Modelo de Ação de Reparação de Danos Materiais, Morais e Estéticos por Acidente de Trânsito com Culpa Exclusiva do Réu
Publicado em: 06/06/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Distribuição por dependência
PREÂMBULO
Autor: M. F. de S., brasileiro, solteiro, motociclista, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ________, nº ____, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP ________, e-mail: ________.
Réu: J. A. de S., brasileiro, casado, motorista, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ________, nº ____, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP ________, e-mail: ________.
DOS FATOS
No dia __/__/____, por volta das __:__, na Avenida ________, o Autor, conduzindo sua motocicleta regularmente, foi surpreendido pelo Réu, que, de forma imprudente, realizou uma manobra repentina, ingressando na frente do Autor sem observar as regras de trânsito. Tal conduta resultou em uma colisão inevitável, causando graves danos materiais e físicos ao Autor.
A motocicleta do Autor foi considerada perda total. Além disso, o Autor sofreu lesões gravíssimas, incluindo a fratura de nove costelas, perfuração do pulmão, fratura do braço e da clavícula, bem como a perda de um testículo. O Autor necessitou de hospitalização prolongada e enfrentou intenso sofrimento físico e psicológico.
Apesar da gravidade do acidente, o Réu não prestou qualquer assistência ao Autor, nem mesmo um telefonema. Ademais, ao registrar o sinistro junto à seguradora, o Réu alegou não ter culpa pelo ocorrido, o que resultou em ameaças de ação judicial contra o Autor por parte da seguradora.
O Autor, no entanto, obteve imagens de câmeras de segurança da avenida onde ocorreu o acidente, que comprovam que a manobra do Réu foi a causa exclusiva do sinistro, não havendo qualquer possibilidade de o Autor evitar a colisão.
DO DIREITO
A responsabilidade civil do Réu está claramente configurada, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, que dispõem sobre a obrigação de reparar os danos causados por ato ilícito. A conduta do Réu violou as regras de trânsito previstas no CTB, art. 34 e CTB, art. 44, ao realizar manobra sem a devida cautela, interceptando a trajetória do Autor.
O dano material é evidente, considerando a perda total da motocicleta, bem como os gastos médicos e hospitalares suportados pelo Autor. Já o dano moral decorre do intenso sofrimento físico e psicológico enfrentado pelo Autor, configurando-se como "in re ipsa", ou seja, presumido diante da gravidade das lesões e das circunstâncias do acidente.
Por fim, o dano estético é igualmente evidente, considerando as sequelas permanentes resultantes do acidente, incluindo cicatrizes, deformidades físicas e a perda de um testículo, que impactam diretamente a autoestima e a qualidade de vida do Autor.