Modelo de Ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais e materiais contra empresa fornecedora de sistema de energia solar por falha na prestação do serviço e inércia na soluç...
Publicado em: 22/04/2025 Processo CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-0 SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face de Energia Solar do Brasil Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001-00, com sede na Avenida Industrial, nº 500, Bairro Industrial, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico [email protected], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor adquiriu da Ré um sistema de energia solar fotovoltaica, com o objetivo de reduzir o valor de sua conta de energia elétrica, conforme contrato firmado em [data], pelo valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), devidamente quitado.
Após a instalação do equipamento, realizada em [data], o sistema apresentou defeitos, não produzindo a energia contratada, o que resultou na manutenção do alto valor das contas de energia elétrica, frustrando a legítima expectativa do Autor.
O Autor notificou extrajudicialmente a Ré em [data], solicitando o reparo do equipamento e a regularização do serviço. Em resposta, a Ré limitou-se a informar que estava analisando os fatos, sem, contudo, apresentar solução ou realizar qualquer reparo efetivo.
Desde então, o Autor permaneceu sem resposta e sem a solução do problema, suportando prejuízos financeiros e transtornos, permanecendo com o sistema defeituoso e sem usufruir do serviço contratado.
Diante da inércia da Ré, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver garantidos seus direitos.
Resumo: O Autor foi lesado por falha na prestação do serviço de fornecimento e instalação de energia solar, não solucionada mesmo após notificação, resultando em prejuízos materiais e morais.
4. DO DIREITO
4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A relação entre as partes é nitidamente de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º, sendo o Autor consumidor final e a Ré fornecedora de produtos e serviços.
Nos termos do CDC, art. 14, o fornecedor responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor por defeitos relativos à prestação dos serviços, independentemente de culpa. A responsabilidade decorre da falha na prestação do serviço, comprovada pela ineficácia do sistema instalado e pela ausência de solução após notificação.
4.2. DO DEVER DE REPARAR OS DANOS MATERIAIS
O Autor suportou prejuízos financeiros, pois continuou a arcar com contas de energia elétrica em valores elevados, não obstante a aquisição do sistema de energia solar, além de ter investido na compra e instalação de equipamento que não atendeu à finalidade contratada.
O CCB/2002, art. 927 dispõe que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. O dano material é evidente, devendo a Ré ressarcir o Autor pelos prejuízos comprovados.
4.3. DO DANO MORAL
A conduta omissiva da Ré, que deixou o Autor sem resposta e solução, extrapola o mero aborrecimento, causando-lhe frustração, impotência e indignação, violando direitos da personalidade e a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).
O dano moral é presumido diante da falha na prestação do serviço essencial, da ausência de resposta efetiva e do tempo útil perdido pelo Autor na tentativa de solucionar administrativamente o problema, caracterizando o chamado "desvio produtivo do consumidor".
4.4. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
O CPC/2015, art. 497 autoriza o juiz a conceder tutela específica para compelir o devedor a cumprir a obrigação de fazer, consistente no imediato reparo e regularização do sistema de energia solar instalado.
4.5. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Aplicam-se ao caso os princípios da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), da vulnerabilidade do consumidor e da dignidad"'>...
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