cumulada com Indenização por Danos Morais devido a Vícios em Produto Adquirido

Publicado em: 07/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais, proposta por consumidor em face de loja fornecedora, devido à entrega de telhas com vícios aparentes (manchas e trincas) e negativa de solução administrativa. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, a ação busca a substituição dos produtos defeituosos ou devolução do valor pago, além de indenização por danos morais com base na teoria do desvio produtivo. Inclui jurisprudência e doutrina que reforçam a responsabilidade solidária do fornecedor e o direito do consumidor à reparação integral.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

José Caitano da Silva, brasileiro, casado, pedreiro, portador do CPF nº ___ e RG nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Loja ___, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ___, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS

No dia 21 de dezembro de 2024, o autor adquiriu da ré 21 telhas do modelo "Brasilit Grande". Ao receber os produtos, constatou que todas apresentavam manchas, como se já tivessem sido usadas, e algumas estavam trincadas, configurando vício aparente de qualidade.

No dia seguinte, 22 de dezembro de 2024, o autor dirigiu-se à loja ré para buscar uma solução amigável, solicitando a substituição das telhas defeituosas, um desconto proporcional ou outra forma de reparação. Contudo, a gerência da loja recusou-se a resolver o problema, afirmando que não realizaria a troca nem faria qualquer acordo, orientando o autor a buscar a Justiça.

Diante da negativa da ré e do prejuízo sofrido, o autor não teve alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário para a defesa de seus direitos.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), configurando-se uma relação de consumo, conforme os arts. 2º e 3º do CDC. O autor, na qualidade de consumidor final, adquiriu um produto com vício aparente, o que enseja a aplicação das disposições previstas nos arts. 18 e 20 do CDC.

O art. 18 do CDC estabelece que os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de qualidade que tornem os produtos impróprios ou inadequados ao consumo. No caso em tela, as telhas adquiridas pelo autor apresentaram defeitos evidentes (manchas e trincas), comprometendo sua funcionalidade e estética.

Além disso, a negativa da ré em solucionar o problema viola o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e o direito básico do consumidor à reparação de danos (CDC, art. 6º, VI). A conduta da ré também configura desrespeito à dignidade do consumidor, justificando a aplicação da teoria do desvio produtivo, que reconhece o dano moral decorrente do tempo e esforço despendidos pelo consumidor para resolver problemas causados pelo fornecedor.

Doutrina

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Do Relatório

Trata-se de uma Ação de Obrigação de Fazer Cumulada com Indenização por Danos Morais, ajuizada por José Caitano da Silva em face da empresa Loja ___, em razão da aquisição de telhas defeituosas, que não foram substituídas pela ré, mesmo após tentativa amigável de solução.

O autor sustenta que adquiriu telhas que apresentavam vícios aparentes (manchas e trincas) e que, ao buscar a troca ou outra forma de reparação, teve seu pleito negado pela empresa ré. Assim, requer a substituição dos produtos defeituosos ou a devolução do valor pago, além de indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00.

Em sua defesa, a ré não apresentou contestação, mantendo-se inerte acerca das alegações do autor.

II. Da Fundamentação

A) Dos Fatos e do Direito Aplicável

Analisando os autos, nota-se que a relação jurídica estabelecida entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), configurando-se uma relação de consumo, conforme os artigos 2º e 3º. O autor, na condição de consumidor final, adquiriu produtos com vícios aparentes, devendo ser amparado pelas disposições previstas nos artigos 18 e 20 do CDC.

O artigo 18 do CDC dispõe que "os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de qualidade que tornem os produtos impróprios ou inadequados ao consumo". No caso sob análise, é evidente que as telhas adquiridas apresentaram defeitos de qualidade (manchas e trincas), comprometendo sua funcionalidade e finalidade.

Além disso, a negativa da ré em solucionar o problema viola o princípio da boa-fé objetiva (art. 422 do Código Civil) e o direito básico do consumidor à reparação de danos (art. 6º, VI, do CDC). A conduta da ré não apenas desrespeita os direitos do consumidor, como também configura desvio produtivo, conforme reconhecido pela doutrina e jurisprudência.

B) Da Responsabilidade da Ré

Conforme o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a responsabilidade dos fornecedores é objetiva, nos termos do artigo 18 do CDC, sendo desnecessária a demonstração de culpa. No presente caso, a ré deixou de cumprir sua obrigação de fornecer produtos em perfeito estado, além de negar a resolução do problema administrativamente, o que agrava a situação.

Ademais, o desamparo do consumidor gerou prejuízos morais passíveis de reparação, pois o autor foi compelido a demandar judicialmente para obter o que lhe era assegurado por direito.

C) Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência pátria é firme no sentido de que a negativa de solução administrativa configura dano moral indenizável. Veja-se:

  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: "Todos os fornecedores que compõem a cadeia de consumo respondem solidariamente por vício de qualidade, independentemente de culpa, nos termos do CDC. A negativa de resolução do problema gera dano moral indenizável ao consumidor, conforme a teoria do desvio produtivo."
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Situação vivenciada pelos consumidores, que compraram diversos móveis planejados que apresentaram defeitos e somente foram substituídos após o ajuizamento da demanda, que não pode ser classificada como mero aborrecimento, gerando, sim, dano moral."

III. Do Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro no artigo 93, IX, da Constituição Federal, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  1. Condenar a ré à substituição das telhas defeituosas por outras em perfeito estado ou, alternativamente, ao ressarcimento integral do valor pago, corrigido monetariamente;
  2. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 3.000,00, considerando os princípios da proporcionalidade e razoabilidade;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85 do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade/Estado, ___ de __________ de 2024.

__________________________________________

Magistrado


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